por Emanuel Cancella
A proposta está sendo discutida pelo
Sindipetro-RJ, Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), centrais sindicais,
partidos políticos, movimentos sociais e estudantis.
O juiz Sérgio Moro
recebeu o título de personalidade do ano, oferecido pela TV Globo. Sérgio Moro
chefia a Operação Lava Jato que investiga a Petrobrás. Há mais de um ano, a
Lava Jato produz, através de delação premiada, notícias que instantaneamente
são divulgadas na emissora. A delação premiada é ferramenta utilizada por
bandidos para diminuir sua pena e, no caso da Lava Jato, está valendo como
prova cabal.
A mulher do juiz Moro
trabalhou como advogada para o PSDB do Paraná e para empresas de petróleo
concorrentes da Petrobrás. Moro atuou como assistente da ministra Rosa Weber,
na AP 470, conhecida como “mensalão”. Mas o “mensalão tucano” não foi
julgado e os crimes já estão prescrevendo.
No Lava Jato vários
delatores citaram o governo tucano de FHC como antro de corrupção na Petrobrás.
No entanto, a informação foi ignorada por Moro. Dois senadores do PSDB, os
ex-governadores mineiros Aécio Neves e Antonio Anastasia, foram citados
como propineiros. Mas Moro preferiu fazer “ouvido de
mercador”.
A Globo é uma espécie
de porta-voz da Lava Jato. informações instantâneas e diárias que
visam manchar a imagem da Petrobrás são produzidas para atender à pauta da
emissora. Globo-PSDB são aliados. Juntos, na década de 1990, já tentaram, sem
sucesso, privatizar a Petrobrás.
O argumento do Lava
Jato para não investigar Aécio Neves é que ele recebia, através da irmã,
propina de uma diretoria de Furnas, “mas a Lava Jato só investiga a Petrobrás”.
Então, como se
explica que o cioso juiz tenha investigado a Eletronuclear, por meio da mesma
Lava Jato? Por que Furnas não pode, mas a Eletronuclear pode?
Coincidência ou não,
a investigação da Eletronuclear vai atrasar, talvez inviabilizar a
construção de um submarino atômico no Brasil, o que estava incomodando os
Estados Unidos. Esse submarino tem a tarefa principal de proteger o pré-sal, já
que alguns poucos países, entre eles os EUA, não reconhecem nosso mar
internacional e parte do pré-sal está nessas águas.
Mais reveladora ainda
é a troca de telegramas entre o senador José Serra e a petrolífera
norte-americana Chevron, em 2009, quando Serra concorria à Presidência da
República. A correspondência foi interceptada e denunciada pela Wikelikes,
conforme notícia foi divulgada pela Folha São Paulo. Serra prometia facilidades
para a Chevron e outras petrolíferas estrangeiras, inclusive com a retomada do
sistema de concessão, o pior dos mundos para o pré-sal. Agora, em paralelo ao
mar de lama forjado pela Lava Jato, o privatista José Serra volta ao ataque.
Ele é autor da PLS 131 que visa derrubar a Lei de Partilha. A Petrobrás
deixaria de ser operadora única do pré-sal e o “conteúdo nacional” cairia por
terra.
Os delegados da
Operação Lava Jato fizeram campanha declarada para Aécio Neves. Chegaram a
chamar a então candidata Dilma Rousseff de “anta”, no blog de campanha. Saiu da
Lava Jato, na véspera da eleição, a notícia mentirosa de que Lula e Dilma
sabiam da corrupção na Petrobrás. Apesar do golpe, Aécio perdeu.
Mas os procuradores
envolvidos com a Lava Jato pareciam ter mais independência, no passado. Eles
formavam o grupo conhecido como “tuiuiui” e fizeram oposição ao
Procurador Geral da República, nomeado por FHC, porque costumava arquivar as
denúncias, quando o tucano foi presidente. Tanto que ficou conhecido na
imprensa como o “Engavetador Geral da República”.
Entretanto, esses
mesmos procuradores hoje, na Lava Jato, acompanham o juiz Moro, blindando
os crimes praticados na era FHC. Inclusive na Petrobrás. Teriam os tuiuiús
virado tucanos?
Está montado o complô
para dilapidar a Petrobrás e entregar o pré-sal. Infelizmente, a
sociedade tem sido enganada em relação às verdadeiras intenções dos
“justiceiros”. Acredita, ingenuamente, que Moro e sua turma estão empenhados em
acabar com a corrupção.
Não podemos assistir calados à destruição da Petrobrás. O povo brasileiro, na
década de 1940-50, quando a Petrobrás era um sonho, foi à rua e criou a nossa
empresa de petróleo. Muitos foram perseguidos, presos e até mortos, por sua
atuação na campanha “O petróleo é Nosso!”
Agora que a Petrobrás
é realidade vamos deixar um juiz entreguista, a TV Globo e os tucanos
destruí-la?
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
Rio de Janeiro, 05 de agosto de 2015
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo,
JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
http://emanuelcancella.blogspot.com.br/
Por que não prendem teu amigo Diego Hernandes? Quem financiou os Black Blocs também. Quem foi mesmo?
ResponderExcluirVoce lembra do Sindipetro forçando a repactuação?
Ainda tenho cópia dos boletins 564 e 565 da FUP onde ela era radicalmente contra a repactuação. Até hoje não me responderam o que mudou para terem recomendado a repactuação, com o apoio do Sindipetro.
ExcluirA postura do PT é a mesma do sujeito que, ao ver um caminhão tombado na estrada, para para saquear a carga com a "desculpa" de que antes dele já parou um monte de gente para saquear também.
ResponderExcluirVoce é maluco?
ResponderExcluirQuem está destruindo a Petrobras é o Sergio Moro? kkkkkkkk
Ele vai virar uma múmia. Coisa ruim não morre. Mas tá passando de fazer isso, quem sabe ele não se liga e começa enquadrando os mensaleiro do Psdb e prende. Já está passando da hora. O ele só vai pretender para quando quebrar o país. Aí ele assina documento passando o controle do Brasil pra os EUA. Resta saber se a China vai deixar.
ResponderExcluirOs amigos ai em cima devem estar confundindo os SINDIPETROS. Quem apoiou a repactuação foram os sindicatos filiados à FUP, da qual o SINDIPETRO-RJ se desfilou, justamente por causa da repactuação. Desfiliaram-se da FUP os SINDIPETROS do RJ, SE/AL, PA/AM/AP, SJC e LP.
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