por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=r9F2X31KLyQ
Nos EUA, a GM o City Bank, as principais empresas privadas
americanas, quebraram em 2008. E o governo dos EUA injetou assim trilhões de
dólares para salvar essas empresas (2,3,4).
Nos EUA, em 2008, o governo não puniu essas empresas, muito
pelo contrário: “EUA priorizam recuperação de empresas, não punição, diz
ex-procurador” (5).
Apesar de concordar que as empresas fossem mantidas, acredito que não punir, dentro da legislação em vigor, os responsáveis por essas empresas é um erro, já que grande parte do dinheiro usado para recuperá-las foi público. Também, em 2008, muitos americanos perderam suas aposentadorias nos fundos de pensão ligados a essas empresas.
Veja o que aconteceu na falida Enron, com os fundos de pensão (12): “Digna Showers era assistente administrativa há 18 anos na Enron, nos Estados Unidos. Um belo dia de dezembro de 2001, fica sabendo que tem exatamente “meia-hora para fazer suas malas e partir”. Ela perde, de uma só vez, seu emprego, sua assistência médica, seu seguro de vida e até mesmo seus direitos à aposentadoria, apesar de ter contribuído com cerca de 400 mil dólares para o fundo de pensão da empresa. O próprio Kenneth Lay, o patrão da Enron, embolsou cerca de 34 milhões de dólares antes de deixar a empresa, ao vender apenas seus estoques de ações” (6).
Empresas alemães como a Mercedes Bens, BMW e Volkswagen
financiaram o nazismo e ainda assim hoje são estrelas entre as multinacionais.
Também acho que as empresas não deveriam ser punidas, quando o nazismo foi
desmascarado, entretanto os donos delas e seus
principais colaboradores deveriam ir para os tribunais e, caso
condenados, que fossem para a cadeia e seus bens, adquiridos no império nazista,
confiscados e utilizados, principalmente para indenizar as famílias mortas nos
campos de concentração.
Mas lamentavelmente os empresários
também pouco sofreram. Friedrich
Flick, preso como criminoso de guerra em 1947, foi
solto três anos mais tarde (7). Friedrich Flick era um industrial alemão,
condenado criminoso de guerra nazista. Após a guerra, ele reconstituiu seus
negócios, tornando-se a pessoa mais rica da Alemanha Ocidental e uma das
pessoas mais ricas do mundo, no momento de sua morte, em 1972.
No Brasil, a Lava Jato, em nome
do combate à corrupção, está destruindo nossas principais empresas como a
Petrobrás e a Odebrechet. Vídeo anexo mostra como a Operação destruiu a
economia nacional em poucos meses (12).
A Lava Jato destruiu uma das mais poderosas indústrias
brasileiras e do mundo que é a naval (11).
E agora, navios, plataformas, sondas de
perfuração, que nos governos do PT eram construídas no Brasil com base no
“Conteúdo Local” da lei de Partilha, (12.351/10) em nome do combate à
corrupção, estão sendo construídos no exterior, gerando vultosos investimentos,
arrecadação gigante de impostos, empregos de qualidade e renda para os
gringos.
Golpe destrói setor naval e deixa mais de 300 mil
trabalhadores desempregados, isso em 2018, imaginem quantos empregos estamos
perdendo já que o pré-sal não atingiu o ápice de sua produção (13).
Ao contrário dos EUA e da Alemanha, no Brasil o combate à
corrupção da Lava Jato, na verdade, foi concebido justamente para atacar as
maiores empresas nacionais, no sentido de desmoralizar a Petrobrás para
entregá-la mais fácil e destruir as grandes empreiteiras brasileiras, por serem
concorrentes das americanas e seus aliados.
A farsa do combate à corrupção também atingiu os funcionários
da Petrobrás, ativos e aposentados, que estão pagando no mínimo 13% de seus
salários de forma vitalícia. Mesmo sem nunca terem sido gestores da Petros.
Nos EUA, na quebradeira de 2008, os fundos de pensão foram
atingidos e muitos perderam suas aplicações e salário nas aposentadorias, no
caso da Enron a perda foi total, mas principalmente porque a empresa faliu.(9)
No Brasil, muito pelo contrário da americana Enron que faliu,
estamos falando da Petrobrás, a patrocinadora da Petros.
Pois é, na Petrobrás, os funcionários desenvolveram tecnologia inédita no mundo que, permitiu a descoberta do pré-sal (12). Por conta do pré-sal, a Petrobrás e esses funcionários ganharam, em 2015, em Houston, nos EUA, pela 3ª vez, o prêmio OTC, equivalente ao “Oscar” da indústria do petróleo.
E agora em 2020 ganharam pela 4ª o “Oscar” (10,15). E esses
mesmos petroleiros premiados, ao invés de prêmio pelo Oscar, estão sendo
levados à ruína pela atual administração por conta desse desconto da Petros,
mesmo nunca tendo sido gestores do Fundo.
Ainda no sentido de diminuir a Petrobrás, o Globo, em
editorial de 2015, escreveu: O pré-sal pode ser patrimônio inútil (8).
Em resposta à mídia, principalmente a Globo, o pré-sal é a
maior descoberta petrolífera no mundo contemporâneo e no Brasil já responde por
mais da metade da produção nacional de petróleo (14).
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Fonte: 1 - https://super.abril.com.br/historia/os-aliados-ocultos-de-hitler/
3 - https://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2511200802.htm
5 - https://www.conjur.com.br/2019-jan-16/eua-priorizam-recuperar-empresas-nao-punir-ex-procurador
6 - https://diplomatique.org.br/traidos-pelos-fundos-de-pensao/
8 - https://oglobo.globo.com/opiniao/o-pre-sal-pode-ser-patrimonio-inutil-18331727
9 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Enron
11 - https://www.ocafezinho.com/2017/04/03/lava-jato-destruiu-industria-naval-brasileira/
12 - https://www.youtube.com/watch?v=o_c_-9uso4c width:700 height:394
Rio de Janeiro, 10 de agosto de 2020.
Aviso - Estou monetizando minhas redes sociais, no caso, o meu canal do Youtube e meu blog. Faço isso para fortalecer a ajuda às 22 entidades sociais e filantrópicas que atendem as mais diversas pessoas excluídas de nossa sociedade, de forma a aumentar o valor de meus apoios mensais para essas entidades. 100% dos valores recebidos pelos parceiros comerciais vão ser alocados para essas instituições. Para saber mais: http://emanuelcancella.blogspot.com/2020/07/aviso-importante.html
Em tempo: O meu livro A outra face de Sergio Moro está à venda no Mercado Livre, cuja renda é integralmente para os demitidos da indústria naval: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese.
Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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