quarta-feira, 1 de abril de 2020

Bolsonaro botou os carrascos de Mariana e Brumadinho para destruir a Petrobrás e os petroleiros.


por Emanuel Cancella

GDPAPE: Notícias

Roberto Castello Branco, presidente da Petrobrás indicado por Bolsonaro, de forma criminosa, privilegiando os gringos, diminui a capacidade de refino de gasolina, diesel etc., da Companhia, para 68%. Ou seja, diminuiu a produção, apesar de a Petrobrás pagar R$ 25 BI, por 12 meses, pela importação de diesel e gasolina dos EUA (5,6).

Castelo Branco também vendeu a BR Distribuidora aos EUA, a preço de banana, e para ajudar ainda mais os americanos nas despesas com a folha de pagamento, demitiu 600 petroleiros, centenas de contratados e cortou 30% do salário dos petroleiros que ficaram na Empresa (7).  

E os petroleiros, ativos e aposentados, inclusive os da Br Distribuidora, já pagam há algum tempo, através do Plano de Equacionamento de Déficit – PED, no mínimo 13% de seus salários e por 18 anos, por um rombo na Petros. 

O absurdo é que esses petroleiros nunca foram gestores da Petros e nem houve auditoria que pudesse comprovar esse rombo.
 A direção da Petrobrás e a direção da Petros ainda querem estender o pagamento do rombo, ao invés de 18 anos, em vitalício.

Castelo Branco agora vai diminuir a jornada dos petroleiros do administrativo para 6 horas e reduzir os salários em até 30% (8).
Castello Branco pune os funcionários que desenvolveram tecnologia inédita no mundo que  permitiu a descoberta do pré-sal. Lembrando que, por essa descoberta, a Petrobrás ganhou pela 3ª vez o prêmio OTC, considerado o “Oscar” da indústria do petróleo (10). 

Roberto Castello Branco ainda teve a coragem anunciar, depois suspendeu, a iniciativa de querer  triplicar os bônus pagos a esses seus diretores que estão entregando a Petrobrás aos gringos. O montante seria de  R$ 11,8 milhões, para premiar executivos em 2020 (9). Isso mesmo com Coronavírus e a queda substancial do preço de petróleo no mercado internacional.

Roberto Castello Branco foi diretor da Vale por 15 anos. Já a presidente da Transpetro, Cristiane Marsillac, trabalhou na Vale de 2006 a 2009 (1,2).
Pois conseguiram esses cargos na Petrobrás mesmo eles sendo oriundos da Vale e sendo suspeitos de crime de responsabilidade no maior acidente ambiental do Brasil, quiçá do mundo, que foram os de Mariana e Brumadinho.

Em Mariana foram 19 mortos e em Brumadinho foram 253 mortos (3). Cidades inteiras foram destruídas, rios estão mortos e pessoas ficaram sem suas casas. 

Em 2019, três anos depois, ninguém foi condenado pela tragédia de Mariana e o processo na Justiça não tem data para julgamento (4).

Lamentavelmente, as combativas entidades, FUP, FNP e a AEPET, fazendo coro com o Fórum Petros, concordam que os petroleiros ativos e aposentados paguem o  PED (11 a 13)!



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Rio de Janeiro 01 de abril  de 2020.

Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

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