por Emanuel Cancella
A Lava Jato, chefiada pelo juiz Sérgio Moro, dizendo combater
a corrupção, começou seus trabalhos de investigação na Petrobrás, em 2014 (1).
Em 2015, a Petrobrás ganhava, em Houston, nos EUA, pela 3ª
vez, o prêmio OTC, considerado o “Oscar” da indústria do petróleo (2).
O prêmio da OTC dado à Petrobrás foi porque os petroleiros
desenvolveram tecnologia inédita no mundo que permitiu a descoberta do pré-sal.
E o pré-sal é a maior descoberta petrolífera no mundo
contemporâneo. Sendo que já responde por mais da metade da produção nacional de
petróleo (4).
Na verdade, o que tanto a Globo quanto a Lava Jato sempre
quiseram seria desprestigiar a empresa para entregá-la mais fácil a americanos
e aliados, que, para usurpar o petróleo
alheio, usam todo tipo de estratégia.
Tanto que, em 2015, o
juiz Sergio Moro é premiado pela Globo como homem que faz a diferença (3).
E a Globo, deixando transparecer seu entreguismo, em
editorial de dezembro de 2015, disse: “O pré-sal pode ser patrimônio inútil”
(5).
E assim, o conluio de Moro e Globo persistiu enganando a
sociedade fazendo parecer que combatia a corrupção.
E assim a Lava Jato, chefiada por Moro, passou mais de três
anos vazando criminosamente denúncias, diariamente, contra a Petrobrás, num
claro intuito de manchar a imagem da Empresa, para entregá-la mais fácil. Eram
informações que não precisavam de qualquer prova e as imagens iam ao ar no
Jornal Nacional da Globo, e aos domingos, no Fantástico, principal programa da
Emissora.Com esses vazamentos criminosos, Sergio Moro fez expandir a
audiência da emissora e seu faturamento. E Moro, que além de ter recebido
prêmio da Globo, foi elevado por ela a herói nacional.
Da mesma forma que depreciam a Petrobrás para entregá-la mais
fácil ao capital internacional, também desmoralizam os fundos de pensão, com a
finalidade de entregá-los: o patrimônio financeiro, a maior poupança monetária do
país e a reserva de mercado, responsável pela complementação de aposentadorias
tão cobiçada pelos bancos privados.
Assim surgiu a operação Greenfield, que investiga os fundos
de pensão e denunciou 29 pessoas por suspeita de gestão temerária envolvendo a
Sete Brasil (9,10).
A Sete Brasil seria responsável pela construção de sondas,
unidades de perfuração, que viabilizariam a exploração do pré-sal. Com certeza
que a construção de sondas, para suprir as necessidades do pré-sal, seria um
dos grandes negócios no mundo.
Mas, em nome do combate à corrupção, ao invés de punir os
gestores, em se comprovando a “gestão temerária”, essas sondas passaram a ser
construídas no exterior, gerando emprego e renda aos gringos. E gerando
vultosos prejuízos aos Fundos que investiram na Sete Brasil, que são Previ,
Petros e Funcef.
A indústria Naval brasileira, que inclui principalmente a
construção de navios e plataformas, foi destruída pela Lava Jato, tudo em nome
do combate à corrupção, e também agora tudo isso está sendo construído no
exterior, gerando emprego e renda aos gringos (6,7).
Também a construção de duas refinarias, do Ceará e Maranhão,
que dariam, além de autossuficiência
para a Petrobrás no refino, um excedente para exportação, gerando caixa para
União e empregos no Nordeste. Entretanto, assim como a Sete Brasil foi
cancelada pela Greenfield, a Lava Jato cancelou a construção das refinarias,
pela suspeição de superfaturamento e prejuízo de R$ 3.8 BI na obra (11 a 13). Não
seria mais sensato prender os corruptos em se comprovando o superfaturamento e
manter a obra, os investimentos e os empregos?
O interesse foi, como sempre, prestigiar os gringos. Tanto
que, enquanto isso a Petrobrás pagou, aos EUA, em 12 meses, R$ 25 BI na
importação de gasolina e diesel (8). Se as refinarias estivessem produzindo não
precisaríamos importar.
E Bolsonaro ainda quer vender metade das refinarias da
Petrobrás, com certeza para gerar mais emprego e dar mais dinheiro aos EUA (17).
Voltando à operação Greenfield, ela apura um rombo gigantesco
nos fundos de pensão das estatais, dentre eles na Petros.
E por conta do rombo, os petroleiros, ativos e aposentados,
estão pagando por 18 anos, no mínimo com 13% de seus salários. Isso sem nunca
terem sido gestores da Petros e agora a direção “boazinha” da Petrobrás e a
direção da Petros vão transformar o pagamento, ao invés de 18 anos, em
vitalício.
Já o então assessor do candidato Bolsonaro, Paulo Guedes,
montou uma quadrilha junto, com seu assessor Esteves Colnago e outros, e deu
rombo nos Fundos de pensão das estatais, entre eles na Petros, de R$ 6.5 BI
(15,16).
Se os petroleiros estão pagando por algo que não fizeram,
Paulo Guedes foi promovido a ministro da Economia de Bolsonaro, isso com aval
da Lava Jato e Greenfield, e não foi preso e nem paga nada pelo rombo que deu!
E para piorar, Paulo Guedes, com a privatização da BR
Distribuidora, além fazer os petroleiros pagar a Petros pelo rombo que ele deu,
ainda tirou 600 empregos. E mais, os petroleiros que ficaram na empresa ainda
tiveram redução de 30% nos salários, caso contrário seriam demitidos (14)!
Em tempo, Inscreva-se em meu canal e compartilhe o vídeo, o
Twitter e o blog e, deixe um comentário.
2 - https://petrobras.com.br/fatos-e-dados/recebemos-o-premio-offshore-technology-conference-2015.htm
Rio de Janeiro 19 de maio de 2020.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300,
ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos
Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e
Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro”
que pode ser adquirido em:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o
Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de
comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
Meus endereços eletrônicos:
Me siga no twitter.com/Ecancella
Canal de youtube: https://www.youtube.com/channel/UC9UUcJBWKgDte00tTF4FsHA
Nenhum comentário:
Postar um comentário