domingo, 24 de novembro de 2019

Justiça protege bandidos e quer destruir a Petrobrás e os petroleiros!


por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=wVlnDeSHXq4

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Há cerca de trinta anos, os petroleiros, em greve, davam o cartão vermelho ao TST. Foi em 1991, como relata o SINDIPETRO/ES:

Nossa greve foi considerada ilegal e abusiva pelo TST, e na época fizemos um Ato simbólico de “dar as costas” e “cartão vermelho” para o TST, e tivemos como penalidade além das faltas na ficha de registro na Petrobrás, os contracheques “zerados” (1).

O TST fez mais, impondo multa de 100 mil reais por dia de greve e por sindicato; cem petroleiros foram demitidos, inclusive o coordenador da Federação petroleira, Antonio Carlos Spis.

Mas a categoria continuou a greve. Se não fosse essa greve petroleira, de 32 dias, a maior de sua história,a Petrobrás estaria privatizada.

A greve teve amplo apoio da sociedade, um adesivo usado por diferentes categorias e movimentos sociais mostrava o apoio: “Somos todos petroleiros”!
Barramos não só a privatização da Petrobrás, cancelamos a Privataria Tucana de FHC;conseguimos resgatar, via Justiça, todo dinheiro pago pela multa e ainda reintegramos todos os demitidos na greve.

Nossa Justiça no governo Bolsonaro continua conspirando contra a Petrobrás e os trabalhadores.
O STF autorizou a venda de subsidiárias de estatais sem aval do Congresso (5).

Agora O TST entra em ação para impedir a resistência petroleira ao ataque que recebe do governo Bolsonaro. O TST intermedia as negociaçõesdo acordo coletivo com os petroleiros e propõe um acordo rebaixado.

O TST agora quer impedir o direito à greve, garantido pela Constituição Federal (9º da Constituição Federal e pela lei 7.783 de 1989) (2). A greve Está marcada para os dias 25 a 29 de novembro.

E não e só o TST, o presidente do STJ cassou todas as liminares e inibiu novas decisões que impediam o desconto de no mínimo 13 % dos salários de petroleiros, ativos e aposentados e por 18 anos(3).E o mais grave, os presidentes da Petrobrás e da Petros ainda ameaçam esses mesmos petroleiros de novos descontos por possíveis futuros rombos. 

Com isso, os petroleiros, que nunca foram  gestores do Fundo Petros, são punidos e  pessoas como o ministro da Economia, Paulo Guedes, que realmente deu rombo de R$ 1 BI nos fundos de pensão das estatais, entre eles o da Petros, não está preso e nem pagando nada (4)!  E o agravante é que Paulo Guedes cometeu esse crime quando ainda não era ministro e a Justiça nada fez para impedir a ida de um corrupto para chefiar o ministério da Economia.

Os trabalhadores da BR Distribuidora estão sendo coagidos a escolher entre a demissão ou a diminuição dos salários. Os trabalhadores da Petrobrás dos estados nos prédios administrativos estão sendo trazidos para Rio pra serem demitidos.
A única salvação da Petrobrás e dos petroleiros no governo de FHC foi a greve e no governo de Bolsonaro, mais que nunca, é a greve ou a greve!  


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Rio de Janeiro, 24 de novembro de 2019. 


Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: 
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

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