por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=AnZeeCQWFjY
Disse Bolsonaro, na ONU, sobre a pandemia:
“Por decisão judicial, todas as medidas
de isolamento e restrições de liberdade foram delegadas a cada um dos 27
governadores das unidades da Federação. Ao presidente, coube o envio de
recursos e meios a todo o país” (1).
O fato é que Bolsonaro prega, o tempo todo, contra o
isolamento social e o uso da máscara contra o Covid-19. Lembrando que, até
julho de 2020, foram aplicados só 29% da verba emergencial (2,3).
Bolsonaro disse também:
“Concedeu auxílio emergencial em
parcelas que somam aproximadamente US$ 1.000 para 65 milhões de pessoas, o
maior programa de assistência aos mais pobres no Brasil e talvez um dos maiores
do mundo”.
Na verdade, a proposta de ajuda emergencial de Bolsonaro era
de apenas 200 reais. Foi o Congresso Nacional que elevou as parcelas a 600
reais. E, segundo o DCM: “O valor total será de R$ 4.200, o que
corresponde a menos de 800 dólares. No total” (4).
E mais, em seu discurso, Bolsonaro se auto denunciou quando
disse:
“Somente o insumo da produção de
hidroxicloroquina sofreu um reajuste de 500%, no início da pandemia”.
A OMS e a Fiocruz são contra o uso da cloroquina no
tratamento da Covid-19 (11,12). Entretanto, apesar de contraindicado o uso
desse medicamento, por orientação de Bolsonaro, faz parte de kit tanto na rede
pública como na rede privada de saúde, no tratamento da Covid-19.
Assim o Brasil é 2º lugar em mortos, e nesta quinta (11),
incentivados por Bolsonaro, houve invasões em hospitais para tentar provar que
leitos estão vazios (8).
Lembrando que o presidente dos EUA, Donald Trump, parceiro e
alvo de elogios por Bolsonaro, em seu discurso na ONU, defende também o uso da
Cloroquina. Donald Trump é sócio do fabricante de Cloroquina nos EUA
(5) e o empresário que produz a Cloroquina no Brasil é militante
bolsonarista (6).
Por orientação de Bolsonaro, há produção em massa de
Cloroquina pelo Exército e estoque dá para 18 anos (7).
Com relação às queimadas na Amazônia e no Pantanal,
nunca antes vistas neste país, disse Bolsonaro:
“Nossa floresta é úmida e não permite a propagação do fogo em seu interior. Os incêndios acontecem praticamente, nos mesmos lugares, no entorno leste da floresta, onde o caboclo e o índio queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência, em áreas já desmatadas”.
Antes da ida à ONU, Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão, negavam as queimadas, agora Bolsonaro já admite:
“Os focos criminosos são
combatidos com rigor e determinação. Mantenho minha política de tolerância zero
com o crime ambiental. Juntamente com o Congresso Nacional, buscamos a
regularização fundiária, visando identificar os autores desses crimes”.
Não podemos esquecer que Bolsonaro demitiu os ministros da
Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, por discordarem de sua
política de combate à pandemia.
E Bolsonaro demitiu o chefe do Inpe, Ricardo Galvão.
Bolsonaro pôs em dúvida os dados do Instituto e disse que Galvão estaria
"a serviço de alguma ONG" (9). Lembrando que o Inpe é subordinado ao
ministério do Meio Ambiente, chefiado por Ricardo Salles.
Bolsonaro, sem nenhuma prova, culpa o índio e o caboclo pelas
queimadas, e jogou duro contra o chefe do Inpe, por mostrar ao mundo
imagens da Amazônia e o Pantanal em fogo, veja o que fez o ministro do meio
ambiente, Salles: levou para Brasília, no avião da FAB, pago com dinheiro do
contribuinte, os fazendeiros suspeitos de tacar fogo na floresta.
“Na verdade, diz a carta, a caravana levada para Brasília foi
formada por sete moradores que são defensores dos interesses de garimpeiros e
atuam igualmente com a exploração ilegal de minérios no interior da terra
indígena Munduruku.
Para o MPF, ao transportar criminosos pode ter se configurado
o desvio de finalidade, já que a presença da FAB na região tinha o objetivo de
apoiar operação contra os crimes ambientais” (10).
Não se assuste pessoa, se daqui a pouco, aparecer pesquisa
dizendo que “trocentos por cento” de brasileiros apoiam o discurso de Bolsonaro
na ONU. Faz parte!
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3 - https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/08/19/bolsonaro-mascara-eficacia.htm
5 - https://orondoniense.com.br/trump-e-socio-de-empresa-que-fabrica-cloroquina-diz-new-york-times/
9 - https://www.bbc.com/portuguese/brasil-49256294
12 - https://br.noticias.yahoo.com/coordenador-da-fiocruz-ressalta-que-183800516.html
Rio de Janeiro 23 de setembro de 2020.
Aviso - Estou monetizando minhas redes sociais, no caso, o meu canal do Youtube e meu blog. Faço isso para fortalecer a ajuda às 22 entidades sociais e filantrópicas que atendem as mais diversas pessoas excluídas de nossa sociedade, de forma a aumentar o valor de meus apoios mensais para essas entidades. 100% dos valores recebidos pelos parceiros comerciais vão ser alocados para essas instituições. Para saber mais: http://emanuelcancella.blogspot.com/2020/07/aviso-importante.html
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
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