por Emanuel Cancella

O ex-deputado e atual senador Flavio Bolsonaro é acusado da
prática de rachadinhas, tanto que seu
motorista e assessor Fabrício Queiroz fez depósito de milhões na conta do clã
Bolsonaro, inclusive depósito de R$ 24 mil na conta da primeira dama, Michelle
Bolsonaro.
Flavio Bolsonaro deu medalha Tiradentes, a maior comenda da
Alerj, a dois milicianos, e elaborou projeto com a pretensão de legalizar as milícias
(10 a 14).
Entretanto o Ministério Público e a Polícia Federal possuem
outras prioridades, pois mesmo sem provas: “A Policia Federal, subordinada ao
ministro da Justiça Sergio Moro, afasta Siro Darlan por 180 dias e prende seu filho.
Decisão é uma das ações que levaram a
uma operação da PF. Família é investigada por venda de decisão judicial” (1).
Infelizmente a Justiça brasileira está se especializando em
perseguir desafetos políticos. E, se agora há essa perseguição a Siro Darlan,
posto que não há qualquer prova contra ele, é simplesmente porque ele soltou Garotinho e sua esposa, presos sem
provas, e que também não são bem recebidos pela direita brasileira,
especialmente pelos Marinhos da Globo.
Independentemente daqueles que gostem ou não gostem dos
governadores, Garotinho e de sua esposa, segundo nossa Constituição
Federal todos somos inocentes até que se prove o contrario, e ninguém pode ser
preso sem provas.
“Siro Darlan é o desembargador que soltou, em setembro do ano
passado, os ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho em decisão dada durante
plantão do Judiciário, menos de 24 horas após a prisão preventiva do casal sem
provas na Operação Secretum Dumus”(2). Garotinho já foi preso 3 vezes por
acusação sem provas (3).
Justificam o afastamento do desembargador Darlan e a prisão
de seu filho por uma delação de um condenado pela justiça que faz isso sem
nenhuma prova e para diminuir sua pena: “Em sua delação premiada, Crystian
Guimarães Viana, ex-controlador-geral da Câmara Municipal de Resende (RJ),
afirmou que um empresário, que estava preso, determinou o pagamento ao
magistrado” (4).
E nossa Justiça segue assim, tanto que o presidente da Caixa
Econômica Federal é hoje Pedro Guimarães, genro de Leo Pinheiro da OAS que também
diminuiu sua pena. Pedro Guimarães ganhou esse cargo de Bolsonaro, depois da delação
de seu sogro, na Lava Jato, que denunciou o ex-presidente Lula, que mesmo sem
provas afastou-o da eleição, favorecendo Bolsonaro.
Tanto que a primeira delação de Leo Pinheiro inocentava Lula
e para a Lava Jato não valeu (5,6,7).
Nessa delação que resultou na prisão de Lula, Leo Pinheiro
disse que a reforma do triplex de Guarujá fora feita a pedido de Lula que, em
troca lhe daria vantagens ilícitas na Petrobrás. Hoje sabemos que, através de fotos
e vídeos, que essa reforma nunca existiu
(8,9,10).
Para se ter idéia do caráter de Siro Darlan, além do
afastamento de 180 dias e da prisão do filho, o desembargador já foi punido antes
por criticar e rejeitar auxílio-educação, sendo então afastado da Coordenação da
Vara da Infância e da Juventude no TJ-RJ
(15).
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Fonte: 1 - https://www.conjur.com.br/2020-abr-09/ministro-afasta-desembargador-tj-rj-siro-darlan-180-dias
Rio de Janeiro 09 de abril de 2020.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do
Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da
FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,
sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser
adquirido em:
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OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo,
JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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