por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=TdMocSyzKxo
Os petroleiros, além de pagar o INSS, como qualquer
trabalhador brasileiro, ainda pagam a Petros para ter direito à complementação
da aposentadoria com até 14,5% de seu salário .
No meu caso foram 42 anos de contribuição, ao INSS e
à Petros e ainda paguei ao INSS, durante
um grande período antes de entrar na Petrobrás.
A ampla maioria dos petroleiros foi obrigada a se ligar
à Petros, que, diga-se de passagem, sempre pagou em dia , ininterruptamente, as aposentadorias
e pensões , desde 1970, data de sua fundação.
Agora muitos desses petroleiros estão morrendo, alguns
fulminados pela deterioração de seus salários e outros indignados pelo rótulo
de ladrão dado pela farsa do combate à corrupção na Empresa.
No meu caso, como disse, a aposentadoria na Petrobrás
veio depois de 42 anos de trabalho. Houve então uma prévia, antes de
pendurar a chuteira, dos valores a serem recebidos.
Essa prévia é apresentada a todos os petroleiros para
que fiquem cientes do que vão receber do
INSS e da Petros, dali para frente.
Lamentavelmente e de forma inédita, fomos então surpreendidos
pela farsa da visão lavajatistas do combate à corrupção na Petrobrás e
Petros.
Sem provas, mas com convicção, como prega a Lava Jato, assim
os petroleiros ativos e aposentados estão pagando, no mínimo com 13% de seus
salários, e por 18 anos, por um rombo ou roubo na Petros.
Pasmem! Esses petroleiros nunca foram gestores da Petros e
não existe sequer uma auditoria que comprove esse roubo ou rombo.
E mesmo sem provas, mas com convicção, as direções da
Petrobrás e da Petros dizem que se novos rombos aparecerem serão pagos pelos
mesmos petroleiros.
Isso pode anular a complementação da Petros que, no meu caso,
paguei para ter direito, por 42 anos, e no contracheque.
Como não existe crime perfeito, a operação Lava Jato, que
investiga a Petrobrás e a Petros, e a Greenfield, que investiga os fundos
de pensão das estatais, que são base para essa punição aos petroleiros, revelam
-se quando omitem-se criminosamente no caso do ministro Paulo Guedes.
Para quem não sabe, Paulo Guedes, quando assessor de
Bolsonaro, deu rombo de R$ 1 BI nos fundos de pensão das estatais entre eles o
da Petros (1,2).
Se os petroleiros estão sendo punidos injustamente, Paulo
Guedes, além de não ser preso e nem estar pagando pelo rombo, recebeu até
prêmio de Bolsonaro com o cargo de ministro da Economia.
Além disso, a Lava Jato prendeu 20 petroleiros por suspeita
de superfaturamento nas obras de construção da sede da Petrobrás, na Bahia, com
dinheiro da Petros (esquema de propina de R$ 68 mi) (3).
E a mesma Lava Jato não prendeu e nem cobra o rombo de R$ 1
BI de Paulo Gudes, e, o pior, com essa omissão das operações Lava Jato e
Greenfield, Paulo Guedes virou ministro da Economia de Bolsonaro!
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Rio de Janeiro, 08 de Janeiro de 2020.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do
Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da
FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,
sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser
adquirido em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o
Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de
comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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