por Emanuel Cancella
Sexta feira, 09/10, 11:00 h, nos
reunimos no Sindicato dos Engenheiros do Rio: Sindipetro-RJ, Federação Nacional
dos petroleiros - FNP, CUT-RJ, AEPET, Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e
os anfitriões, sindicato dos Engenheiros do Rio. A Pauta única era: Saídas para
a crise.
Depois de uma rodada de avaliação e
propostas, com tempo livre, chegamos a alguns consensos entre eles o de tornar
públicas as deliberações.
Foi consenso que a Petrobrás é a
principal saída para a crise. Ela, com os impostos que paga, responde por 80%
das obras do país, o que representa milhões de empregos diretos e indiretos.
De pronto, respondemos a alguns
questionamentos que vão surgir, dentre eles é que querem fazer o cidadão comum
de verdadeiro beócio quando o leva a acreditar que a Petrobrás está falida.
Como, se a empresa possui reservas provadas de 60 bilhões de barris de
petróleo? Só isso já nos garante o abastecimento pelos próximos 50 anos, no
mínimo. E estudos científicos da Petrobrás e de universidade fluminense, que
incluem conceitos de reservas prováveis e possíveis, elevam nossas reservas
para 100 bilhões de barris no mínimo. E mais, o pré-sal sozinho já produz hum
milhão de barris por dia, o suficiente para abastecer juntos todos os países do
Mercosul.
Sem esquecer a máxima do magnata do
petróleo John D. Rockfeller: O melhor negócio do mundo é uma empresa de
petróleo bem administrada e o segundo melhor negócio do mundo é uma empresa de
petróleo mal administrada.
A grosso modo, com 100 bilhões de
barris de petróleo, ao preço de hoje, a U$ 50 o barril, a Petrobrás possui só
em petróleo o equivalente a U$ 5 trilhões. Isso é quase o dobro das reservas em
dólares da China, a maior do mundo. Como a Petrobrás estar falida? Agora não
podemos subestimar a capacidade de enganar a sociedade que possuem alguns
economistas brasileiros, cujo interesse é unicamente desvalorizar o patrimônio
público para entregá-lo a seus clientes, normalmente estrangeiros. São esses
traíras que dizem que a Petrobrás está quebrada. Essa turma teve a capacidade
de vender a maior mineradora de ferro do mundo, a Vale do Rio Doce, por U$ 3, 2
milhões. Para essa turma, a Petrobrás não vale nada! Tanto que tentaram
privatizá-la!
É consenso entre estas representações
reunidas que a Petrobrás, com aporte do tesouro nacional ,tem que voltar
ao nível financeiro de outubro de 2014, antes da crise, para com isso financiar
todas as obras do PAC. Com isso, nosso PIB voltará a crescer aumentando assim
nossos postos de trabalho.
É bom lembrar que a Petrobrás sozinha
responde por 13% de nosso PIB. E ainda, a construção das duas refinarias do
Ceará e do Maranhão nos dará autossuficiência no refino e capacidade para
exportar produtos com valor agregado. Faz-se urgente a conclusão do Comperj e
seu braço petroquímico, a parte mais lucrativa da industria do petróleo, com
isso teremos crescimento substancial de nosso PIB.
Outra preocupação dos trabalhadores e
com o golpe paraguaio que ronda nosso país. A presidente Dilma foi eleita
democraticamente pela maioria dos eleitores brasileiros, e o seu mandato,
garantido pela Constituição Federal, termina em 2018. Os golpista ameaçam para
com o impeachment de Dilma na próxima semana.
Na Venezuela, presidida por Hugo
Chávez, eles fizeram o mesmo que querem fazer com Dilma e o golpe durou no
máximo 24 horas. O povo colocou Chávez de volta no governo e os golpistas
fugiram para Miami. Temos vários exemplos de golpes bem sucedidos e de mal
sucedidos. Os golpistas não têm nenhum compromisso com o país e a democracia.
Para eles, tanto faz que o Brasil se transforme numa Síria, onde uma guerra
civil sustentada pelos EUA e Rússia, leva milhares de famílias a buscar abrigo
em outros países, para fugir da miséria e da guerra.
Com certeza que grande parte do
movimento social, político, estudantil e sindical, muitos que nem sequer apoiam
a Dilma, não vão aceitar a retirada de uma presidente legitimamente eleita!
A sociedade precisa se manifestar para
barrar esses golpistas que querem lançar nosso país numa aventura que não
sabemos onde vai parar!
Martin Luther King, senador e pastor
americano, deixou uma mensagem que é muito propícia para o Brasil de hoje: “O
que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos,
dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons.”
Rio de Janeiro, 10 outubro de
2015
OBS.: Artigo enviado para possível
publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros
órgãos de comunicação.
Emanuel Cancella é coordenador do
Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
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