sábado, 5 de outubro de 2019

Qual a relação da Primavera Árabe e os Ventos de Junho de 2013, no Brasil, com os atos em Hong Kong?


por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=IRJynFkjIZA

Resultado de imagem para movimento do MBL contra o aumento de vinte centavos no das passagens

Os que clamam por democracia e liberdade na ilha de Hong Kong deveriam conhecer e saber como está hoje o Iraque, Líbia e o Brasil!  
O EUA, com a guerra usurpou o petróleo do Iraque, Líbia e Brasil, e agora age em Hong Kong.

Na política, sou como o baiano Raul Seixas, uma metamorfose ambulante, mas sempre pela esquerda. Digo isso para revelar que não sou especialista  de nada, mas acho que a esquerda tem que se posicionar com cautela, em relação aos movimentos por independência da Ilha de Hong Kong, na China.

Isso porque o resultado da guerra no Iraque foi o petróleo nas mãos dos EUA e seus aliados, principalmente com os americanos, via Halliburton, na época presidida pelo ex-vice presidente dos EUA, Dick Cheney. Saddan Hussein poderia ser tudo de ruim e mais alguma coisa, mas ele mantinha o Iraque unido, à sua maneira, e só com sua morte os imperialistas se apossaram do petróleo iraquiano.

Na Líbia, governada pelo coronel Muammar al-Gaddafi, popularmente conhecido como Gaddafi, a história foi parecida. A Líbia assim como o Iraque, possui imensas reservas de petróleo, e era considerada a Joia da África e possuía o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do continente africano. O movimento Primavera Árabe, encabeçado pelos EUA, invadiu a Líbia, matou Gaddafi e se apossou do petróleo do país.

Tanto o Iraque como a Líbia perderam, para os estrangeiros, o controle de seu petróleo e   nada ganharam com a guerra no Iraque e a Primavera Árabe, muito menos democracia, motivo alegado nos protestos.

Eu apoiei, em princípio, a Primavera Árabe, como também estava junto aos milhões de manifestantes na Av. Presidente Vargas, no RJ, no movimento que ficou conhecida como os “Ventos de Junho de 2013”.

Tudo começou com uma luta contra o aumento de 20 centavos nas passagens de ônibus e culminou com a passeata de um milhão na Presidente Vargas.
Hoje vislumbro que, no Brasil, os Ventos de Junho de 2013 visava somente a usurpar  nosso pré-sal e o petróleo da Venezuela.

Se no Oriente médio e no sul da África, o golpe do petróleo foi com a guerra e a Primavera Árabe, no Brasil foi desencadeado movimento contra o aumento de vinte centavos nas passagens conhecido também como Ventos de Junho e praticado via operação Lava Jato, chefiada pelo atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, que teve início em 17 de março de 2014.
  
Hoje sabemos que a prioridade da Operação Lava Jato era desgastar a imagem da Petrobrás, com a finalidade de facilitar a entrega do pré-sal.

Para isso, a Lava Jato foi peça principal na derrubada de Dilma e ainda  impediu a candidatura de Lula, pois ambos não concordariam com a privatização das estatais e a entrega do pré-sal. Lembrando que Dilma criou a Cessão Onerosa do pré-sal e foi no governo Lula que a Petrobrás desenvolveu tecnologia inédita no mundo que permitiu a descoberta do pré sal.
Assim derrubaram a Dilma, impediram a candidatura de Lula e nosso pré-sal está sendo entregue para os mesmos países que se apossaram do petróleo do Iraque e da Líbia.

O Império só não conseguiu tomar o petróleo da Venezuela, pela coragem e firmeza do presidente Nicolas Maduro e o apoio da maioria do povo, que não se deixou engabelar.

Os milhões de refugiados que buscam abrigo para si e suas famílias são vitimas principalmente das guerras do petróleo e o principal articulador, o presidente dos EUA, fala ainda em dar tiros e usar cobras e jacarés contra os refugiados (1). 

Em Hong Kong, as bandeiras dos protestos contra o governo chinês são as mesmas que moveram a guerra no Iraque a Primavera Árabe e os Ventos de Junho de 2013, no Brasil. Pois se, em nosso continente, diziam que queriam barrar o avanço comunista, em Hong Kong dizem que querem se livrar do domínio comunista.

Estranho que tudo isso acontece quando a China ameaça a hegemonia dos EUA no mundo.

 Os que clamam por democracia e liberdade na ilha de Hong Kong deveriam conhecer e saber como está hoje o Iraque, Líbia e o Brasil!   

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Rio de Janeiro, 05 de outubro de 2019.

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Autor: Emanuel Cancella, - OAB/RJ 75 300 
Emanuel Cancella que foi da coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)

(Esse artigo pode ser reproduzido livremente)
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.




Um comentário:

  1. as redes sociais a serviço do Imperialismo lavam a cabeça dos idiotas direitistas

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