sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Índios: os intrusos somos nós!


por Emanuel Cancella

Veja o vídeo desta matéria em: https://www.youtube.com/watch?v=rDkCJG0Dt6I

Resultado de imagem para Todo dia era dia de índio!

O Brasil, na época do descobrimento, era todo uma reserva indígena.  Os intrusos somos nós.
Como diz Baby do Brasil na sua música e poema divino (5):

“Antes que o homem aqui chegasse
Às Terras Brasileiras
Eram habitadas e amadas
Por mais de 3 milhões de índios
Proprietários felizes Da Terra Brasilis.
Pois todo dia era dia de índio
 Todo dia era dia de índio”

Não podemos aceitar discutir o índio no varejo ou individualmente. Digo isso porque muitos desinformados tentam manchar a imagem do índio dizendo: “ mas o índio cobra pedágio para passar em suas terrar”; “o índio é contrabandista de pedras preciosas”; “vende madeira” ou “o índio usa drogas”, etc.
Mas o índio é humano como nós e ninguém é perfeito. E também não podemos generalizar!

Mas o fato é que o índio, em nenhum lugar do mundo, deixou-se escravizar ou catequizar. Ele quer simplesmente ser índio.
 Voltando a Baby do Brasil:

“Eles são incapazes
Com certeza
De maltratar uma fêmea
Ou de poluir o rio e o mar
Preservando o equilíbrio ecológico
 Da terra, fauna e flora
Pois em sua glória, o índio é o exemplo puro e perfeito
Próximo da harmonia
Da fraternidade e da alegria
Da alegria de viver”!

Até em memória de brasileiros ilustres nós não podemos aceitar nenhuma violência contra os índios. Eles dedicaram suas vidas ou parte delas para conhecer e conviver com os índios. Aprenderam a respeitá-los e amá-los e acabaram passando para nós essa experiência magnífica. São exemplos deles Darcy Ribeiro, Irmãos Vilas Boas e Marechal Cândido Random.

Bolsonaro colocou a demarcação os índios subordinada à ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM-MS), também conhecida como Menina Veneno. Segundo a ministra: “a pauta sobre alteração das regras para os agrotóxicos no Brasil terá “muito espaço” em sua gestão” (1,2)

O Ministério ficará encarregado das questões relacionadas com "reforma agrária, regularização fundiária de áreas rurais, Amazônia Legal, terras indígenas e quilombolas", indica o Diário Oficial da União.
Historicamente o agronegócio é inimigo dos índios, principalmente por conta da demarcação de terras.

E o MST se confronta também com o agronegócio na luta pela reforma agrária. Lembrando que o alvo dos sem-terra é Constitucional, o latifúndio improdutivo. O Brasil é um dos poucos países no mundo que não fez a reforma agraria (4).

Se o agronegócio prioriza a monocultura voltada principalmente para exportação, por outro lado, a Agricultura Familiar, braço do MST, é responsável por 70% dos alimentos que frequentam a mesa do brasileiro, no dia a dia (3).    Creio que dá para conviver pacificamente o agronegócio e a Agricultura Familiar. Aliás, com alguns aranhões aqui e acolá sempre conviveram.

O que não podemos aceitar é que a violência no campo seja patrocinada pelo governo.


4 - https://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-reforma-possivel-6459.html

Rio de Janeiro, 04 de janeiro de 2019.

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex- diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: http://emanuelcancella.blogspot.com.br/2017/07/a-outra-face-de-sergio-moro-pontos-de.html.

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

(Esse relato pode ser reproduzido livremente)

Meus endereços eletrônicos:
Me siga no twitter.com/Ecancella 







Um comentário:

  1. Mais uma vez Emanuel Cancella nos brinda com um excelente artigo de apoio aos nossos índios agora ameaçados elo poder oficial. Temos que repassa-lo em louvação a tupam.

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