por Emanuel Cancella
Governadores aliados anunciam “consórcio da paz” para tratar
de segurança
“Nesse ‘consórcio da paz’, vamos integrar os estados por
todos os meios: contingente, inteligência, apoio financeiro, enfim”, disse o
governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL).
Na reunião desta quinta-feira, no Rio, também participaram os
governadores Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Eduardo
Riedel (PP-MS). Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) se fez presente por
videoconferência, e Ibaneis Rocha (MDB-DF) enviou a vice, Celina Leão (PP).
Não podemos esquecer que os bolsonaristas defendem o
terraplanismo. Contrariando a ciência representada pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), no tratamento da Covid, defendiam a cloroquina, ao invés da vacina. O líder
bolsonarista, Jair Bolsonaro, virou garoto-propaganda da cloroquina (3).
O resultado700 mil mortes na pandemia e, segundo pesquisas,
400 mil dessas mortes poderiam ter sido evitadas (4,8).
Brasil de Fato: Operação Contenção e Carbono Oculto do
governo federal expõem projetos distintos de país, e a escolha está diante de
nós. As diferenças não são apenas técnicas, são políticas e ideológicas (5).
Zero mortes, bilhões bloqueados
Em contraponto, em agosto, outra megaoperação sacudiu o país
— mas de forma completamente distinta. A Operação Carbono Oculto mobilizou 1,4
mil agentes em oito estados para desarticular o esquema financeiro do Primeiro
Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis.
O resultado: nenhuma morte, R$ 7,6 bilhões em impostos
sonegados descobertos e R$ 3,2 bilhões em bens bloqueados.
A investigação, fruto da cooperação entre o Ministério
Público, a Receita Federal, a Polícia Federal e a Agência Nacional do Petróleo,
revelou que o PCC movimentou R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024 através de
aproximadamente mil postos de combustíveis. Entre os bens bloqueados estão um
terminal portuário, quatro usinas de álcool, 1,6 mil caminhões, mais de 100
imóveis e participação em 40 fundos de investimento na Faria Lima.
A operação atingiu não apenas traficantes, mas empresários,
gestores de fundos e uma complexa rede de corrupção no setor formal da
economia.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, classificou a
Operação Carbono Oculto como “a maior da história contra o crime organizado”,
por atacar a atuação das facções no mercado legal e no sistema financeiro — e o
fez sem disparar um único tiro, sem fechar escolas, sem transformar comunidades
em zonas de guerra.
Nos últimos meses, o Brasil testemunhou duas operações de
grande porte contra organizações criminosas que expõem, de forma cristalina, as
duas visões concorrentes sobre segurança pública no país. Se antes era comum
ouvir que a esquerda não tinha um projeto para a área, essa narrativa agora não
se sustenta mais.
Mais de 100 mortos em um único dia
Na terça-feira (28), o Rio de Janeiro viveu a operação
policial mais letal de sua história. A Operação Contenção mobilizou 2,5 mil
agentes, 32 blindados e helicópteros para cumprir cerca de 100 mandados de
prisão nos complexos do Alemão e da Penha.
O resultado foi catastrófico: 121 mortos até o momento —
sendo 115 civis e quatro policiais —, além de 113 prisões.
O que está em jogo é uma disputa de modelos: de um lado, uma
política baseada na violência exagerada, que passa do limite da legalidade e
surfa em sentimentos de medo misturado com ódio, típico de uma sociedade
profundamente desigual; de outro, uma política fundamentada na inteligência, na
asfixia da capacidade financeira das organizações criminosas e no total
respeito ao devido processo legal (5).
Na CPI da Covid, Bolsonaro foi indiciado por nove crimes. Até
agora, não foi julgado por nenhum deles. Em um dos casos, Bolsonaro — que era
contra a vacina —, teve seu governo envolvido na tentativa de comprar 400 mil
vacinas com um dólar de propina por dose (7).
Após a chacina, Cláudio Castro — que considerou a operação um
sucesso (6) — anuncia dez novas operações policiais no RJ. O governador afirma
que as ações têm aval judicial e começam nas próximas semanas (1).
Em tempo: estou suspenso no Facebook porque, segundo eles,
minha matéria não contempla os interesses da comunidade. Recorri ao MPF.
Entendo que qualquer matéria tem que ser respaldada
pela Constituição Federal de 1988, quanto ao direito à liberdade de
expressão. E quanto ao “interesse da comunidade”, estou me lixando (9)!
Fonte: 1 - https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/apos-chacina-castro-anuncia-dez-novas-operacoes-policiais-no-rj
9 - https://emanuelcancella.blogspot.com/2024/09/emanuel-cancella-denuncia-ao-mpf-do.html
Rio de Janeiro 06 de novembro de 2025.
Em tempo, se você quiser e puder me ajudar, faça um depósito
diretamente na conta de uma dessas entidades filantrópicas, podendo abater no
imposto de renda, elas estão listadas em
http://emanuelcancella.blogspot.com/2020/07/aviso-importante.html
Pode ajudar por pix, é o que estou fazendo. No RJ, pode
solicitar a presença de um mensageiro que irão buscar a doação.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, em abril de 2023,
pós graduado em Direito Constitucional, pela Universidade Pitágoras Unopar
Anhanguera.
Ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor
do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP ,
ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra
Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1519072214-livro-a-outra-face-de-sergio-moro/
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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