terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Só a greve petroleira pode barrar a privataria de Bolsonaro!


por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=HAsx9HIlO34

                    Resultado de imagem para paulo guedes que deu rombo nos fundos de pensões quer privatizar tudo

Não há tempo a perder:
- o ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, já anunciou que vai privatizar 100% das estatais (1). 
- Servidores públicos não terão reajuste em 2019 (2).  
- Privatizaram a Embraer (6);
- Abriram para 100% o capital para empresas aéreas estrangeiras (6,7).

- Fizeram a reforma trabalhista, com voto de Bolsonaro, retirando assim os principais direitos dos trabalhadores contidos na CLT (5).
- Vão fazer a reforma previdenciária, como no Chile, levando os aposentados brasileiros, assim como os chilenos, à miséria (12).
- As universidades públicas estão sucateadas e os professores universitários ficaram vários meses sem salário.
 -Professores, bombeiros e policiais ficaram sem salário neste ano e a agonia vai continuar nos próximos anos. 

A PEC do Fim do Mundo, que congela investimentos para os próximos 20 anos, e que teve o voto do Bolsonaro, está em plena vigência (5).
- Hospitais estão sucateados com pessoas morrendo nas filas dos hospitais. E faltam remédios doados para doentes terminais na rede pública.

- O desemprego tende a aumentar, pois as grandes obras continuam paradas. O governo Bolsonaro, ao invés de proposta para os quase 13 milhões de desempregados, diz que o cálculo do desemprego é uma farsa (3). Deve achar pouco o número de desempregados.

- Bolsonaro quer enquadrar movimentos sociais na lei de terrorismo (4). Romperam unilateralmente o acordo com os caminhoneiros, que estão vendendo o almoço para comprar a janta (8).

Na direção sindical petroleira, FUP e FNP, temos o que há de melhor em nossa categoria! Já vencemos a privataria tucana e agora, contra Bolsonaro, ou morremos calados ou lutando?

Os petroleiros estão sendo massacrado pela Petros, nosso fundo de pensão, pois além de mudarem unilateralmente nosso plano de aposentadoria já estão nos cobrando de aposentados e ativos por 18 anos um rombo, cujo um dos  autores, é Paulo Guedes, futuro ministro de Bolsonaro (15).

Temos que continuar a travar a luta pela nossa Petros, mas é prioritária a luta em defesa da Petrobrás, que é a patrocinadora da Petros.

O golpista Michel Temer, além da lei de um trilhão de reais em isenção de impostos as petroleiras, cuja mais beneficiada é a Shell, já realizou e marcou vários leilões do pré-sal. E está na ordem do dia a venda de nossas refinarias (9,10,11).      

A privataria tucana, na década de 90, bateu de frente com os petroleiros. Para minar qualquer tipo de resistência, na ocasião, FHC se inspirou em Margareth Thatcher que, na Inglaterra, massacrara os mineiros para colocar em prática seu plano neoliberal diabólico. Hoje os Ingleses estão revendo as privatizações (13,14). 

Contra os planos ultra neoliberais, os europeus estão fazendo movimentos diários dos chamados “Coletes Amarelos”. No Brasil, estamos esperando o quê?

Os petroleiros, junto com a CUT, precisam convocar todas as centrais sindicais e os movimentos sociais para organizar nossa pauta e levar então nossa agenda de preocupações para o governo. 

Se nada funcionar, então que preparemos uma greve para assim tentar garantir nossas empresas, nossos empregos, direitos e a soberania nacional!


15 - https://www.cartacapital.com.br/politica/mentor-economico-de-bolsonaro-e-investigado-por-fraude-em-fundos-de-pensao

Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2018.

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: http://emanuelcancella.blogspot.com.br/2017/07/a-outra-face-de-sergio-moro-pontos-de.html.

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

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