por Emanuel Cancella
Como dizia Stanislaw Ponte Preta: “Ou
restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos!”
Achei estranho a lava Jato pedir suspeição do ministro Gilmar
Mendes nos processos do Jacob Barata Filho, o “Rei dos ônibus” (10).
Não é que Gilmar não seja suspeito, eu achava que no
dicionário do juridiques da Lava Jato não existisse a figura da suspeição de
juiz. Gilmar sendo padrinho de casamento da filha de Jacob Barata Filho é suspeitíssimo
(1).
Isso por que denuncias de suspeição de Moro, questionando
sua chefia na Lava Jato tem a rodo na mídia. Eu, inclusive chequei a escrever
um livro.
A mulher de Sergio Moro, Rosangela Moro, trabalha para multinacionais
de petróleo e para o PSDB (2). Aí fica complicado para Moro ficar na chefia da
Operação que investiga a Petrobrás e sua mulher trabalhando para as principais
concorrentes da Petrobrás. Para complicar ainda mais a esposa trabalha para o
PSDB partido que quando governou o Brasil tentou privatizar a Petrobrás.
Reforça a suspeição de Moro o fato da Lava Jato nunca ter
investigado a gestão do tucano FHC, na Petrobrás, apesar das inúmeras denuncias e em
muitas delas envolvendo o próprio filho de FHC (3,4).
E fica mais grave a suspeição em relação aos tucanos, quando
a Lava Jato de omite de forma criminosa de investigar a gestão do também tucano, Pedro lalau
Parente. Mesmo com denuncia formalizada ao MPF em novembro de 2016.
O MPF ao invés de mandar a lava Jato investigar a gestão de
Lalau, a pedido do próprio Moro, em dezembro do mesmo ano, intimou o autor da
denuncia por possível crime contra a honra do funcionário público, no caso o
juiz Moro (8,9).
Lalau, é réu em ação proposta por petroleiro quando ministro
de FHC e membro do Conselho de Administração da Petrobrás (7). E Lalau volta a
Petrobrás, não foi para resgatar sua reputação, foi para espoliar a Petrobrás,
vendendo sem licitação ativos valiosíssimos da companhia, para quem escolhe e
pelo preço que ele mesmo determina.
Foi assim, entre outros, com o campo de Carcará do pré-sal ao
valor de um refrigerante o barril de petróleo. No mesmo modelo de “venda” negociou a Petroquímica
de Suape pelo valor de 5 dias de faturamento (5,6).
Como dizia Stanislaw Ponte Preta: “Ou restaure-se a
moralidade ou locupletemo-nos todos!”
5- http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/127/escandalo-da-petroquimica-de-suape-a-pasadena-de-temer
6 - http://www.vermelho.org.br/noticia/285181-1
6 - http://www.vermelho.org.br/noticia/285181-1
10 - 10 - http://www.jb.com.br/pais/noticias/2017/08/18/procuradores-pedem-impedimento-de-gilmar-mendes-em-acoes-contra-jacob-barata/?from_rss=None
Rio de Janeiro, 19 de agosto de 2017.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do
Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da
FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,
sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser
adquirido em: http://emanuelcancella.blogspot.com.br/2017/07/a-outra-face-de-sergio-moro-pontos-de.html.
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
Meus endereços eletrônicos:
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