Em 2013, Movimentos
sociais ocupam sede da Agência Nacional do Petróleo, no Rio (7)
Desconfiei do juiz Sérgio Moro por motivos óbvios:
Primeiro porque o juiz foi premiado pela Globo e esta sempre
foi contra a Petrobrás (3)
No governo de FHC, na década de 90, a Globo fez
campanha pela privatização da Petrobrás, para isso tentava desmoralizá-la e
comparava a Petrobrás a um paquiderme e chamava os petroleiros de marajás..
Os petroleiros barraram a Privataria Tucana com sua maior
greve, a de 32 dias, e com apoio da sociedade.
Mas a grande resposta dos petroleiros e da Petrobrás veio no
governo Lula, em 2006, com o desenvolvimento de tecnologia inédita
no mundo que permitiu a descoberta do pré-sal. Pelo pré-sal a Petrobrás ganhou
pela 3ª vez o prêmio OTC, considerado o “Oscar” da indústria do petróleo (2).
Mas a Globo não se conforma com o sucesso da Petrobrás e dos
petroleiros e em dezembro de 2015 lança em editorial: “O pré-sal pode ser
patrimônio inútil” (4).
Desconfiei também, pois a Lava Jato fazia vista grossa às
administrações tucanas na Petrobrás. E eu sabia que Moro chefiara a
investigação do escândalo do Banestado e, segundo o ex-governador do Paraná,
Roberto Requião, o Banestado foi a “mãe de todos os
escândalos”. Segundo ainda Requião: “ O maior escândalo do Brasil
não foi o mensalão e nem o Petrolão, foi o Banestado que surrupiou
dos cofres públicos meio trilhão de reais, um escândalo exclusivamente tucano,
e nenhum deles foi preso (5,6).
Desconfiei e não fiquei calado. Enquanto funcionário da
Petrobrás e da direção do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional do Petroleiros
- FNP, formalizei denúncia no MPF, em novembro de 2016, acerca da omissão da
Lava Jato, então chefiada pelo juiz Sérgio Moro, em relação à gestão criminosa
dos tucanos FHC e Pedro Parente na Petrobrás, até hoje sem resposta. Veja
denúncia na íntegra (1).
Mas se MPF até hoje não respondeu a minha denúncia de omissão
da Lava Jato, por outro lado, por duas vezes em um ano, me intimou, a pedido do
juiz Sérgio Moro: meu crime teria sido o de atentar contra a honra do juiz
Sérgio Moro (8,9,10,11,12).
E agora, em abril, recebo uma “Intimação Nº 2295/19” da Polícia
Federal com audiência no dia 04/07/19 quinta feira, ás 14:30h na Praça Mauá,
RJ, na Av. Rodrigo Alves N° 1. Já estive no local buscando maiores
informações e trata-se de ato na Agência Nacional de Petróleo e gás - ANP das
entidades sindicais, sociais e estudantis em 2013, contra leilão de
petróleo.
Fica claro o uso da máquina pública de Moro contra seus
críticos. Sem esquecer que a PF, que agora me intima em ato acontecido em 2013,
é subordinada ao ministério da Justiça chefiada por Moro.
A primeira intimação do MPF foi às vésperas do
lançamento de meu livro A Outra Face de Sergio Moro: Acobertando os Tucanos e
Entregando a Petrobrás, em janeiro de 2016, numa clara intimidação, mas o livro
saiu.
Tudo leva a crer que Moro quer me calar!
Rio de Janeiro, 10 de maio de 2019.
Em tempo: O meu livro A outra face de Sergio Moro está à
venda no Mercado Livre, cuja renda é integralmente para os demitidos da
indústria naval:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente
do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros,
da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do
Dieese.
Enviado para possível publicação para o Globo, JB, o
Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
Meus endereços eletrônicos:
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