O juiz Sérgio Moro,
assim como o ex-ministro Joaquim Barbosa, ganhou o prêmio de personalidade do
ano da Globo. Nada demais, se ambos, nos seus julgados, não blindassem os
tucanos! Joaquim Barbosa, que presidiu o julgamento da a AP 470, mensalão, indiciou
e prendeu políticos de vários partidos, principalmente do PT, deixando sem
julgamento o mensalão tucano, com o agravante de que o mensalão do PSDB foi
anterior ao do PT. E o mais grave, os crimes do chamado mensalão tucano estão
prescrevendo. E o juiz Sergio Moro, junto com Joaquim Barbosa, participou dessa
farsa como assistente da ministra Rosa Weber.
O juiz Sergio Moro chefia a operação lava Jato. Essa operação
prendeu os donos das principais construtoras do país, almirante, indiciou o
presidente da Câmara e do Congresso, senadores como Fernando Collor de Mello, e
deixou de fora os senadores tucano Aécio Neves e Antonio Anastasia.
Joaquim Barbosa e Sérgio Moro estariam em campanha em prol do
PSDB? Lembram que saiu do Lava jato a denúncia mentirosa de que Lula e Dilma
sabiam da corrupção na Petrobrás, nas vésperas na eleição? Isso foi ou não
campanha em apoio ao candidato tucano, Aécio neves?
A operação Lava Jato se esquiva de investigar Furnas, como se
a exclusividade da operação fosse investigar a Petrobrás. Caramba! Eles
passaram por Botafogo, sede de Furnas, no centro do Rio, onde Aécio Neves
controlava uma diretoria, de onde recebia propina, através de sua irmã, e foram
ao sul do estado do Rio para Angra do Reis, investigar a Eletronuclear. Por que
não investigaram Furnas também?
O Lava Jato se transformou num tribunal de exceção (O Artigo
5º da Constituição Federal, inciso XXXVII, é muito claro ao afirmar que não
haverá juiz ou tribunal de exceção). A prisão seletiva, no Lava Jato, além de
valer só para alguns partidos dá-se simplesmente pela delação premiada, exclusivamente,
ou seja, pela palavra de bandidos valendo como prova. Já o juiz Joaquim Barbosa,
na AP, conhecida como mensalão, utilizava
o domínio dos fatos, ao invés da prova material. A prova material, base do
nosso direito penal, para Moro e Joaquim Barbosa, inexiste!
O Lava Jato divulga instantaneamente a “Delação Premiada” principalmente
através da Globo. A mesma Globo que a todo instante difama a Petrobrás com
informação privilegiada do Lava Jato, só divulgou o fato de a Petrobrás ter
ganho o “Oscar” da indústria do petróleo, pela terceira vez, através de matéria
paga.
Vale lembrar as mentiras que são usadas pelo Lava Jato, que
os membros da operação nunca vieram a público se desculpar: Como os quadros de
grandes artistas que na verdade eram gravuras; da imagem da cunhada do
tesoureiro do PT, Vacari, sacando dinheiro em um banco eletrônico, quando na
verdade era a esposa do tesoureiro (a cunhada chegou a ser ameaçada de prisão);
a maior de todas elas a de que Lula e Dilma sabiam da corrupção na Petrobrás.
A maioria da sociedade quer o combate sem tréguas à
corrupção, mas não aceita a seletividade e blindagem praticada, tanto pelo juiz
Joaquim Barbosa como pelo juiz Sérgio Moro. Como já dizia o cronista, escritor,
radialista e compositor brasileiro, Sérgio Porto, também conhecido como Stanislaw
Ponte Preta: “Ou restaure-se a moralidade ou
locupletemo-nos todos!”
OBS.: Artigo enviado para possível
publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros
órgãos de comunicação.
Emanuel Cancella é coordenador do
Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
Rio de Janeiro, 01 de agosto de 2015
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