por Emanuel
Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=BLLAwnv2Bmg

O autor e diretor do Mecanismo, José Padilha, se arrependeu
de ter apoiado o juiz Sérgio Moro. “ Padilha bateu o martelo e decidiu que
na próxima temporada de O Mecanismo Sergio Moro será o vilão”
(2).
Padilha recebeu muita crítica quando se arrependeu de ter
apoiado Moro, não por Moro, principalmente porque a fita o Mecanismo está
rodando e, além dos elogios a Moro e seu combate fajuto à corrupção, nela Lula
e Dilma seriam os cabeças do esquema sujo (14).
Digo que o combate à corrupção da Lava Jato é fajuto,
principalmente com base num vídeo que mostra como a Lava Jato destruiu a
economia nacional em poucos meses. Veja o vídeo (9).
O fato de Padilha ter feito autocrítica, que
muitas personalidades estão fazendo de ter apoiado Moro, é positivo e mostra
grandeza de caráter. Porém o Mecanismo continua a mostrar o farsante juiz Moro
como herói e atribui a Lula uma frase do golpista Romeró Jucá, em
grampo telefônico, “estancar a sangria”, referindo-se a interromper
as investigações da Lava Jato (1).
Padilha deveria saber que a Lava Jato, depois de mais de três
anos investigando Lula, sua esposa, seus filhos, amigos e compadres e usando
toda máquina pública, MPF, PF, dinheiro público a rodo, o procurador Deltan
Dallagnol disse ao vivo na Globo que não tinha provas contra Lula, só sua
convicção de que Lula era o comandante máximo da corrupção na Petrobrás (3).
Quanto a Dilma que sofreu um golpe e foi retirada do poder
nada ficou provado contra ela (5,6).
José Dirceu, ex-ministro de Lula, foi preso, e hoje está
solto, sua prisão no Mensalão foi fruto do parecer da ministra Rosa
Weber, assistida pelo juiz Sergio Moro. Parecer que é considerado um disparate
nos meios jurídicos: “Não tenho prova cabal
contra Dirceu – mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite”(7)
Quanto ao ministro de Lula, Antonio Palocci, ele foi
condenado a 12 anos de prisão está em prisão domiciliar. Palocci foi preso
através de delação premiada, entre outros a de Alberto Youssef.
Delação Premiada que consiste na palavra de um delator ou bandido
preso pela Lava Jato que delata, sem nenhuma prova, para diminuir sua pena.
No caso de Antônio Palocci, fica claro que a Lava Jato,
chefiada por Moro, aplica a tortura da ameaça da prisão e se utiliza das
delações do ministro para sujar a imagem de Lula, Dilma e do PT.
Na Lava Jato o doleiro Alberto Youssef que delatou Antonio
Palocci está condenado no Banestado e na Lava Jato a 121 anos e cumpre pena em
sua casa, verdadeiro clube de lazer construído com dinheiro da corrupção
(11,12,13).
Como exemplo de manipulação, Moro
pessoalmente usou delação premiada de Antonio Palocci, falando mal
de Lula, Dilma e do PT, a seis dias da eleição, mesmo ela sendo rejeitada pelo
MPF por falta de provas (10).
Além disso, Moro prendeu Lula sem qualquer prova, na véspera
da eleição, num claro intuito de beneficiar Bolsonaro, e depois, sem nenhum
constrangimento, virou ministro da Justiça (8).
Comungo com o sentimento da maioria da sociedade de que todo
corrupto e corruptor, após o amplo direito de defesa, garantido na lei e na
carta da ONU dos Direitos Humanos, caso condenado, em sentença transitada em
julgado, devam ser presos, mas não é isso que a Lava Jato faz com o PT.
José Padilha, na entrevista a Folha esta semana: “Eu não sou
antiesquerda, sou antipetista porque o PT roubou", disse o diretor.
Entretanto a Lava Jato, chefiada por Moro, jamais provou isso (2).
Imagine se um autor e diretor fizesse um filme com José
Padilha como golpista, aliado a Sergio Moro, e que seu seriado o Mecanismo
seria uma apologia ao golpe. Padilha ficaria satisfeito?
Fonte: 1 - https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Mecanismo
Rio de Janeiro, 07 de maio de 2019.
Em tempo: O meu livro A outra face de Sergio Moro está à venda
no Mercado Livre, cuja renda é integralmente para os demitidos da indústria
naval:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente
do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros,
da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do
Dieese.
Enviado para possível publicação para o Globo, JB, o
Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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