por Emanuel Cancella
Pior de tudo é ver o Itaú, picareta e sonegador da Receita Federal,
com a chave do banco Central do Brasil!
Primeiro temos que admitir que, senão todas, pelo menos a
maioria das grandes empresas, no Brasil e no mundo, pratica algum tipo de
corrupção. Não estou propondo o fim dessas empresas, entretanto deveriam ter, no
mínimo, o mesmo tratamento do pacato cidadão, quando cai na malha fina da
Receita Federal.
É importante também lembrar que sucesso de uma grande empresa
depende muito mais da atuação de um grande lobista junto aos poderosos, que
seja no Congresso Nacional, ou da “amizade”
com um ministro do governo ou até do STF, do que da qualidade do que produz ou dos serviços que
presta.
Que o diga o dono da JBS, que ainda usaram sua delação como
bucha para desmoralizar o BNDES, mas pelo menos ele contrariou a lógica da Lava
Jato onde a delação só vale se falar mal da Dilma, do Lula ou do PT, dos outros
Moro finge que não vê. A do Joesley/JBS
ferrou os golpistas, como Aécio, Michel Temer e outros.
Com relação a Lula e Dilma, a delação da JBS serviu para
fortalecer sua lisura no trato da coisa pública. Inicialmente o Estadão publicou,
de forma mentirosa, que Lula e Dilma tinham “a seu dispor”, uma conta no
exterior da JBS, com mais de US$ 100 milhões.
A Globo, como sempre, divulgou no Jornal Nacional a farsa do Estadão e teve
que desmentir logo depois (3).
Quero também dizer, de pronto, que o BNDES fez muito bem em
financiar, com juros estabelecidos pelo Banco, empresas como a JBS que levou o
Brasil a ser o primeiro no mundo na produção de carne, gerando milhares de
empregos, arrecadando impostos para estados, municípios e União e ainda
alimentando nosso PIB.
Agora vamos para o Itaú:
- foi o principal financiador da campanha derrotada de Marina
Silva à presidência;
- talvez como uma vingança apoiou o golpe contra Dilma e em
seguida saiu em apoio ao governo golpista de Michel Temer e, como prêmio,
emplacou seu principal executivo, Ilan
Goldfaj, na presidência do Banco Central, é colocar o raposa para vigiar o
galinheiro.
- golpista Michel Temer ainda perdoa uma dívida de nada menos
que R$ 25 BI do Itaú e o Ministério da Fazenda através do Carf - Conselho Administrativo de Recursos Fiscais
ainda ratificou essa decisão criminosamente favorável ao Itaú, em detrimento dos
brasileiros, onde muitos estão sem receber salários. Foram cinco votos favoráveis ao Itaú e três à Fazenda!
O caso do Itaú ficou conhecido por estar envolvido em um esquema de
corrupção dentro do Conselho. Em 2016, o antigo relator desse processo, o
ex-conselheiro João Carlos de Figueiredo Neto, foi preso durante a Operação
Quatro Mãos por cobrar propina para conceder decisão favorável ao banco, sendo
que a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) já informou que pretende
recorrer da decisão.
Vai recorrer o dia que
o zorro prender o sargento Garcia. Nunca (1,2)!
Tentam desqualificar Joesley alegando que o dono de um
simples açougue não poderia montar um império por vias honestas. Seria como
desqualificar o criador da Ford que era simples mecânico ou o Silvio Santos que
era um camelô.
Conclusão Joesley/JBS, para se livrar da prisão, perdeu o
direito de exportação de carnes para países como China e os EUA e vai perder o controle da JBS, passando muito
provavelmente para os estadunidenses ou chineses. E os EUA ainda tomam do
Brasil a supremacia na produção de carne (4,5)
Esse é tipo de chantagem é muito aplicado pela polícia quando
prende um bandido importante. Ou entrega seus bens ou vai para a cadeia e Joesley
prefere a liberdade, claro.
Nossa justiça parece que trabalha para os gringos pois está entregando
nosso país, percebe-se isso mais claramente ainda na Lava Jato, que destrói a engenharia
nacional, a indústria naval e a Petrobrás, em favor de estrangeiros.
Se Joesley tivesse cometido algum crime, não creio, porque
pegar empréstimo do BNDES e fazer doação de campanha, todas as grandes empresas e bancos o fazem,
mas de qualquer forma está sendo investigado.
Duro é ver o Itaú, picareta e sonegador
da Receita Federal, com a chave do banco Central do Brasil!
Rio de
Janeiro, 17 de julho de 2017.
Autor: Emanuel
Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor
do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP ,
ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do
livro “A Outra Face de Sérgio Moro”
OBS.:
Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha,
Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse
relato pode ser reproduzido livremente)
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