por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=ADAOUtOC5T0
Ives Gandra Martins é o juiz do TST, sem moral, que já levou cartão vermelho dos petroleiros.
Foi em 1991, quando os petroleiros em greve deram cartão
vermelho e as costas para o TST que, na época, era presidido pelo atual
ministro, Ives Gandra Martins (1).
Na greve de 94/95 contra a Privataria Tucana de FHC,
esse mesmo juiz decretou multa de R$ 100 mil reais por dia e por sindicato. A
greve durou 32 dias e os petroleiros derrotaram a Privataria Tucana na Petrobrás
e em várias outras estatais. Deixamos FHC na lona!
Mas lamentavelmente não conseguimos barrar a privatização da
Vale do Rio Doce. Em conseqüência na Vale, Mariana e Brumadinho foram palco de centenas
de morte, rios suprimidos e milhares de
pessoas desabrigadas. E nada foi reparado até hoje!
Agora, em 2020, o mesmo ministro, Ives Gandra, que queria, via
Justiça, viabilizar a Privataria Tucana, volta à carga:
“Ministro fixou multas entre R$ 250 mil e R$
500 mil para sindicatos que descumprirem decisão. TST determina que 90% dos
petroleiros da Petrobras sigam trabalhando durante greve (8)”
Ives Gandra que marca em cima os
petroleiros ignora os desmandos do TST. Tanto que, em 2017, 16 dos 26 ministros
do TST recebem salário acima do teto em junho e o presidente da Corte, Ives
Gandra Martins Filho, recebeu R$ 57 mil no período (5).
E mais:
"Filhas solteiras da Justiça do
Trabalho ganham salário de ministro do TST.
Três filhas solteiras pensionistas do
Tribunal Superior do Trabalho (TST) recebem o mesmo salário pago aos ministros
do tribunal – R$ 37,3 mil. A mais idosa, com 79 anos, acumula duas pensões,
assegurando renda bruta de R$ 61,7 mil.
As 29 pensionistas beneficiadas
custam R$ 5,4 milhões por ano aos cofres públicos. Alguns Tribunais Regionais
do Trabalho (TRTs) também pagam generosas pensões para suas filhas solteiras (6).
A Petrobrás privatizada vai ter perdas irreparáveis, além dos
empregos de qualidade que serão perdidos. Há bem pouco tempo era empresa dos
sonhos dos jovens!
Já nesse processo de privatização, a nossa sociedade, que
ouvia que a nossa gasolina era a mais cara do mundo, já assiste agora ao preço subir toda semana da gasolina,
diesel, gás, querosene de aviação etc.
A privatização das Fafen’s da Petrobrás, fábricas de
fertilizantes, vai repercutir na mesa dos brasileiros que vão pagar mais caro
os produtos da agricultura, cujo fertilizante vai ter preço internacional.
É bom lembrar que quem desenvolveu tecnologia inédita no
mundo, que permitiu a descoberta do pré-sal, foram os petroleiros da Petrobrás.
E agora o governo Bolsonaro quer entregar essas maiores reservas de petróleo do
mundo contemporâneo, que é o pré-sal, a gringos.
Com isso ficarão expostas à produção predatória nossos mais
lindos balneários como Santa Catarina, Espírito
Santo, Santos e Rio de Janeiro, onde se localiza o pré-sal. E aí temos que lembrar
de Brumadinho!
Privatizar a Petrobrás é liquidar com 68 projetos sócio-ambientais
e culturais (2). Além do projeto Tamar, que livrou nossa tartaruga da extinção,
25 atletas compõem a equipe Petrobrás olímpica e paraolímpica. Em 2015 o
investimento na olimpíada foi de R$19 milhões e até 2020 R$ 9.8 milhões uma
queda brutal, com certeza que, com a privatização, irá zerar (4).
Na década de 40/50, quando a Petrobrás era só um sonho, mesmo
assim o povo brasileiro foi para as ruas e criou a Petrobrás. Agora, em 2020, que
o pré-sal é uma realidade, vamos deixar transformar o sonho em pesadelo?
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Rio de Janeiro, 06 de fevereiro de 2020.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do
Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da
FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,
sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser
adquirido em:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo,
JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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