por Emanuel Cancella
Donald Trump esteve às voltas com um impeachment que bateu na
trave, foi um impasse entre Democratas e Republicanos que gerou o entrave (1).
Agora a morte de forma covarde do negro George Floyd causa um
levante sem precedentes nos EUA e Trump ataca os manifestantes ameaçando até
com lei marcial, ou seja, colocar o exército contra eles.
Trump chama ainda os governadores de fracos e quer que eles
impeçam os atos (2). Em resposta, as
manifestações já chegaram à Casa Branca e Donald Trump se escondeu no bunker
(3). E os protestos avançam!
Protestos pela morte de George Floyd nos Estados Unidos
chegam a 75 cidades americanas (4)
Sem acordo com os manifestantes, que já são centenas de
milhares e daqui a pouco vão atingir milhões de americanos, só vai restar, ao
Congresso americano e a Suprema Corte, afastar Donald Trump, pois não creio que
aprovem, num movimento dessa magnitude, jogar as forças armadas contra o povo!
No Brasil, Bolsonaro, parceiro de Trump, também briga com a
maioria dos governadores, querendo impor o fim do isolamento social.
Contrariando Bolsonaro, o STF decidiu que a decisão sobre o isolamento social
compete a governadores e prefeitos.
Bolsonaro assim, em represália ao STF, organiza atos pelo
Brasil afora, em muitos, com sua presença, propondo o fechamento do STF e
ataques ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
A oposição forte nas ruas aos atos fascistas de Bolsonaro tem
vindo das torcidas de futebol, começando pelo Corinthians e Flamengo e agora
com adesão das torcidas de outros grandes clubes brasileiros. Alguns atos fascistas,
inclusive, são barrados por essas torcidas.
Enquanto isso, os bolsominions fazem questão de se igualarem
aos nazistas, seguindo o exemplo do presidente: “Copo de leite: Bolsonaro usa
símbolo nazista de supremacia racial em live (5)”. Tanto que, na caminhada com
tochas dos 300 bolsonaristas, eles copiam a extrema-direita americana, Ku
Klux Klan, em ato contra STF (6).
Mas o problema principal de Bolsonaro não é somente a
semelhança com o nazismo e nem com a extrema direita americana, muito menos com
isolamento social, como quer fazer parecer.
O problema é que o clã Bolsonaro está envolvido num mar de
corrupção que inclui as rachadinhas do Queiroz, que envolvem até a primeira
dama; as milícias; o Itaipu gate; os 39 kilos de cocaína no avião presidencial e
o gabinete do ódio, de onde partem as fakes news que não só o elegeram, como dão
sustentação a seu governo.
Bolsonaro, para blindar seu clã, já tirou o ministro da
Justiça, mudou o Coaf, indicou o procurador Antonio Aras a PGR fora da lista tríplice,
o que tem sido uma praxe desde os governos do PT, mostrando que colocou mais um
Engavetador Geral da Republica. Mas a toda hora surge um vazamento aproximando essas
denúncias do clã Bolsonaro.
E agora, para piorar a situação de Bolsonaro, surge um
movimento com um manifesto intitulado “Estamos Juntos e somos 70%”, propondo
sua saída.
O problema é que são signatários do “Estamos Juntos” figuras
que apoiaram o Golpe contra Dilma, como FHC, o apresentador da Globo, Luciano Huck,
Cristovam Buarque etc (9,10).
É bom lembrar que derrubaram Dilma, mesmo que nada tenha sido
provado contra ela, muito menos crime de responsabilidade (7,8) e também que
foi a derrubada de Dilma e a posse do golpista Michel Temer que abriram caminho
para eleição de Bolsonaro.
E não podemos esquecer que o chefe da Lava Jato, o juiz
Sergio Moro, prendeu Lula, sem provas, líder em todas as pesquisas, na véspera da
eleição, num claro intuito de beneficiar Bolsonaro, de quem virou ministro da
Justiça e ainda teve a promessa de ser indicado ministro do STF.
Lula, além, de impedido de participar da eleição de 2018 ainda
ficou mais de 500 dias preso, mesmo que não tenha sido apresentada qualquer
prova contra ele.
Creio que o PT, de Lula e Dilma, só deveria assinar o manifesto “Estamos Juntos” se passar a constar
nele um desagravo tanto ao golpe que derrubou Dilma, como também ao impedimento
da candidatura de Lula, com a prisão sem provas.
E, pelos meus palpites, podemos ter a queda de Donald Trump e
de Jair Bolsonaro. Em tempo: quase sempre erro em meus prognósticos!
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Rio de Janeiro 2 de junho de 2020.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300,
ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos
Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e
Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro”
que pode ser adquirido em:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o
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comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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