por Emanuel Cancella
Urge transformar Bolsonaro numa rainha da Inglaterra para salvar vidas,
inclusive a dele!

Está escrito na constituição Federal: Art. 5º
- Todos são iguais perante a lei, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida,
á liberdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)
Art.
3º - Todo homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
O próprio presidente Bolsonaro admite sobre o
Coronavírus: “Alguns vão morrer, lamento, essa é a vida” (1). E mesmo assim
Bolsonaro continua a se contrapor às orientações da Organização Mundial da
Saúde da ONU, principalmente o isolamento social.
Atos no Brasil têm sido realizados,
principalmente por empresários, para acabar com o isolamento social e o fechamento
do comércio.
Num desses atos, em frente ao quartel no dia
do Exército, Bolsonaro estava presente. O comando das Forças Armadas criticou o
ato em nota oficial (4).
Na prática, Bolsonaro está se transformado
numa rainha da Inglaterra, que reina, mas não governa.
Tanto que o STF barrou sua propaganda contra
o isolamento social e também decidiu que os governadores e prefeitos têm
autonomia para implementar políticas contra o Covid-19 (23).
E o pior, Bolsonaro, que não faz nada pela
saúde do povo, ainda processa quem o faz.
O governador do Maranhão, Flávio Dino,
driblou o governo federal para importar material de tratamento no Covid-19 para
tratar seu povo (5). Pasmem! Bolsonaro abre uma ação contra o governador do Maranhão (6).
Nelson Teich, novo ministro da Saúde, propôs
o seguinte dilema: um idoso com problemas de saúde "que pode estar no
final da vida" ou um adolescente. "Qual vai ser a escolha?",
indagou Teich (7). Um ministro não teria que criar condições para os dois serem
tratados com dignidade? Com isso, o ministro da Saúde, Nelson Teich, já está
sendo chamado de coveiro do vampiro.
Creio ser importante trabalhar pelo impeachment
de Bolsonaro, o que vai ser inevitável, diante das inúmeras denúncias contra
ele e seu clã, as mais conhecidas são a Rachadinha, milícias, Itaipu Gate, 39
kg de cocaína etc. No momento em que o ministro da Justiça e o PGR abrirem qualquer
uma dessas investigações ele será com certeza condenado e afstado. O problema é que ambos,
PGR e ministro da Justiça, já se mostraram engavetadores.
O debate do impeachment de Bolsonaro vai
levar meses e com certeza vai ter compra de votos de deputados e senadores o
que coloca uma grande dificuldade para aprovação. Aliás, a reforma da Previdência
é um exemplo, que foi aprovada por Bolsonaro com o conhecido “toma-lá-da-cá”!
Vale a pena lembrar que Dilma, impedida em
2016, não ameaçou fechar o Congresso Nacional, o STF e nem comprou voto de parlamentares.
E Dilma foi afastada do governo sem cometer nenhum crime, principalmente de
responsabilidade (8,9).
Creio
que o mais urgente nesse momento é salvar vidas. O governador do Maranhão já
indicou o caminho das pedras, não podemos ficar filosofando enquanto pessoas
estão morrendo.
O Congresso Nacional tem que aprovar de
imediato uma pauta que, entre outras medidas, inclua a compra urgente de equipamentos
para o combate da Covid-19, logico que contrariando o governo Federal que, ao contrário
de fornecer condições de saúde para os brasileiros, ainda processa quem toma a
iniciativa, como o governo do Maranhão!
Para quem tem dúvidas, veja o que disse o
ministro sobre a compra de respiradores, equipamento fundamental para tratar o
Coronavírus.
Em vídeo, Nelson Teich, critica compra de “grande quantidade” de
respiradores: “O que você vai fazer com eles depois?” (10)
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Rio de Janeiro 21 de abril de 2020.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do
Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da
FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,
sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser
adquirido em:
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OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo,
JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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