quinta-feira, 8 de agosto de 2019

A evolução de Bolsonaro: de muambeiro a suspeito de corrupção no Paraguai!



por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=xis_eI81JbE

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Acordo acusado de beneficiar família Bolsonaro leva Brasil e Paraguai a cancelarem contrato em Itaipu (10)

Hoje Bolsonaro voltou a exaltar o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o torturador de brasileiros, na maioria jovem, nos porões da ditadura.

Foi essa besta-fera, o Ustra, que torturou a ex-presidenta Dilma, então uma jovem estudante, com pouco mais de 20 anos.

E Bolsonaro, que homenageou Ustra, quando votou no impeachment da Dilma,  hoje, 8/08/19 chama o torturador Ustra de herói nacional.
Não é à toa que Bolsonaro é hostilizado no mundo todo.

Vale a pena lembrar que os países que, como os EUA, até adotam a pena de morte, entretanto nenhum deles adota a tortura como lei. E Bolsonaro faz apologia à tortura e a torturadores.

Bolsonaro contraria nossa Constituição Federal que considera a tortura crime inafiançável e imprescritível (O art. 5º, inciso XLIII, da CF).

Se Lula é considerado, no mundo, um preso politico e candidato ao Nobel da Paz, Bolsonaro, com o elogio à tortura, torturadores e milícias, é candidato a quê?

Na verdade Bolsonaro conseguiu jogar, para baixo do tapete, o caso do Queiroz, seu amigo de pesca e alimentador da conta do clã Bolsonaro com milhões de reais, inclusive com depósito de R$ 24 mil na conta da primeira dama, Michelle Bolsonaro (1). Mas a sociedade ainda quer saber de onde e de quem vem essa dinheirama, até porque  Queiroz movimentou 7 milhões de reais, em 3 anos (3).

Quanto às milícias, o clã Bolsonaro não só apoia como tem projeto de legalizá-las. Tanto que  Flavio Bolsonaro, quando deputado, além de querer legalizar as milícias deu a maior comenda da Alerj a milicianos e Jair Bolsonaro, quando deputado federal, elogiou as milícias baianas e as convidou para vir para o Rio, pois teriam todo seu apoio (4,5,6).     

Para quem não sabe, Bolsonaro foi muambeiro no Paraguai, conforme relatório do exército (9).

E agora, a empresa Léros Comercializadora, do clã Bolsonaro, junto com o partido de Bolsonaro, o PSL, se envolve numa corrupção binacional em Itaipu. PSL, o partido dos laranjas agora quer entrar no ramo da energia.

Isso porque sem licitação e sem passar pelo Congresso Nacional, Bolsonaro admitiu colocar a empresa da família, em exclusividade, na compra de excedente da energia de Itaipu, um negócio de bilhões de reais (7,8).

Denunciado o acordo espúrio, o presidente do Paraguai é ameaçado de impeachment e, no Brasil, ao invés de explicar seu envolvimento no acordo de Itaipu, Bolsonaro quer discutir a relevância do torturador Ustra.
Por enquanto Bolsonaro está ganhando de lavada!


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Rio de Janeiro, 08 de agosto de 2019. 

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 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese.

 Enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
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