por Emanuel Cancella
O GOB-RJ- Grande Oriente do Brasil, do Rio de Janeiro, homenageia
Luiz Gama, nos seus 150 anos.
Negro baiano, analfabeto letrado por Dr. Prado Junior. Aluno
tão aplicado que Luiz Gama alfabetizou depoisos filhos de seu “dono” e cobrou a
conta: como pagamento, quero minha liberdade.
A resposta foi não! E Luiz
Gama se auto-alforriou. É importante registrar que Gama falava muito bem desse
que não o quis alforriar, pois com ele aprendeu vários ofícios.
Luiz Gama fala que, quando foi vendido pela primeira vez, foi
muito bem recebido e tratado pela esposa de seu donatário e seus filhos. E, quando
foi vendido outra vez, na despedida da família dos “proprietários”, Gama, esposa
e filhos choraram a separação.
Luiz Gama foi vendido, pela primeira vez, na Bahia, aos 10
anos, por seu pai, quando já era livre. Gama omitiu o nome do pai a vida toda,
entretanto revela os carinhos e colos do pai, que era um bon-vivant, dado a
festas, bebidas, mulheres e jogo.
Sua mãe, Luiza Mahin, originária de família nobre de tribo
africana, de religião nagô, dona de quitanda e de temperamento forte, nunca quis
batizar Luiz Gama na igreja católica.
Luiz Gama, separado da mãe quando vendido pelo pai, procurou exaustivamente
mais tarde por sua mãe a quem amava como um verdadeiro filho. Inclusive fez vários
poemas dedicados à mãe, entre eles: “Era
mui bela e formosa, era a mais linda pretinha, da adusta Líbia Rainha, e no
Brasil pobre escrava.”
Como Maçom foi quatro vezes Venerável, cargo máximo, na loja
América em são Paulo, existente até hoje.
Foi policial militar por 6 anos, onde confessava que não
tinha vocação, mas onde aprendeu disciplina, organização e respeito à hierarquia.
Como advogado, atendia, em ampla maioria, negros, libertos ou
não, que recorriam dos maus tratos, com corpo e mão ferida. Todos esses saíam
com um bom conselho, algum dinheiro, e muitos com a liberdade. E não foram
poucos!
Quando morreu o ilustre abolicionista, Luiz Gama, milhares de
pessoas acompanharam o seu velório, do homem mais e poderoso de São Paulo à
maior autoridade da igreja católica do estado.
Os negros se revezavam na alça do caixão e não admitiram que
homem branco segurasse a alça de sua última morada.
A propósito, Luiz Gama foi amigo de figuras importantes como
Rui Barbosa, Joaquim Nabuco, etc.
Luiz Gama é patrono de uma cadeira na Academia Paulista de Literatura!
Luiz gama, presente!
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Rio de Janeiro 31 de maio de 2020.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300,
ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos
Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e
Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro”
que pode ser adquirido em:
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comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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