por Emanuel Cancella

O Brasil é roubado desde o descobrimento, essa é uma verdade
absoluta. Portugal, Espanha, França, Inglaterra Holanda já nos saquearam por bastante tempo.
Depois, há mais de meio século, vieram os ianques nos
saquear. Tanto que, na campanha O petróleo é Nosso!, lá estavam as multinacionais de petróleo americanas e
seus aliados tentando nos barrar.
Mas aí não conseguiram , pois pela lei criada por essa nossa
campanha, Lei 2004/53, a Petrobrás deteve o monopólio estatal do
petróleo.
Depois, abrindo o monopólio do petróleo, por 14 anos pelos Contratos de Risco do general
presidente Ernesto Geisel (1975/1988), 83% das áreas sedimentares do Brasil
foram abertas à exploração. Então vieram as multinacionais de petróleo as quais,
por mais de uma década, não descobriram nada relevante (1).
Não foi falta de competência, é que os investimentos na área
de petróleo são altíssimos. Só para se ter uma ideia de custo, o primeiro poço do
pré-sal de Tupi, hoje chamado de Lula, custou à Petrobrás, US$ 240 milhões,
hoje a Petrobrás já perfura no pré-sal por US$ 60 milhões (5).
"O indicador, que mede quanto se gasta de extração do barril
de óleo, atingiu níveis sem precedentes no terceiro trimestre, US$ 5 por barril
contra US$ 6 nos três meses anteriores, segundo dados da Petrobras” (8).
E o pré-sal é a maior descoberta de petróleo do mundo contemporâneo
e já responde por mais da metade da produção nacional de petróleo (7).
Agora sabemos que os estadunidenses e seus aliados têm visão futuristas, pois são as essas
mesmas multinacionais que hoje estão tomando conta do nosso petróleo, de graça, ou seja, depois do Brasil investir
fortunas do dinheiro dos brasileiros.
FHC também quebrou o monopólio do petróleo. Embora Ernesto
Geisel tenha quebrado o monopólio, os seus Contratos de Riscos eram muito mais
decentes que a lei de FHC 9478/97. Com Geisel, a busca do petróleo começava do
zero, entretanto FHC criou uma lei conhecida como a “Venda do Bilhete Premiado”;
por essa lei são oferecidas nos leilões áreas já pesquisada pela Petrobrás com
presença de petroleo, e pela lei de FHC o petróleo era nosso, no subsolo , mas depois
de produzido pertencia ao operador.
Para tentar resguardar o Brasil, Lula em cujo governo foi
descoberto o pré-sal criou a lei de Partilha (12.351/10), que garantia que a
Petrobrás seria operadora de todos os campos do pré-sal; Royalties de 75% para
educação e 25% para saúde; no mínimo 30% de cada campo do pré-sal seria nosso,
ou seja, mesmo produzido por empresas estrangeiras o petróleo continuava nosso;
Além disso, a lei de Partilha introduziu o Conteúdo Local, um
dos itens mais importantes, pois pelo Conteúdo Local, navios, plataformas, sondas,
maquinário em geral seriam construídos no Brasil gerando, investimentos, empregos e renda e arrecadação gigante de
impostos para União, estados e municípios.
Mais assim como no governo de FHC agora com Bolsonaro, em nome do combate fajuto a corrupção da Lava Jato, navios e
plataformas são construídos no exterior gerando emprego e renda aos gringos (9).
Os americanos e seus aliados e os entreguistas brasileiros
então perceberam a necessidade de afastar do poder Lula e Dilma, do contrários
eles não teriam acesso ao petróleo brasileiro.
Antes de Aécio Neves, Dilma chegou a disputar a eleição com o
tucano José Serra, quando este havia prometido, a Chevron americana, vantagens
ilícitas em prejuízo da Petrobrás. O Wickleaks já havia denunciado a tramóia de
Serra (3). Mas derrubaram Dilma e José Serra então articulou e criou uma lei a
4567/16 mudando para pior a lei de Partilha e, de forma criminosa e entreguista.
Assim, depois de serem afastados Dilma e Lula, vem Bolsonaro
que, quando deputado queria fuzilar FHC por entregar as estatais e nossas
reservas petrolíferas, hoje presidente faz pior (2).
Com Bolsonaro, os americanos e seus aliados já “compraram” a
preço de banana a BR distribuidora, nossos principais dutos o NTS e o TAG e
Bolsonaro anunciou ainda a “venda”, e eles estão de olho, na metade de nossas refinarias.
Ou seja, os americanos e seus aliados já controlam os postos
BR, os dutos que transportam os derivados e querem comprar nossas refinarias.
Nosso prejuízo não está sendo maior porque o mega leilão do
pré-sal, para nossa felicidade, foi um fracasso e acabou a Petrobrás
arrematando a maior parte do pré-sal (6).
Não satisfeito em entregar a Petrobrás aos americanos e seus
aliados, Bolsonaro se alia aos EUA, ameaçando a Venezuela com guerra, para que os EUA se apossem das maiores
reservas petrolíferas, que estão na Venezuela, o que aguça a cobiça
americana.
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6 - https://www.redebrasilatual.com.br/economia/2019/11/em-novo-fracasso-do-governo-bolsonaro-leilao-do-pre-sal-vende-apenas-1-de-5-blocos-para-a-petrobras/
7 - https://www.diariodocentrodomundo.com.br/video-pre-sal-ja-responde-por-mais-da-metade-da-producao-da-petrobras/
7 - https://www.diariodocentrodomundo.com.br/video-pre-sal-ja-responde-por-mais-da-metade-da-producao-da-petrobras/
Rio de Janeiro 13 de abril de 2020.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do
Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da
FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,
sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser
adquirido em:
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OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo,
JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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