quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Com aval da Lava Jato e Greenfield petroleiros pagam pelo roubo de R$1 BI de Paulo Guedes na Petros!


por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=TdMocSyzKxo



Os petroleiros,  além de pagar o INSS, como qualquer trabalhador brasileiro, ainda pagam a Petros para ter direito à  complementação da aposentadoria com até 14,5% de seu salário .

No meu caso foram 42 anos de contribuição,  ao INSS e à  Petros e ainda paguei ao INSS, durante um grande período antes de entrar na Petrobrás. 
A ampla maioria dos petroleiros foi obrigada a se ligar à  Petros, que, diga-se de passagem, sempre pagou  em dia , ininterruptamente, as aposentadorias e pensões ,  desde 1970, data de sua fundação. 

Agora muitos desses petroleiros estão morrendo, alguns fulminados pela deterioração de seus salários e outros indignados pelo rótulo de ladrão dado pela farsa do combate à  corrupção na Empresa. 

No meu caso, como disse,  a aposentadoria na Petrobrás veio depois de 42 anos de trabalho. Houve então  uma prévia, antes de pendurar a chuteira, dos valores a serem recebidos.

Essa prévia é  apresentada a todos os petroleiros para que fiquem cientes do que vão  receber do INSS e da Petros,  dali para frente. 

Lamentavelmente e de forma inédita, fomos então surpreendidos pela farsa da visão lavajatistas do combate à  corrupção na Petrobrás e Petros. 
Sem provas, mas com convicção, como prega a Lava Jato, assim os petroleiros ativos e aposentados estão pagando, no mínimo com 13% de seus salários, e por 18 anos, por um rombo ou roubo na Petros. 

Pasmem! Esses petroleiros nunca foram gestores da Petros e não existe sequer uma auditoria que comprove esse roubo ou rombo. 
E mesmo sem provas, mas com convicção, as direções  da Petrobrás e da Petros dizem que se novos rombos aparecerem serão pagos pelos mesmos petroleiros. 

Isso pode anular a complementação da Petros que, no meu caso, paguei para ter direito, por 42 anos, e no contracheque. 

Como não existe crime perfeito, a operação Lava Jato, que investiga a Petrobrás e a Petros, e a  Greenfield, que investiga os fundos de pensão das estatais, que são base para essa punição aos petroleiros, revelam -se quando omitem-se criminosamente no caso do ministro Paulo Guedes.

Para quem não sabe, Paulo Guedes, quando assessor de Bolsonaro, deu rombo de R$ 1 BI nos fundos de pensão das estatais entre eles o da Petros (1,2). 

Se os petroleiros estão sendo punidos injustamente, Paulo Guedes, além de não ser preso e nem estar pagando pelo rombo, recebeu até prêmio de Bolsonaro com o  cargo de ministro da Economia.  

Além disso, a Lava Jato prendeu 20 petroleiros por suspeita de superfaturamento nas obras de construção da sede da Petrobrás, na Bahia, com dinheiro da Petros (esquema de propina de R$ 68 mi) (3). 

E a mesma Lava Jato não prendeu e nem cobra o rombo de R$ 1 BI de Paulo Gudes, e, o pior, com essa omissão das operações Lava Jato e  Greenfield, Paulo Guedes virou ministro da Economia de Bolsonaro! 


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Rio de Janeiro, 08  de Janeiro de 2020.

Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em:  https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1. 

 OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação. 

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

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