por Emanuel Cancella
Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=B6Bi7kfQWOI
O então deputado Bolsonaro, ofendeu o apresentador Jô Soares,
desafiando-o a convidá-lo para uma entrevista no programa na Globo, líder de
audiência no horário, na época:
“Eu te desafio. Me convide para o teu programa. Você não é
isento? Pode ter a certeza que não teremos baixaria. É para te dar a resposta
que você merece. Você, na verdade, é um grande embusteiro. Você não tem colhão
para me convidar”.
Convidado, quando foi questionado sobre a declaração de que
fuzilaria o então presidente Fernando Henrique Cardoso, Bolsonaro riu e Jô
Soares o repreendeu dizendo que “isto é uma barbaridade”. E então Bolsonaro
retrucou:
“Barbaridade é
privatizar a Vale do Rio Doce, por exemplo, como ele [FHC] fez; barbaridade é
privatizar as telecomunicações, é entregar as nossas reservas petrolíferas para
o capital externo” (5).
Se Bolsonaro não fosse um mentiroso então agora iria querer
fuzilar o atual presidente da Petrobrás, tendo em vista o que ele disse em
entrevista:
Por mais incrível que possa parecer, o presidente da
Petrobras, Roberto Castello Branco, defendeu que o pré-sal seja entregue a
empresas internacionais e também que elas possam extrair a riqueza nacional sem
assumir compromissos de investir no Brasil; "Isso pertence ao passado, que
não nos foi favorável. Temos que romper com isso”, defendeu (1).
Para se apossar do petróleo alheio, a mais importante fonte
de energia do Planeta, os EUA fazem guerra, como fez no Iraque, Líbia e ameaça
agora a Venezuela. No Brasil acontece o contrário, com o presidente da
Petrobrás propondo que o pré-sal seja entregue a empresas internacionais e
ainda sem qualquer compromisso para
investir no país.
E mais, na lei de Partilha (12.351/10) de Lula, o chamado Conteúdo
Local garante que a maioria dos equipamentos para a produção do pré-sal seja
feito no Brasil, isso inclui plataformas, navios, sondas, são milhões de
empregos derivados do pré-sal. E Roberto Castelo Branco diz que isso é coisa do
passado.
O PIB do país despenca, o desemprego é o maior problema do
país neste momento. Mesmo assim vamos entregar a indústria naval para os
gringos gerarem emprego, renda e PIB em seus países?
Castelo Branco se refere à Cessão Onerosa do pré-sal, que Bolsonaro
já anunciou a venda. Algo em torno de 15 BI de barris de petróleo que,
considerando o preço de petróleo a US$ 50 o barril, temos a receber mais de US$
800 BI de dólares. E o governo Bolsonaro espera arrecadar na venda da Cessão
Onerosa R$ 100 BI. Isso é roubo (3)
Assim vamos entregar nosso petróleo, que é fonte esgotável, que
a natureza levou milhões de anos para nos agraciar.
O pré-sal seria o nosso passaporte do futuro, seus royalties
75% para educação e 25% para saúde, como estava previsto antes do golpe, seria
a redenção do nosso país. Isso foi feito na Noruega que hoje, através do
petróleo, possui o maior índice de desenvolvimento humano-IDH do mundo
(2).
Bolsonaro não só quer entregar nosso pré-sal como ameaçou de
guerra a Venezuela, para permitir que os EUA também se apossem da maior reserva
de hidrocarboneto do planeta do país defendido por Maduro (4).Nem o próprio
Bolsonaro acredita que a guerra dos EUA com a Venezuela era para derrubar uma
ditadura!
Precisamos retomar a maior campanha cívica do Brasil das
décadas de 40/50 que foi “O petróleo é Nosso!”.
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4 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_reservas_de_petr%C3%B3leo
5 - https://www.esmaelmorais.com.br/2018/12/bolsonaro-defendeu-fuzilamento-para-quem-privatiza-estatais-assista/
5 - https://www.esmaelmorais.com.br/2018/12/bolsonaro-defendeu-fuzilamento-para-quem-privatiza-estatais-assista/
Rio de Janeiro, 20 de agosto de 2019.
Em tempo: O meu livro A outra face de Sergio Moro está à
venda no Mercado Livre, cuja renda é integralmente para os demitidos da
indústria naval:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente
do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros,
da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do
Dieese.
Enviado para possível publicação para o Globo, JB, o
Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
Meus endereços eletrônicos:
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