por Emanuel Cancella
As Operações Lava Jato, chefiadas pelo ex-juiz Sergio Moro,
que investiga a Petrobrás, e a Greenfield, que investiga os fundos de pensão,
estão sendo desmascaradas pelos fatos.
Na verdade, a Lava Jato foi concebida
para desmoralizar a Petrobrás no sentido de facilitar sua
privatização e a Greenfield para entregar os fundos de pensão das estatais e o
mercado de aposentadorias complementares aos bancos privados.
A Greenfield denunciou vinte e nove pessoas, por “possível”
gestão temerária, inclusive companheiros da FUP, FNP e Aepet.
Entretanto mostrou que sua finalidade não é combater a
corrupção tanto, assim como a Lava Jato, a Greenfield omitiu-se criminosamente
em relação ao então assessor de Bolsonaro, Paulo Guedes, quando este, apesar de
ser réu, foi nomeado ministro da Economia de Bolsonaro (1).
Era réu porque Paulo Guedes, junto com seu assessor Esteves
Colnago e outros, com a omissão criminosa da Lava Jato e Greenfield, montou uma
quadrilha que deu rombo de R$ 6.5 BI nos fundos de pensão das estatais, entre
eles o da Petros (2,3). E Paulo Guedes não foi preso e nem paga pelo rombo.
Por outro lado, o que a Greenfield cita como gestão temerária
é a empresa Sete Brasil, criada para fabricar sondas para o pré-sal, na qual a
Petros e outros fundos de pensão aportaram vultosos recursos.
Com certeza que construir sondas para o pré-sal está entre os
melhores negócios no mundo.
Mas a Greenfield, em nome do combate à corrupção, mandou
fabricar as sondas no exterior, gerando assim investimentos, empregos e renda
para os gringos.
Alias a Lava Jato fez o mesmo com as duas refinarias, do
Ceará e Maranhão, e com a indústria naval brasileira (11,12).
Quanto aos membros da FUP, FNP e Aepet, citados pela Operação
Greenfield por gestão temerária, os petroleiros não só acreditam na inocência
desses companheiros, mas os elegeram para representá-los porque eles sempre
lutaram pela Petrobrás e pela categoria.
Lamentavelmente, as direções da FUP, FNP e Aepet deram aval
para os petroleiros aprovarem, nas assembléias, o PED (Plano de Equacionamento
de Déficit), por conta de um rombo na Petros, que resultou no desconto nos
salários dos petroleiros, ativos e aposentados de, no mínimo, de 13%, e por 18
anos. E mais, as direções da Petrobrás e da Petros, malandramente, estão
transformando em vitalício esse desconto e o absurdo é que a ampla maioria dos
petroleiros nunca foi gestora da Petros.
O que transparece para alguns petroleiros é que as direções
da FUP, FNP e Aepet estão reféns da farsa do lavajatismo e fizeram acordo, que
resultou no PED e também de não questionar os efeitos da farsa do combate à
corrupção na Petrobrás.
Digo isso, porque enquanto diretor do Sindipetro-RJ e da FNP,
realizamos escrachos na residência de diretores e Gerentes Gerais da Petrobrás,
isso no governo Dilma, e fomos processados na Justiça. Então fizemos acordo,
diante da ameaça de sermos presos, de não falarmos mais em boletins,
na boca de ferro, nos nomes dos escrachados.
Esse imbróglio envolveu a diretora Fabiola Monica, Edison
Munhoz e Emanuel Cancella.
A Fabíola, em principio, rejeitou o acordo, mas depois a
convencemos a concordar. Dali para frente, mesmo assim, continuamos a criticar
essas pessoas, só não citávamos os nomes delas explicitamente, mas falarmos no
apelido, no cargo etc.
A cooperação com a Lava Jato foi tanta que a companheira
advogada da FNP, Raquel Sousa, valorosa e competente, que barrou várias
privatizações, via liminares, entretanto, segunda a própria, no documentário
Bem Maior, O filme!, Raquel mandava relatórios para a lava Jato (5). Aliás, o
filme é magnífico!
Isso constitui uma contradição, pois, enquanto eu, um dos
Coordenadores da FNP, em 2016, escrevia um livro, “A outra Face de Sergio Moro
– Acobertando os tucanos e entregando a Petrobrás”, nossa advogada colaborava
com a Lava Jato.
Talvez por essa e outras matérias, e pelo meu livro, A outra
Face de Sérgio Moro, minhas três intimações, duas pelo MPF, a pedido de Moro, e
a terceira pela policia Federal, subordinada a Moro (7 a 10).
Mas a mim, não conseguiram calar!
Em novembro de 2016, denunciei formalmente ao MPF a omissão
criminosa da Operação Lava Jato, em relação à gestão criminosa dos tucanos FHC
e Pedro Parente na Petrobrás, até hoje sem reposta. Veja denúncia na íntegra
(4).
Relato isso porque precisamos salvar a imagem da Petrobrás e
dos petroleiros, no Brasil, visto que no exterior ganhamos em Hoston, EUA, pela
3ª vez o prêmio OTC, considerado o “Oscar” da indústria do petróleo, por
desenvolvimento de tecnologia inédita no mundo que resultou na descoberta do
pré-sal. Entretanto só conseguiremos isso rompendo e denunciando o lavajatismo.
Aliás, nesta semana, deputados de dez partidos já assinaram
pedido para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o
objetivo de investigar o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro
(6).
Os petroleiros estão esperando o quê?
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Rio de Janeiro 06 de junho de 2020.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do
Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da
FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,
sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser
adquirido em:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo,
JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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