por Emanuel Cancella
A democracia é uma joia que deve ser preservada a todo custo!
Essa dádiva, criada pelos bons políticos, é salvaguarda dos homens “livres e de
bons costumes”, mas também serve aos canalhas. Por falar nisso, nessa sexta, 17/7,
das 20:25 h às 20:30 h, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, vai
falar durante 5 minutos, em rede de rádio e televisão.
O fato lembra o episódio em que Fernando Collor de Mello, de
cujo governo Cunha fez parte, mandou a sociedade botar o verde e amarelo na
janela e a população botou o negro. Era um luto em repúdio aos atos e atitudes
do então presidente!
Cunha “poderia aproveitar esses minutos em contato com o povo
para explicar as suas propostas “brilhantes”, entre outras, ”O dia do hétero” e o “auxílio amante dos
parlamentares”. O deputado Eduardo Cunha podia também falar sobre o golpe que
perpetrou por duas vezes, no mesmo dia, horas depois: a Reforma Política e a Redução
da Maioridade Penal, contrariando a Constituição Federal e o regimento da Casa.
Cunha poderia também, aproveitando estar em rede nacional, explicar a denúncia do Procurador Geral da
República - PGR Rodrigo Janot que inclui o seu nome na lista de recebimento de
propina na operação Lava Jato. E qual o motivo nobre do deputado para tentar
barrar a recondução do PGR Janot ao cargo? Seria somente para barrar a
investigação sobre o seu próprio nome?
Vale lembrar ao deputado Eduardo Cunha que não é só o PGR que
está no seu encalço. Outras denúncias existem sobre o nada nobre deputado que
são tão ou mais graves que essa.
No mais, deputado, pense bem antes de se pronunciar à
sociedade, pois seu tempo como presidente da Câmara dos Deputados está em
contagem regressiva e vossa senhoria pode abreviar ainda mais.
Lembra deputado, a sua proposta de impeachment da presidente
Dilma e implantação do parlamentarismo com você primeiro ministro? Isso parece
coisa de um mafioso, não de um representante do povo!
Lembre-se também do dito popular: “Quem deseja mal ao vizinho
tem o castigo a caminho! “.
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos
Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional
dos Petroleiros (FNP).
Rio de Janeiro, 14 de
julho de 2015
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