segunda-feira, 22 de maio de 2017

Pedro Parente e juiz Sérgio Moro: dois picaretas a serviço da destruição da Petrobrás

por Emanuel Cancella

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O mesmo Pedro Parente, que hoje preside a Petrobrás, já é réu em ação movida por petroleiro, por conta de venda de ativos, quando então ministro de FHC (1). Agora indicado pelo golpista Michel Temer, Parente continua a perpetrar negócios criminosos vendendo ativos valiosíssimos da Petrobrás, sem licitação, para quem ele determina e por preço que decide.

Vende como se o patrimônio da Petrobrás fosse pessoal, mas duvido que Pedro Parente venderia um patrimônio de sua família como ele faz na Petrobrás. Por exemplo, “vendeu” o campo de Carcará do pré-sal, sem licitação e a preço de um refrigerante o barril.

Ignorando a justiça, que o tornou réu, e as leis brasileiras que proíbem a venda de bens públicos sem licitação, Parente segue entregando tudo. E ainda, para tentar calar a direção do Sindipetro-RJ interpelou  todos os diretores. Quem faz a coisa certa não precisa fazer ameaças. Como diz o ditado: “Quem não deve não teme!”.

E o juiz Sérgio Moro, que chefia a operação Lava Jato, cuja  missão dada pela CPI seria investigar a Petrobrás, finge que não vê o desmonte que o tucano Pedro Parente faz na empresa. E continuou a não tomar qualquer providência mesmo diante de minha denúncia ao MPF, enquanto petroleiro e Coordenador da Federação Nacional dos Petroleiros – FNP  e do Sindipetro-RJ, formalizada em novembro de 2016, acusando sua omissão, diante da liquidação criminosa de Parente (2).

Ao contrário, a resposta de Moro veio através do MPF, que. em dezembro de 2016, me intimou, sob a alegação  de que eu teria ofendido a sua honra, enquanto funcionário público(3). E a minha honra como fica? A obrigação do dirigente sindical é defender a Petrobrás e os direitos dos petroleiros. Em se tratando da Petrobrás, por ser uma empresa estratégica, seu desmonte coloca em risco a economia e a soberania nacional.

Além disso a mulher de Moro trabalha para o PSDB e empresas multinacionais de petróleo. Justamente os mais beneficiados com os julgados do marido. Marido (8,9).

Muito antes da Lava Jato, a diretoria do Sindipetro-RJ, da qual faço parte, já realizava enterro simbólico em frente à sede da Petrobrás, de todos os presidentes da Petrobrás, na gestão do PT.

Enterramos o diretor Renato Duque e, ao invés de prêmio, como recebe o juiz Sérgio Moro, fomos ameaçados de prisão por realizar “Escracho” na casa de gerentes e diretores da Petrobrás, hoje estampados nas manchetes como corruptos. Além dos atos fotografados e filmados protocolamos varias denuncias no MP e na Policia Federal.

Os petroleiros nunca se calaram e queremos todos os corruptos e corruptores na cadeia, mas respeitado o direito de ampla defesa e após o processo transitar em julgado.      

 Ao invés de querer acabar com a corrupção, parece que a Lava Jato estava mesmo a amaciar o terreno para agora vir Parente e entregar tudo, por isso diariamente, da Lava Jato, saíam vazamentos seletivos e criminosos que visavam ao enfraquecimento de Dilma e à desmoralização da empresa.  

Se quisessem acabar com a corrupção, quem fez devassa na Petrobrás, na gestão do PT, não se calaria com a corrupção tucana, pois não investiga o governo tucano de FHC na Petrobrás, várias vezes delatado, incluindo até seu próprio filho (4,5). Da mesma forma agora Moro se cala diante do desmonte que o atual presidente, o também tucano Pedro Parente, implementa na Petrobrás.

Os prejuízos financeiros e sociais com a venda de ativos da Petrobrás e os efeitos de sua politica nefasta, na gestão de FHC e de Pedro Parente, são geometricamente superiores ao que a Globo chamou de “Petrolão” .

A dupla Pedro Parente e juiz Moro acabou com a engenharia nacional e com a indústria Naval (6,7). Ao contrario, aplicando a lei de Leniência, ao invés de destruir a engenharia nacional, acabar com a indústria naval poderiam punir os dirigentes dessas empresas afastá-los, sem fechá-las e sem acarretar a demissão de milhões de trabalhadores.   

Pedro Parente, de forma criminosa, tirou a Petrobrás dos setores mais estratégicos e empregatícios, como: petroquímicos, o mais lucrativo da indústria do petróleo. Parente também afastou a Petrobrás do setores de fertilizante, biocombustível e gás.

A Petrobrás, durante 63 anos, abasteceu o país ininterruptamente de combustíveis; e até a crise iniciada em outubro de 2014, a companhia, com os impostos que paga, financiava 80% das obras do Brasil, respondendo por milhões de empregos diretos e indiretos; desenvolveu tecnologia inédita no mundo que permitiu a descoberta do pré-sal, garantindo assim o abastecimento de petróleo no país no mínimo nos próximos 50 anos.   Nenhuma outra empresa oferece isso ao país!

Quando o petróleo era um sonho, mesmo assim o povo brasileiro foi para as ruas, na maior campanha cívica que este país conheceu, conhecida como “O Petróleo é Nosso!”. Nenhum militante da campanha trabalhava na Petrobrás, até por que a empresa não existia.  Agora que o petróleo é uma realidade, vamos permitir que dois picaretas destruam a companhia?



Rio de Janeiro, 22 de maio de 2017.

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, integra a coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), sendo autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro”

 OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

   (Esse relato  pode ser reproduzido livremente)

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