por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=hdWQNSukdp0
Tanto que a ampla maioria dos brasileiros está mantendo o
isolamento social, usando a máscara, o álcool gel e quer a vacina para todos.
Já Bolsonaro, percebeu que vacinar todos vai afrouxar o
isolamento social, e isso representa a volta das mobilizações sociais e a maioria
é contra ele.
Como exemplo, a marcha do Auxílio Emergencial, do desemprego
e inclusive a volta das grandes
mobilizações das mulheres do Ele Não!, agora com novas nuances.
Por enquanto, só Bolsonaro está em campanha e usando a máquina
estatal, com dinheiro a rodo. Só nas chamadas férias, que na verdade foi
campanha política, ele gastou de dinheiro público R$ 2.37 milhões, em Santa
Catarina e Guarujá/São Paulo.
E a toda hora o “Mito” se desloca para os estados, em
campanha e desrespeitado o isolamento social, na maioria das vezes sem máscara.
Enquanto os outros candidatos estão cumprindo à risca o
protocolo da OMS e, no limite, usando as redes sociais, onde os bolsominions
dominam com folga, via robôs, gabinete do ódio, fake news, etc.
O problema de Bolsonaro é que, como no desenho animado, seu
barco a toda hora apresenta um furo e já começam a faltar dedos para tapar os
buracos.
Não tenho dúvida de que o grande furo ou rombo no barco de
Bolsonaro foi a derrota de Trump.
No mais, ninguém pergunta mais pelo Queiroz, a origem do
cheque da primeira dama e os imóveis de
Flavio Bolsonaro.
Mas, ao que parece, Bolsonaro percebe que pode não ir para o
segundo turno em 2022 e então começa a buscar argumentos para além das urnas, como
a mudança agora do Diretor Geral da Policia Federal que está amarrada à
reabertura do caso da facada, imputando o crime à esquerda (1).
E, ao contrário do que tenta mostrar Bolsonaro, grande parte
dos banqueiros e empresários já o abandonaram, inclusive fizeram uma carta aos
brasileiros (2).
A troca de todo o comando militar mostra que a coisa não anda
bem na caserna (4).
O Centrão, grupo ou lote majoritário de deputados que
Bolsonaro comprou no balcão do Congresso Nacional, já mandou o recado. Veja o
que disse o presidente da Câmara, líder do Centrão, Arthur Lira (PP-AL):
“Os remédios políticos
no Parlamento são conhecidos e são todos amargos. Alguns, fatais. Muitas vezes
são aplicados quando a espiral de erros de avaliação se torna uma escala
geométrica incontrolável” (3).
Os especialistas em Congresso Nacional afirmam que o Centrão
jamais vai morrer afogado abraçado a Bolsonaro.
Na verdade, não existe mais governo Bolsonaro, ao que
assistimos é um gabinete de muitas crises!
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Fonte: 1 - https://www.brasil247.com/brasil/bolsonaro-pede-a-novo-diretor-da-pf-que-reabra-caso-adelio-e-tentara-acusar-esquerda-pela-facada
2 - https://www.bbc.com/portuguese/brasil-56485687
Rio de Janeiro, 10 de abril de 2021.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em:
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