por Emanuel Cancella
O juiz Sérgio Moro começa a vir a público se defender:
“Não sou nenhuma besta-fera”, diz o juiz Sérgio
Moro, em 03/07, no Globo.
Também respondeu à declaração da presidente Dilma, sobre os
delatores: "Eu não respeito delator. Até
porque eu estive presa na ditadura e sei o que é que é. Tentaram me transformar
em uma delatora". E a resposta de Moro defendendo os delatores: "Mesmo
juízo de inconsistência
cabe às equiparações inapropriadas entre 'prisão cautelar' e 'tortura' ou entre
'criminosos colaboradores' e 'traidores da pátria'", escreveu Moro.
"Não há como este Juízo ou qualquer Corte de Justiça considerar argumentos
da espécie com seriedade."
.Não é só a
presidente Dilma está contestando o mal uso da delação premiada. Aliás, ela como
presidenta que sancionou essa lei introduzindo
essa ferramenta no nosso arcabouço legal, provando com isso que ela acha
importante a delação, nos termos da lei.
Ministros do STF, OAB e Policia
Federal criticam e repudiam é o uso excessivo dessa ferramenta, como também
tratá-la, como já fora, uma sentença, já que a delação só se confirma ou não com
o processo transitado em julgado. Criticam também é o tratamento dado aos
advogados que trabalham junto à operação. E a própria Policia Federal denunciou
a existência de grampo na cadeia do Paraná onde estão os presos da Operação.
E mais que isso, a denúncia
mentirosa e fajuta de que Dilma e Lula
sabiam da corrupção na Petrobrás saiu da operação Lava Jato que o juiz Sérgio
Moro chefia. Ou alguém acredita que o juiz chefe da operação não foi comunicado
da denúncia? Aliás, o chefe da operação poderia ter vindo a público desautorizando
a denúncia inexistente, segundo relato do advogado do doleiro Alberto Youssef,
pseudo delator. Pois é, seu juiz, quem cala consente!
A Globo, que deu o prêmio de
personalidade do ano ao juiz Sérgio Moro, usa o mesmo artifício do juiz se
fazendo de vítima. Respondendo a qualquer manifestação contra a emissora diz
que querem fechar a Globo. A ampla maioria dos que protestam contra a Globo não
quer o seu fechamento, mas sim mudança de postura da emissora. A Globo foi
contra a eleição direta para presidente; apoiou e cresceu à sombra da ditadura;
manipulou de forma criminosa em várias eleições passando por cima inclusive do
Tribunal Superior Eleitoral-TSE, quando passou os melhores momentos do debate
de Fernando Collor de Mello contra Lula em 1989 e agora 2014, na véspera da
eleição, colocou no Jornal Nacional a notícia mentirosa da revista Veja que
Lula e Dilma sabiam da corrupção na Petrobrás.
Ninguém quer fechar a Globo, a
sociedade quer que a emissora respeite a lei e a democracia. Por isso repetimos:
juiz Sérgio Moro e Globo, cinismo a gente ver por aí!
OBS.: Artigo enviado
para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época
entre outros órgãos de comunicação.
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos
Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional
dos Petroleiros (FNP).
Rio de Janeiro, 09 de julho de 2015
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