por Emanuel Cancella

Edgar dos Santos
tinha 66 anos e, por mensagem, despediu-se dos amigos e os alertou para que
ficassem em casa (1).
Edgar foi meu vizinho e amigo por 15 anos, na Rua Silveira
Martins, no Rio, onde ele nasceu e viveu toda sua vida. Na ocasião, fui amigo
de sua mamãe, Dona Estela, que já foi embora já poucos anos.
Na época, eu era solteiro e morava sozinho e muitas vezes
dona Estela, que me tinha como um filho, levava chazinho para melhorar da
ressaca da gripe, etc. E vivia me dando conselhos!
Moravam juntos, Edgar e sua mãe, que o chamava de “Gazinho”..
Sua mãe, dona Estela, incansável agora na Páscoa estaria
vendendo, para as famílias amigas, um chocolate que ela mesmo fazia. Ela sempre
estava fazendo e vendendo alguma coisa para ajudar nas finanças da família.
Edgar, há décadas, trabalhava numa seguradora estatal que foi
privatizada, desde então ficou muito tempo desempregado, estudava para concurso
público, mas se virava por exemplo fazendo massagem terapêutica no Aterro do
Flamengo, para ganhar algum dinheiro.
Edgar passou no concurso do Banco Do Brasil e, há pelo menos
uma década, trabalhava na agência Catete do BB. Quando ingressou no BB fiz
questão de tomar um vinho com ele para comemorar o novo emprego.
Edgar foi capoeirista e tocava, aos domingos, no chorinho na
Praça São Salvador, Rio.
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Rio de Janeiro 11 de abril de 2020.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do
Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da
FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,
sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser
adquirido em:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo,
JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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