segunda-feira, 15 de abril de 2019

Fernando Gabeira de revolucionário a reacionário. O que é isso companheiro?


por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=gPLEG6JEaQs

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Durante a ditadura militar, Fernando Gabeira era guerrilheiro preso e foi trocado, em junho de 1970, pelo embaixador alemão Ehrenfried Von Holleben.

Gabeira viveu no exílio até 1979. Passou por Argélia, Cuba, Chile, Alemanha e Suécia. Casado e pai de duas filhas, vive atualmente no Rio de Janeiro (2). 

Gabeira foi salvo pela guerrilha que lutava contra a ditadura militar e pela volta da liberdade e democracia. Escondido da ditadura militar em Santa Tereza, Gabeira escreveu um livro, que virou filme: “O que é isso companheiro?”

Tem circulado nas redes sociais que os brasileiros, em sua maioria estudantes que lutaram pela derrubada da ditadura militar, só queriam implantar no país uma outra ditadura, a ditadura do proletariado. E Fernando Gabeira gravou um programa, na Globo News, corroborando com isso (3).

É verdade que alguns desses brasileiros defendiam a tal ditadura do proletariado, porém apesar de importantes, eram minoria no movimento.

Como é verdade que muitos brasileiros lutaram contra a ditadura militar e não apoiavam a luta armada, muito menos outra ditadura.

Também é sabido que nem todos os militares apoiavam a ditadura militar, e pagaram caro por isso, pois assim como os civis, muitos militares foram perseguidos, presos, torturados e mortos. Tanto que a ditadura militar  criou a figura do morto-vivo, que eram os militares contrários ao golpe e assim dados com mortos.

Por isso, não podemos rotular todos os militares como ditadores, já que muitos nem apoiaram a ditadura, muito menos a tortura.

A verdade é que devemos muito a esses brasileiros, civis e militares, que lutaram contra a ditadura sanguinária em nosso país.

Em vários países, os torturadores estão na cadeia, pois a tortura é crime inafiançável, imprescritível e impassível de graça ou anistia. Lamentavelmente, no Brasil, quando o então deputado Bolsonaro  homenageou o coronel Carlos Alberto Ustra, um dos maiores torturadores (7), abriu assim a temporada de exaltação à ditadura e a torturadores.

Não só Gabeira, mas Mirian Leitão foi outra jornalista torturada pela ditadura militar. E Mirian, com um agravante, pois estava grávida.  (4,5).

Hoje, ambos trabalham para a Globo, que apoiou e cresceu à sombra da ditadura militar, e tudo leva a crer que estão doentes, e não perceberam, pois estão com Síndrome de Estocolmo. Essa síndrome é o nome normalmente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo amor ou amizade perante o seu agressor (6).

Fonte:


Rio de Janeiro, 15 de abril de 2019.

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 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese.
 Enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

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