sábado, 17 de junho de 2017

Temer, Moro e FHC, aliados dos EUA, na rota do Brasil de volta à colônia

por Emanuel Cancella

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Muitos amigos e desafetos me criticam e dizem que culpo o juiz Sérgio Moro por tudo. Falam que sou adepto da teoria da conspiração e que deliro nos meus textos.
Vou tentar ser o mais didático possível. No teatro em que estudei, aprendi que o volume de nossa voz tem que ser audível para que o último da platéia nos ouça, só assim estaremos falando com todos.

Na comunicação, temos que ser claros para que todos, do mais culto ao menos letrado, entendam o que escrevemos para que não haja dúvidas, o que não quer dizer que concordam com o texto. Até porque, segundo Nelson Rodriguez, “Toda unanimidade é burra”.

Mas vamos ao texto. Na matéria “ Trump lança doutrina imperial para intervir na América Latina” (4) fica claro que o presidente dos EUA não está preocupado com a democracia, distribuição de renda e muito menos com política social nesses países. Trump também rompe a política de seu antecessor, Obama, com Cuba, mas o que ele quer mesmo é o petróleo da Venezuela e do Brasil.   

Na Venezuela, os EUA tentam sem trégua derrubar os governos bolivarianos para se apossar do petróleo. Chegaram a derrubar Hugo Chavez por 47 horas, que voltou nos braços do povo(3). E contra Maduro, sucessor de Chávez assistimos nas manchetes: Assembleia da Venezuela abre processo político para afastar Maduro (1) e a Suprema Corte da Venezuela anula decisão da assembléia contra Maduro (2).

No Brasil, as pretensões dos EUA estão bem encaminhadas. Os tucanos tentaram, quando governo, privatizar a Petrobrás, sem êxito. Não desistiram e agora voltam como parte do governo do golpista Michel Shell Temer e colocaram, na Petrobrás, nada menos, que um tucano que foi ministro do apagão de FHC e que, quando membro do Conselho de Administração da Petrobrás, virou réu em processo movido por petroleiro por venda de ativo (8).

Pedro Parente realiza os sonho dos gringos, já que está liquidando a Petrobrás, vendendo tudo, sem licitação, para quem quer e pelo preço que ele mesmo decide. Nessas negociatas estão indo áreas do pré-sal, petroquímicas como a de Suape, malhas de dutos do sudeste, NTS, fábricas de fertilizantes de bicombustíveis etc.

Aí entra a participação do juiz Sergio Moro, chefe da operação Lava Jato. Esse juiz é premiado da Globo e essa emissora, no governo de FHC, se acumpliciou com os tucanos na tentativa frustrada de privatizar a Petrobrás. Na época a Globo comparava a empresa a um paquiderme e chamava os petroleiros de marajás. Em sua saga de destruição da Petrobrás, a Globo lança o editorial em dezembro de 2015:O pré-sal pode ser patrimônio inútil”.

Entretanto a Lava Jato não investiga o governo de FHC na Petrobrás, várias vezes denunciado e com inúmeras queixas envolvendo seu próprio filho (5,6).

E Moro, responsável pela Operação que investiga a Petrobrás, permite que Pedro Parente entregue um patrimônio de valor inestimável burlando toda uma legislação. Nem denúncia no MPF, em dezembro de 2016, denunciando Parente ao MPF fez a Lava Jato sair da Omissão. Muito pelo contrário, o MPF saiu acusando o autor da denúncia (7,8).

Muitos críticos chamam Moro de agente da CIA. Não posso afirmar, mas os fatos falam por si: esse juiz, além de ser conivente com a entrega criminosa da Petrobrás, com FHC e Parente, ainda permitiu os vazamentos diários sempre visando ao enfraquecimento da empresa.

Ele ainda convocou os procuradores estadunidenses para investigar a Petrobrás e mandou os maiores corruptos da Petrobrás testemunharem contra a empresa em tribunais americanos.

A farsa dos tribunais americanos é dizer que a queda dos valores das ações da Petrobrás foi por conta da corrupção. O mundo sabe que a depreciação dos valores dos papeis de todas as petroleiras no mundo, incluindo a Petrobrás, foi por conta da tramoia dos EUA e da Arábia Saudita.

Eles aumentaram a oferta de petróleo no mercado internacional para prejudicar os países produtores, entre eles, Rússia, Irã, Venezuela e Brasil. Assim os preços do petróleo caíram de US$ 140 para US$ 30.

Dizer que Temer, Moro e FHC são aliados dos EUA, na rota do Brasil de volta à colônia, é fato, delírio ou teoria da conspiração?

       
Rio de Janeiro, 17 de junho de 2017.

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,  sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro”

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

    (Esse relato  pode ser reproduzido livremente)

   Meus endereços eletrônicos: 









Um comentário:

  1. Cancela, sobre esses amigos e desafetos a que se refere no primeiro parágrafo, você poderia fazer só uma perguntinha simples, numa conversa informal: Pergunte o que o juizeco vai fazer periodicamente nos EUA, sempre com dossiês extensos com informações privilegiadas e inclusive estratégicas sobre o governo brasileiro, sobre as principais grandes empresas de engenharia pesada, e sobre a Petrobrás. (lembrando que essas idas e vindas ao EUA são fatos conhecidos publicamente). Informações essas obtidas por mandatos judiciais, por conta justamente dessa operação. Pergunte o que ele vai fazer lá com isso. Espere a resposta, se ela vier, e provavelmente você vai ouvir respostas evasivas e até envergonhadas, pois a hipocrisia vai transparecer.

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