por Emanuel Cancella
Só posso crer que Aécio cheirou a brisa de Copa, onde costuma
passear, para ter essa petulância. Dizem que o ar da Avenida Atlântica inspira,
mas no caso de Aécio, fez com que ele ficasse delirante.
Dilma foi eleita pela maioria do povo brasileiro, derrotando
Aécio mesmo numa eleição manipulada pela mídia que, na véspera, para favorecer
o candidato tucano, divulgou a mentira deslavada, através da revista Veja e do
Jornal Nacional da Globo, de que Lula e
Dilma sabiam da corrupção na Petrobrás.
Não é a primeira vez que a Globo manipula, desrespeitando o Tribunal
Superior Eleitoral – TSE, em véspera de eleição, contra candidatos que
considera adversário. Primeiro foi contra Lula, em 1989, passando no Fantástico
e no Jornal Nacional da Globo, no momento proibido pela lei eleitoral, os
melhores momentos do debate de Fernando Collor de Mello e com isso derrotou
Lula e o PT.
Lógico que existe uma insatisfação, mesmo entre aqueles que
votaram em Dilma. Eu particularmente, creio que o ajuste fiscal seja necessário,
mas não pode jogar na conta do trabalhador o ajuste. O preço do barril de
petróleo caiu de U$ 140 para U$ 40, como financiar o PAC por exemplo com essa
queda? Vamos taxar as grandes fortunas,
pegar de volta o dinheiro roubado da Petrobrás, mas também da sonegação do Itaú
que deve R$ 18,7 BI à Receita Federal, da Globo referente à transmissão da Copa do mundo de
2002, do Trensalão, do Zelote e do Swissleacks. Vamos fazer a auditoria da dívida
prevista na Constituição Federal e diminuir o repasse o montante impagável aos
banqueiros!
Devemos seguir o
exemplo do povo da Grécia, que apoiou a decisão corajosa do governo que elegeu
e disse, no plebiscito, um “não” aos cortes no orçamento social do país. A
turma do Aécio, os tucanos, quer tomar o poder na marra, mas não é para melhora
a vida dos mais pobres e nem para tratar com respeito os empresários nacionais.
Foi FHC, do PSDB, que chamou os aposentados de vagabundo e levou a indústria
naval para fora do país, demitindo milhares de metalúrgicos e destruindo os empresários
e estaleiros nacionais, que agora foram retomados.
Em 2009, em telegrama interceptado pelo Wikileaks e divulgado
na Folha, o então candidato tucano José Serra prometeu a Chevron, petroleira
americana, mudar a lei da partilha do pré-sal, de Lula, para a lei de conceção
de FHC considerada pelos especialistas como entreguista. Serra perdeu a eleição
e agora volta com a mesma proposta no Senado, em sua saga entreguista.
Os tucanos fazem críticas contundentes contra as políticas sociais
como Bolsa Família, Fies, Pronatec, política de quotas, reforma Agrária, mudança
na política de ajuste do salário mínimo que elevou nosso salário mínimo acima
dos cem dólares, o que antes do PT era impensável. O desemprego, apesar do
aumento no Brasil, é bem menor do que muitos países na Europa. O mundo está em
crise, haja vista a Grécia, o que pode afetar toda Europa, e o Brasil não é uma
ilha.
Sérgio Moro, da operação Lava Jato, ganhou o título de
personalidade do ano da Globo, mas sua postura é para lá de suspeita, já que sua
mulher trabalha para o PSDB e petroleiras estrangeiras, os principais
beneficiados por essa operação. O juiz, os tucanos e a Globo querem fazer
parecer que almejam prender corruptos e corruptores, isso a maioria da
sociedade apoiaria, mas, na verdade, eles querem mesmo é parar a Petrobrás e entregar nosso petróleo e
para isso precisam inviabilizar o governo Dilma!
FHC, com apoio da Globo, tentou privatizar a Petrobrás na década
de 90. Nossa empresa de petróleo hoje financia
80% do PAC, as principais obras do país. Parar a Petrobrás é parar o país. Os
tucanos e a mídia sabem disso, mas o povo está sendo enganado por uma falsa
moralidade.
Começo a acreditar que o “Ajuste Fiscal”, mesmo sacrificando
o trabalhador, o que não concordamos, pode
dar certo e Dilma poderá eleger Lula. A direita já percebeu que no voto não dá,
pois o PT já ganhou 4 eleições para presidente. Esse é o medo de Aécio, dos
tucanos e da Globo, e por isso querem dar o golpe!
OBS.: Artigo enviado
para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época
entre outros órgãos de comunicação.
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos
Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional
dos Petroleiros (FNP).
Rio de Janeiro, 06 de
julho de 2015
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