por Emanuel Cancella

Para Paulo Guedes dinheiro sem problema técnico é para seus
colegas banqueiros, já que Paulo Guedes é fundador do banco Pactual (7).
Paulo Guedes,
ministro da Economia, disse, dia 31, que o Governo não pode pagar auxílio de R$
600 por “problema técnico “(2). E não pagou até hoje, dia 03, e Bolsonaro diz ainda que o dinheiro só deve estar liberado no dia
10.
A medida foi aprovada no último dia 30, em votação pelo
Senado. Segundo o texto, os valores serão pagos durante três meses, podendo ser
prorrogados. Mas segundo Bolsonaro o dinheiro só deve começar a ser pago
depois do dia 10 de abril (1).
Creio que os empresários do ramo de alimentos deveriam estar
pressionando Bolsonaro e Paulo Guedes
para liberar logo o dinheiro que, quase na sua totalidade, com certeza irá para
comprar comida.
Esse dinheiro, como muito bem diz Lula, vai para a compra de
alimentos. Não vai para especulação, como fazem os banqueiros.
Paulo Guedes, como um Chicago Boy, fez parte do governo de
Pinochet no Chile, a ditadura mais sangrenta do cone sul. Guedes mentindo havia dito que o Chile é agora como a Suíça, mas hoje sabe-se
que sua política fez do Chile o recordista em suicídio de aposentados (4,5):
“91% dos chilenos consideram previdência dos
sonhos de Paulo Guedes o pior problema do país” . Pesquisa divulgada neste
domingo (3/11/19) revela ainda que as políticas de saúde e educação são
reprovadas pela população do Chile, que vive um levante contra o sistema
neoliberal imposto ao país. (6)
Com esses 600 reais injetados na economia, haverá um círculo
virtuoso, pois sairão ganhando os supermercados, os caminhoneiros, os
agricultores, a indústria de alimentos, além dos estados e municípios que vão
receber mais impostos. Com isso também muitos postos de trabalho serão abertos,
além de matar a fome de brasileiros e principalmente combater o Covid-19, pois
manterão as pessoas em casa.
A maioria da sociedade, que prioriza a vida, com certeza não
quer a quebradeira das empresas. O governo deve proteger os empresários, principalmente
para não demitir trabalhadores.
Veja o exemplo dessa empresária do Magazine Luiza: “Se
comércio reabrir agora, não vai ter cliente”, diz Luiza Trajano. Para Luiza,
“não tem outra forma de sairmos dessa, temos que fazer um trabalho coletivo, e
as empresas não devem demitir neste momento e o governo tem que injetar
dinheiro neste momento” (2)
Paulo Guedes não viu problema técnico, em 2019, com o pagamento de R$ 1.4 trilhões dos juros da dívida,
mesmo na vigência da PEC (241) da Morte, que congela por 20 anos investimentos nas
áreas sociais, principalmente em saúde, educação e segurança (10).
Bolsonaro não só votou, quando deputado, na PEC da Morte proposta
do golpista Michel Temer, como ainda a mantém em seu governo (3).
Ao contrário de dinheiro dado aos pobres, o dinheiro do juro
da dívida não transita no círculo virtuoso da economia, pois vai para a conta
do banqueiro, ou seja, para especular. Paulo
Guedes, como fundador do banco Pactual, na
verdade ajuda seus iguais.
Lula e Dilma deixaram US$ 380 BI em reservas cambias
Bolsonaro e Paulo Guedes em 2019 usaram US$ 45 BI dessas reservas para em vão
segurar a subida do dólar (8,9). Qual o problema técnico para usar as reservas
para matar fome de brasileiros. Os bilhões de dólares gastos em vão para
segurar a subida do dólar vão para os banqueiros, amigos do Guedes, ou alguém
acredita que vão para os pobres?
Se faltarem alimentos na mesa dos pobres, vai aumentar a violência,
o crime e saques, pois tem sido assim na historia da humanidade.
Será que é isso que Bolsonaro e Paulo Guedes estão querendo
para justificar endurecimento do regime?
A rainha da França Maria Antonieta (1755 a 1793) disse, numa
situação de crise de fome na França: “Se não tem pão comam brioche”! No dia
seguinte ela estava na guilhotina.
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8 - https://exame.abril.com.br/economia/pais-discute-o-que-fazer-com-us-380-bi-em-reservas-cambiais/
Rio de Janeiro 03 de abril de 2020.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do
Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da
FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,
sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser
adquirido em:
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OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo,
JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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