terça-feira, 20 de agosto de 2019

Se Bolsonaro não fosse um farsante iria fuzilar o presidente da Petrobrás!


por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=B6Bi7kfQWOI


                              Resultado de imagem para bolsonaro queria fuzilar FHC pela venda das estatais e entrega de areas petrolifera

O então deputado Bolsonaro, ofendeu o apresentador Jô Soares, desafiando-o a convidá-lo para uma entrevista no programa na Globo, líder de audiência no horário, na época:

“Eu te desafio. Me convide para o teu programa. Você não é isento? Pode ter a certeza que não teremos baixaria. É para te dar a resposta que você merece. Você, na verdade, é um grande embusteiro. Você não tem colhão para me convidar”.

Convidado, quando foi questionado sobre a declaração de que fuzilaria o então presidente Fernando Henrique Cardoso, Bolsonaro riu e Jô Soares o repreendeu dizendo que “isto é uma barbaridade”. E então Bolsonaro retrucou:

 “Barbaridade é privatizar a Vale do Rio Doce, por exemplo, como ele [FHC] fez; barbaridade é privatizar as telecomunicações, é entregar as nossas reservas petrolíferas para o capital externo” (5).

Se Bolsonaro não fosse um mentiroso então agora iria querer fuzilar o atual presidente da Petrobrás, tendo em vista o que ele disse em entrevista:

Por mais incrível que possa parecer, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, defendeu que o pré-sal seja entregue a empresas internacionais e também que elas possam extrair a riqueza nacional sem assumir compromissos de investir no Brasil; "Isso pertence ao passado, que não nos foi favorável. Temos que romper com isso”, defendeu (1).

Para se apossar do petróleo alheio, a mais importante fonte de energia do Planeta, os EUA fazem guerra, como fez no Iraque, Líbia e ameaça agora a Venezuela. No Brasil acontece o contrário, com o presidente da Petrobrás propondo que o pré-sal seja entregue a empresas internacionais e ainda  sem qualquer compromisso para investir no país. 

E mais, na lei de Partilha (12.351/10) de Lula, o chamado Conteúdo Local garante que a maioria dos equipamentos para a produção do pré-sal seja feito no Brasil, isso inclui plataformas, navios, sondas, são milhões de empregos derivados do pré-sal. E Roberto Castelo Branco diz que isso é coisa do passado.

O PIB do país despenca, o desemprego é o maior problema do país neste momento. Mesmo assim vamos entregar a indústria naval para os gringos gerarem emprego, renda e PIB em seus países?

Castelo Branco se refere à Cessão Onerosa do pré-sal, que Bolsonaro já anunciou a venda. Algo em torno de 15 BI de barris de petróleo que, considerando o preço de petróleo a US$ 50 o barril, temos a receber mais de US$ 800 BI de dólares. E o governo Bolsonaro espera arrecadar na venda da Cessão Onerosa R$ 100 BI. Isso é roubo (3)

Assim vamos entregar nosso petróleo, que é fonte esgotável, que a natureza levou milhões de anos para nos agraciar.

O pré-sal seria o nosso passaporte do futuro, seus royalties 75% para educação e 25% para saúde, como estava previsto antes do golpe, seria a redenção do nosso país. Isso foi feito na Noruega que hoje, através do petróleo, possui o maior  índice de desenvolvimento humano-IDH do mundo (2). 

Bolsonaro não só quer entregar nosso pré-sal como ameaçou de guerra a Venezuela, para permitir que os EUA também se apossem da maior reserva de hidrocarboneto do planeta do país defendido por Maduro (4).Nem o próprio Bolsonaro acredita que a guerra dos EUA com a Venezuela era para derrubar uma ditadura!

Precisamos retomar a maior campanha cívica do Brasil das décadas de 40/50 que foi “O petróleo é Nosso!”.


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Rio de Janeiro, 20 de agosto de 2019. 

Em tempo: O meu livro A outra face de Sergio Moro está à venda no Mercado Livre, cuja renda é integralmente para os demitidos da indústria naval: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1. 

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese.

 Enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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