por Emanuel Cancella
Acabei de assistir nesse domingo, 9/8, na TV, o jogo
Flamengo e Ponte Preta, no Brasileirão. O Flamengo teve muito mais volume de
jogo, os jogadores da Ponte, a maioria, jogaram o tempo todo atrás da linha que
divide o gramado, o Flamengo jogou duas bolas na trave, e perdeu de 1 a zero. E
daí fiquei triste, paguei minha conta no bar, dei gorjeta ao garçom e vim para
casa, triste, mas fazer o quê?
A presidente Dilma foi eleita pela maioria dos brasileiros, ganhou
nas pesquisas e nas urnas, o Superior Tribunal Eleitoral lhe deu posse, vida
que segue. Dizem que Dilma praticou o estelionato eleitoral. Onde? Entre os que
questionam mandato de Dilma, o mais contundente é o derrotado por Dilma, Aécio Neves, do PSDB.
Na véspera da eleição, a revista Veja, em matéria mentirosa,
de capa, disse através de delação premiada, obtida no Lava Jato, que Lula e
Dilma sabiam da corrupção na Petrobrás. E a Globo botou no ar, na véspera da
eleição, no Jornal Nacional, no momento proibido pela lei eleitoral. Alguns
amigos dizem, Emanuel, você acha que Lula e Dilma não sabiam? A resposta veio
do próprio advogado do delator, Alberto Youssef “ meu cliente nunca falou sobre
isso”. Aí me lembro que Fernando Henrique Cardoso, em1998, comprou votos para a
própria reeleição, a Folha publicou nome e valores dos votos, FHC foi eleito e
nada até hoje aconteceu. Se tem alguém que praticou estelionato eleitoral agora,
foi a Veja, a Globo e o Lava Jato, tudo para favorecer o candidato Aécio Neves.
Quanto ao ajuste fiscal de Dilma, creio que seja inevitável.
Imagine um chefe de família ou uma chefa que ganhava acima de 100 e passou a
ganhar 40. Alguma coisa tem que ser cortada na despesa dessa família. Na disputa eleitoral, o barril de petróleo estava
acima de cem dólares e caiu para 40. E a Petrobrás sozinha, com os impostos que
paga, financia oitenta por cento das principais obras do país – o PAC.
Não concordo com o ajuste Fiscal de Dilma que acaba indo para
as costas do trabalhador. Vamos fazer pressão para Dilma cobrar a conta dos
ricos: defender a aprovação do imposto de Grande Fortuna; fazer a auditoria
cidadã da dívida prevista na Constituição Federal, é um absurdo o que pagamos
de juros da dívida.
A turma que apoia o golpe, que não aceita a derrota, e
também nunca vai aceitar a cobrança do “ajuste fiscal” dos ricos. No mais, chora
flamenguista! Chora Aécio! Vida que segue!
Emanuel Cancella é coordenador do
Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
Rio de Janeiro, 09 de agosto de 2015
OBS.: Artigo enviado para possível
publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros
órgãos de comunicação.
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