segunda-feira, 13 de julho de 2020

Direções da Petrobrás e da Petros, em conluio com o STJ, querem perpetuar o roubo aos petroleiros!


por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=0rs1WNxsYFA

Arquivos STF - Blog da Cidadania
 Presidente do STJ, João Otávio de Noronha.

MP faz oposição ao STJ e quer prender o Queiroz, entretanto, nada fala dos petroleiros lesados pelo mesmo STJ!  

O MP, que é o fiscal da lei, e muito corretamente, retoma um caso do assassinato do estudante Anderson Rosa de Souza, 29 anos, há 17 anos pela dupla de policias, Fabrício de Queiroz e Adriano Nobrega (1).

Logicamente que o MP quer rever a decisão do presidente do STJ, João Otávio de Noronha, que concedeu prisão doméstica a Fabrício de Queiroz.
E o mais grave, estendeu a prisão doméstica à esposa de Queiroz e, segundo outros ministros da Corte, nunca antes na história deste país se deu prêmio para foragida da Justiça (3).

A decisão do ministro Noronha sobre Queiroz e a esposa Márcia deve ser revista em agosto pelo ministro Fisher ou pela Quinta Turma, dizem colegas da Corte.

Na verdade, os próprios ministros do STJ criticaram a decisão do presidente Noronha e anunciaram que o beneficio esdrúxulo a Queiroz e sua esposa seria revisto em agosto pelo ministro Fisher ou pela quinta Turma.

Sem esquecer que Queiroz era fugitivo da justiça há mais de um ano. O próprio na época ministro da Justiça, Sergio Moro, foi alvo de crítica pesada do deputado Glauber Braga do Psol/RJ: “Eu não tenho outra coisa a dizer a não ser chamar o ministro da Justiça, que blinda a família Bolsonaro em relação a esses temas, de capanga da milícia, é isso que ele é”, afirmou Glauber Braga (2). 

Interessante é que o mesmo MP e a mídia nada falam da decisão do mesmo presidente do STJ, Noronha, que, em decisão monocrática, suspendeu 310 liminares que beneficiava dezenas de milhares de petroleiros e o pleno do STJ, até hoje, não deliberou sobre o caso (4).

A questão em si é o desconto de no mínimo 13% nos salários dos petroleiros, ativos e aposentados, por 18 anos e agora as direções da Petrobrás e Petros ainda querem torná-lo vitalício. Mesmos sem estes petroleiros nunca terem sido gestores da Petros.

E o mais grave, as direções da Petrobrás e da Petros, aproveitando-se da decisão do presidente do STJ que é de suspensão das liminares, e sem o julgamento do mérito querem perpetuar  o injusto desconto.

E não podemos esquecer que, por conta do fajuto combate à corrupção na Petrobrás, que atinge também os petroleiros, vários colegas estão afastados para tratamento psíquico e pelo menos 10 petroleiros se suicidaram (5).


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Rio de Janeiro, 13 de julho de 2020.

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 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese.

 Enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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