por Emanuel Cancella
O ministro da Justiça deve criar uma agenda investigativa
para barrar a corrupção. Essa agenda deverá ser construída com representantes
das instituições como Procurador Geral da República, OAB, Ministério Público
Federal, Supremo Tribunal Federal e Polícia Federal. A pauta da reunião seria
os escândalos no país e um cronograma de ação. Levaria em consideração a data
dos escândalos, principalmente para evitar a prescrição e os valores
envolvidos.
Todos os parlamentares, os partidos, governos e empresas, principalmente
de comunicação, seriam submetidos a esse crivo. A sociedade iria acompanhando a
apuração de escândalos como Zelote, Swsslikes, Trensalão, mensalão, Petrolão,
construção do Aeroporto de Cláudios nas terras da família do Aécio, etc. Seria
criado um mecanismo como o “impostômetro” para informar à sociedade quanto de
dinheiro público recuperamos da corrupção.
O Ministério da Justiça não faz isso e ficamos assistimos, no
país, a verdadeiras milícias constituídas por juízes, Ministério Público Federal e Policia Federal,
que passam para a população, com a ajuda da mídia, que querem limpar o Brasil,
mas o único intuito deles é golpear o governo Dilma e entregar a Petrobrás a
americanos. Já temos até repeteco ou “ Vale a pena ver de novo”, com a AP 470 , ou mensalão, e o Lava jato.
Ambas investigações deixaram claro para a sociedade que era
caça ao PT e blindagem ao PSDB. O descaramento é tão grande que alguns
personagens atuaram no mensalão e na Lava Jato, como é o caso do juiz Sérgio
Moro.
Nessa agenda, que sugiro seja construída pelo ministério da Justiça,
tem que valer as máximas: “ Justiça para
todos”, “Ninguém está acima da lei” e “A lei é dura mais é lei”. E não permitir
o vazamento, como acontece nas delações premiadas, que instantaneamente são
estampadas na mídia. Como agora, no caso da UTC, onde o executivo da empresa
apresentou uma lista de doações e o PT foi citado, mas depois descobrimos que ministros
do TCU recebiam mensalão, vários partidos estavam listados também e o PSDB recebeu mais doação que o PT dessa
empresa. E a mesma mídia, que divulgou a pegadinha, não faz nenhum reparo.
Aliás aqui no Rio, onde apareceram as primeiras milícias, muita gente boa bateu palmas acreditando ser
uma polícia melhorada. Ledo engano! Elas prometiam caça aos criminosos, mas na
verdade queriam era assumir o comando da roubalheira que envolve drogas,
transporte distribuição de gás e a famosa gatonete.
Aqui no Rio, a polícia já combate a milícia carioca, quando
vamos começar a combater a milícia nacional?
OBS.: Artigo enviado
para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época
entre outros órgãos de comunicação.
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos
Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional
dos Petroleiros (FNP).
Rio de Janeiro, 28 de
junho de 2015
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