por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta
matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=wVlnDeSHXq4
Há cerca de trinta anos, os petroleiros, em greve, davam o
cartão vermelho ao TST. Foi em 1991, como relata o SINDIPETRO/ES:
Nossa greve foi considerada ilegal e abusiva pelo TST, e na
época fizemos um Ato simbólico de “dar as costas” e “cartão vermelho” para o
TST, e tivemos como penalidade além das faltas na ficha de registro na
Petrobrás, os contracheques “zerados” (1).
O TST fez mais, impondo multa de 100 mil reais por dia de
greve e por sindicato; cem petroleiros foram demitidos, inclusive o coordenador
da Federação petroleira, Antonio Carlos Spis.
Mas a categoria continuou a greve. Se não fosse essa greve
petroleira, de 32 dias, a maior de sua história,a Petrobrás estaria
privatizada.
A greve teve amplo apoio da sociedade, um adesivo usado por
diferentes categorias e movimentos sociais mostrava o apoio: “Somos todos
petroleiros”!
Barramos não só a privatização da Petrobrás, cancelamos a Privataria
Tucana de FHC;conseguimos resgatar, via Justiça, todo dinheiro pago pela multa
e ainda reintegramos todos os demitidos na greve.
Nossa Justiça no governo Bolsonaro continua conspirando
contra a Petrobrás e os trabalhadores.
O STF autorizou a venda de subsidiárias de estatais sem aval
do Congresso (5).
Agora O TST entra em ação para impedir a resistência
petroleira ao ataque que recebe do governo Bolsonaro. O TST intermedia as
negociaçõesdo acordo coletivo com os petroleiros e propõe um acordo rebaixado.
O TST agora quer impedir o direito à greve, garantido pela
Constituição Federal (9º da Constituição Federal e pela lei 7.783 de
1989) (2). A greve Está marcada para os dias 25 a 29 de novembro.
E não e só o TST, o presidente do STJ cassou todas as
liminares e inibiu novas decisões que impediam o desconto de no mínimo 13 % dos
salários de petroleiros, ativos e aposentados e por 18 anos(3).E o mais grave,
os presidentes da Petrobrás e da Petros ainda ameaçam esses mesmos petroleiros
de novos descontos por possíveis futuros rombos.
Com isso, os petroleiros, que nunca foram gestores do Fundo Petros, são punidos e pessoas como o ministro da Economia, Paulo
Guedes, que realmente deu rombo de R$ 1 BI nos fundos de pensão das estatais,
entre eles o da Petros, não está preso e nem pagando nada (4)! E o agravante é que Paulo Guedes cometeu esse
crime quando ainda não era ministro e a Justiça nada fez para impedir a ida de
um corrupto para chefiar o ministério da Economia.
Os trabalhadores da BR Distribuidora estão sendo coagidos a
escolher entre a demissão ou a diminuição dos salários. Os trabalhadores da Petrobrás
dos estados nos prédios administrativos estão sendo trazidos para Rio pra serem
demitidos.
A única salvação da Petrobrás e dos petroleiros no governo de
FHC foi a greve e no governo de Bolsonaro, mais que nunca, é a greve ou a
greve!
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Rio de Janeiro, 24 de novembro de 2019.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do
Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da
FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,
sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser
adquirido em:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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