quinta-feira, 27 de junho de 2019


Paulo Betti: os brasileiros têm que entender do pré-sal como entendem de futebol e do carnaval! Vale a pena ver de novo. Matéria de 07/06/19. Paulo Betti que teve junto com outros brasileiros participação patriótica e graciosa no filme do petróleo.



por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=7g4gDDfLylA



 
“É um assunto que tem que ser debatido e que tem que ser discutido nas esquinas. As pessoas têm que entender o pré-sal.
Não é só entender de futebol. Não é só conhecer de carnaval . Maravilha, nosso país entende pra caramba de futebol, entende pra caramba de carnaval, entende de muitos assuntos, mas esse é um assunto que acho que diz respeito a todos nós”.

O povo brasileiro, na década de 40/50, entendeu a importância do petróleo e por isso realizou a maior campanha cívica que este país conheceu que se chamou “O petróleo é Nosso!” Naquela época não existia televisão nem redes sociais e nenhum dos participantes da campanha trabalhava na Petrobrás, até porque ela foi criada depois, em 1953.

Nessa campanha do petróleo, brasileiros foram perseguidos, presos e mortos. Um dos maiores escritores de história infantil do mundo, Monteiro Lobato, foi preso por defender a campanha do petróleo (2). 

Em 1964, a Petrobrás até contratou um geólogo norte-americano, mister Walter Link, que disse que no Brasil não existia petróleo (3).

Entretanto, os petroleiros da Petrobrás, na década de 80, desenvolveram tecnologia inédita no mundo que permitiu descobrir petróleo em águas profundas e ultra profundas e descobriram a bacia de Campos que, até pouco tempo, foi responsável por 85% da produção de petróleo no Brasil (4).

Os petroleiros desconfiaram de que, abaixo exatamente da chamada bacia de Campos, havia uma província de petróleo, numa profundidade de cerca de 7000 metros.

O mesmo CENPES da Petrobrás (Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello)   que desenvolveu tecnologia inédita que permitiu a descoberta da chamada bacia de Campos, desenvolveu  também tecnologia para o pré-sal, deslumbrando assim o mundo do petróleo, a tal ponto que a Offshore Technology Conference (OTC), a maior autoridade do mundo de petróleo, deu o equivalente ao “Oscar” da indústria do petróleo à Petrobrás, tanto pela bacia de Campos, como pelo pré-sal (9). Hoje o pré-sal já responde pela metade da produção de petróleo no país (6).

Infelizmente, Bolsonaro e o ministro da economia, Paulo Guedes, querem privatizar tudo, inclusive a Cessão Onerosa do pre-sal, que possui mais de 15 bilhões de barris de petróleo e está na lista para ser entregue às multinacionais. Considerando a US$ 50 o barril do petróleo a Cessão Onerosa vale no mínimo US$ 750 BI e Bolsonaro quer doar por R$ 130 BI (7).  

E junto com o pré-sal vão as refinarias, a BR distribuidora e os royalties do pré-sal reservados para a educação e saúde (11,12). A Petrobrás já perdeu muito quando o golpista Michel Temer articulou e aprovou isenção de um trilhão de impostos às petroleiras estrangeiras. Para isso, contou com o silêncio da Lava Jato, que diz investigar corrupção na área de petróleo (8).  

Bolsonaro e Paulo Guedes quer tornar fato o editorial da Globo, de dezembro de 2015: “O Pré-sal pode ser Patrimônio Inútil “(5).

Entretanto o petróleo que Guedes e Globo chamam de inútil simplesmente  é o pano de fundo das guerras contemporâneas dos EUA contra o  Iraque, Líbia e a Venezuela etc.

O Brasil e a Venezuela fizeram as maiores descobertas petrolíferas do mundo e por isso tornaram-se a bola da vez de Donald Trump, em nosso continente.
Nicolás Maduro, que preside a Venezuela, dona da maior reserva de petróleo do mundo, resiste à ameaça de guerra e boicote econômico. Também não aceita a falsa ajuda humanitária dos EUA e do Brasil (10).

O Brasil não só está entregando seu pré-sal, como se alia a Trump que também quer usurpar o petróleo venezuelano.

Como diz o economista Cesar Benjamim, no filme Todo Petróleo tem que Ser Nosso – A Última Fronteira (1).
O dia que o Brasil fizer a opção certa que fez a Finlândia, Suécia a Noruega que foi investir maciçamente na educação, o Brasil não vai dar certo vai dar muito certo!

Um exemplo de como investir na educação foi a lei de Partilha (Lei Nº 12.351, de 22 de dezembro de 2010), quando designou que 75% dos Royalties do pré-sal iriam para educação e 25% para a saúde.
Como diz a música de José Henrique Nogueira, no filme do petróleo (1): “Qual a direção que o país vai tomar, bate coração, desta vez a gente pode ganhar!”

Em tempo, Inscreva-se em meu canal e compartilhe o vídeo, o Twitter e o blog e, deixe um comentário.

Fonte:


Rio de Janeiro, 07 de junho de 2019.


Em tempo: O meu livro A outra face de Sergio Moro está à venda no Mercado Livre, cuja renda é integralmente para os demitidos da indústria naval: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese.
 Enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

Meus endereços eletrônicos:
Me siga no twitter.com/Ecancella ,



--
--



Nenhum comentário:

Postar um comentário