segunda-feira, 5 de junho de 2017

Moro sabia e está fotografado

por Emanuel Cancella

Segundo o deputado Paulo Pimenta, do PT, a Lava Jato
criou o verbo “Dalanhar”  que é acusar sem provas.

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Moro, em sua Farsa a Jato, explorou que “Lula e Dilma sabiam da corrupção na Petrobrás”, isso na véspera da eleição, vazamento amplamente divulgado pelo seus padrinhos, da Globo, que o premiara para ajudar na campanha do tucano Aécio Neves (2).

Aécio, saltitante, chegou a gravar cenas da posse, acreditando na vitória e deu ruim. O PSDB chegou a pedir ao TSE a cassação de Dilma e posse de Aécio (15).

E a ajuda de Moro ao tucano Aécio Neves persistiu, tanto que Aécio foi citado sete vezes em delação, na Lava Jato, e nada de prisão, nem sequer uma investigaçãozinha.

Desmascarar Aécio só foi possível graças às gravações do dono da JBS, autorizadas por outro juízo, e liberadas pelo STF, mostrando Aécio pedindo dois milhões de propina e com frases que nada ficam a dever aos maiores bandidos sanguinários do país, como: ”Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação (...)” (4).

Do mesmo modo que protegeu Aécio, Moro também sabia da corrupção do Temer, pois, ao que consta, o magistrado teria indeferido nada menos que 21 questões que comprometeriam Temer da delação de Eduardo Cunha, para protegê-lo (5).

Moro também sabe da corrupção na Petrobrás dos tucanos FHC e de Pedro Parente, porém faz vista grossa, mesmo diante das provas gritantes relacionadas a falcatruas dos dois na empresa. Se quisesse investigar esses dois, só um pouquinho, acharia o comandante máximo e com muito mais do que convicção.

Entretanto prefere aceitar a denúncia vazia do procurador da Lava Jato, Dallagnol, onde ele mesmo afirma que não tem provas, só convicção, de que diz Lula é o comandante máximo da corrupção na Petrobrás (14). Isso depois de anos de investigação e gastando milhões dos cofres públicos, numa clara perseguição política.
Segundo o deputado Paulo Pimenta, do PT, a Lava Jato criou o verbo “Dallaganhar”  que é acusar sem provas.

No caso da Petrobrás, a Lava Jato se lambuza de lama, pois existe denúncia formalizada, e não investigada, em novembro de 2016, contra a gestão de fraudulenta de Pedro Parente.  E Parente é reincidente, já que é réu pelo mesmo crime de venda de ativos, ainda quando ministro de FHC e membro do Conselho de Administração da Petrobrás (17).

Mas moro, através do MPF, ao invés de investigar Parente, resolveu me intimar em dezembro do mesmo ano, por possível crime contra a honra do servidor público (10,11). No caso, a do Moro,

Moro também não investigou o governo de FHC, na Petrobrás, com denúncias mirabolantes,  muitas envolvendo o próprio filho (12,13).    

A Lava Jato é responsável por milhões de desempregados; o fim da engenharia nacional; o fechamento dos estaleiros e pela queda no PIB. E Moro alega que faz tudo isso em nome do combate à corrupção (6,7). Combater a corrupção é proteger os comandantes da rapinagem e destruir a maior empresa do país?

Interessante que Moro não só prende como solta. Mas, assim como nas delações, tudo de forma seletiva: soltou o policial federal, conhecido como “Careca”, a única testemunha que está sumida, depois que revelou que repassou um milhão em propina ao governador tucano mineiro, Antônio Anastasia (1). E Anastasia está livre leve solto!

Moro absolveu a mulher do deputado Eduardo Cunha, a jornalista Claudia Cruz, mas não foi por generosidade, foi para poupar a própria esposa, Rosangela Moro, envolvida em mais uma trapalhada, agora na roubalheira da APAE (8,9).
Sim, porque a mulher de Moro trabalha para o PSDB e para empresas de petróleo, concorrentes diretas da Petrobrás, cuja investigação é chefiada pelo marido (16). Seria acaso os julgados de Curitiba favorecerem, de modo estapafúrdio, justamente os clientes da esposa, PSDB e multis de petróleo?

Depois de todos esses fatos, que são muito mais do que convicção, mostrando  o envolvimento da Lava Jato com os principais corruptos do país, fica a certeza: mais claro, só o batom na cueca!

17 - http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2016/06/presidentes-da-petrobras-e-do-bndes-sao-reus-em-acao-por-rombo-bilionario-9872.html


Rio de Janeiro, 05 de junho de 2017.

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,  sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro”

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros ógãos de comunicação.

    (Esse relato  pode ser reproduzido livremente)

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