
Pedro Lalau
fez parte da trupe que, junto com FHC, tentou privatizar a Petrobrás e mudar o
nome da empresa para Petrobrax. Além disso, Pedro Lalau estava junto quando mais
de 30% das ações da empresa foram vendidas nos EUA.
Chamo-o de
Pedro Lalau porque este senhor é réu desde 2001, quando vendeu ativos da
Petrobrás, acarretando em um prejuízo de R$ 5 BI à petrolífera (2).
E agora
Pedro Lalau volta à Petrobrás, indicado pelo golpista MiShell Temer, para chafurdar ainda mais, contando com o aval
da Lava Jato. Tanto que, em novembro de 2016, até protocolei no MPF uma denúncia
acerca da omissão da Lava Jato em relação à gestão criminosa dos tucanos FHC e
Pedro Lalau na Petrobrás. Veja a denúncia na íntegra (3).
Até hoje não
me responderam e a farra na Petrobrás continua. E, ao invés de investigar a
omissão da Lava Jato, o MPF, atendendo a pedido do juiz Sérgio Moro, intimou-me
por duas vezes acusando-me de possíveis crimes contra a honra do funcionário
público, no caso a honra do próprio juiz (4,5).
Pedro Lalau acaba
de celebrar acordo ilegal e imoral
de R$ 10 BI com investidores americanos (6). O acordo é ilegal porque se baseia
em que a queda do valor das ações da Petrobrás se deve á corrupção na empresa
quando, na verdade, as ações de todas as petroleiras do mundo caíram quando o
preço do barril de petróleo despencou de mais de US$ 100 para US$ 27 (7,8).
Além disso,
o acordo é imoral porque deixa os investidores brasileiros de fora. E, se este
acordo vingar, os trabalhadores petroleiros vão ficar pelo 3º ano consecutivo sem
sua PLR – Participação nos Lucros (lei 10. 101/2000), já que, com este acordo, repito,
ilegal e imoral, o balanço contábil da companhia fica negativo.
E a notícia de
que o TCU (Tribunal de Contas da União) cogita barrar o acordo de Pedro Lalau com
os investidores americanos é historia para inglês ver. Esse Tribunal fez o
mesmo com as vendas sem licitação de ativos da Petrobrás, depois, quando, na
surdina, convalidou os negócios espúrios de Pedro Lalau.
Como se não
bastasse, os acordos coletivos dos trabalhadores petroleiros na “Era Pedro Lalau”
são os piores da Petrobrás. Além de rebaixá-los, ainda retiram direitos da
categoria. E agora, para piorar, retiram o Beneficio Farmácia e cogitam, para
janeiro de 2018, retirar 13% do salário de petroleiros aposentados e
pensionistas.
A Petrobrás
e a Petros alegam que estes 13% seriam para cobrir um rombo do nosso fundo de
pensão. Mesmo sem um estudo minucioso sobre nossa Petros e, enquanto petroleiro,
digo que este desconto do salário é uma farsa:
A
Petros foi criada em 1970. Até então, os petroleiros tinham direito a 100% do
salário na aposentadoria pelo chamado “Manual de Pessoal”.
A
partir de 1970, com a criação da Petros, passamos a pagar o fundo de pensão e
nossas aposentadorias, ao invés de 100% passaram para 90% (Complementação).
Na
época da hiperinflação, para os aposentados receberem o reajuste salarial junto
com o pessoal da ativa, aumentaram nosso percentual de pagamento à Petros. Acabou
a hiperinflação, porém, até hoje, não reduziram nosso percentual de pagamento
para o fundo de pensão.
Resumindo:
a Petros é que deve aos aposentados, não o contrário!
Os tucanos
no governo de FHC queriam privatizar a Petrobrás, mas, os petroleiros, com uma
greve de 32 dias e com o apoio da sociedade, os barraram. Pedro Lalau volta à
Petrobrás com o objetivo de entregar a petrolífera, maior empresa brasileira, e
se vingar dos petroleiros.
A direção do
Sindipetro-RJ, no início da gestão de Pedro Lalau, já prevendo o que está
acontecendo, fez o seu enterro simbólico, e de toda sua diretoria, em frente á
sede da Petrobrás (10). Esta semana, o golpista MiShell Temer, que indicou
Pedro Lalau á presidência da Petrobrás, admitiu que muitos brasileiros querem
sua morte (9).
Os
petroleiros, assim como os brasileiros, não querem matar Pedro Lalau e Temer,
eles querem é matar e destruir suas políticas!
Afinal, de que adianta chutar cachorro morto?
10 - http://www.apn.org.br/w3/index.php/nacional/8237-petroleiros-realizam-enterro-simbolico-do-presidente-e-diretoria-da-petrobras
Rio de Janeiro, 11 de Janeiro de 2018.
Autor:
Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex-
diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da
FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A
Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: http://emanuelcancella.blogspot.com.br/2017/07/a-outra-face-de-sergio-moro-pontos-de.html.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
Meus endereços eletrônicos:
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