por Emanuel Cancella
A lista do ministro
Edson Fachin vai ter o mesmo destino da lista de Furnas: vai prescrever sem
julgamento.
Comentando hoje, 12/04/17, na rádio
Band, em seu programa diário e nacional, Boechat fez um comentário em cima da
lista do ministro Edson Fachin, que considero um tiro no pé.
Creio que, na lista de Fachin, estão
todos os partidos com participação no governo e com representação no Congresso
Nacional, com raras e honrosas exceções.
Creio que, como fizeram com o mensalão
tucano e a lista de Furnas, que estão prescrevendo sem julgamento, vão fazer o
mesmo com a lista do ministro Edson Fachin .
Boechat faz coro com o procurador
Deltan Dallognol, chefe da força tarefa da Lava Jato, que não tinha provas, mas
convicção, de que Lula era o comandante máximo da corrupção na Petrobrás.
Eu continuo achando que o comandante
máximo era FHC, entretanto sabemos ser o mesmo protegido pela Lava Jato,
que nunca investigou o governo tucano na Petrobrás. Ao contrário de Lula,
que tem sua vida e de sua família revirada para ver se acham alguma coisa
contra ele, como não tem, ficam inventando.
O que reforça minhas convicções sobre
FHC é que a Lava jato não investiga também a gestão do tucano Pedro parente, na
Petrobrás. Parente está liquidando ativos da Petrobrás, sem licitação, para
quem ele quer e por quanto quer. Até áreas do pré-sal estão sendo “vendidas”
sem licitação, como o campo de Carcará, ao preço módico de um
refrigerante o barril.
Como disse o professor Pingueli Rosa,
vender coisa dos outros a preço vil é mole, quero ver vender assim o seu
próprio patrimônio. E a Lava Jato faz com FHC o mesmo que faz com Pedro
Parente: nada!
Mas voltando ao Boechat, ele fez uma
comparação de Lula com Hitler, dizendo que o líder nazista nunca foi a um campo
de concentração, mas era o responsável pelas mortes dos judeus, nas câmaras de
gás e outras atrocidades, e concluía seu raciocínio dizendo que o fato de não
ter provas contra Lula não o exime de culpa.
Alguém tem que lembrar ao Boechat que
ele trabalha numa empresa de comunicação, a Band, corrupta e golpista. A Band,
junto com a Globo, Folha, Editora Abril, responsável pela Veja, a RBS, Jovem
Pan, etc, estão envolvidas no escândalo de lavagem de dinheiro conhecido como
Swssleaks. E alguém pode também, por analogia, dizer que Boechat é corrupto e
golpista, já que não há provas de que ele não está envolvido com a Band.
Lula, ao contrário dele, está na pista
defendendo os direitos dos trabalhadores, lutando contra o golpe e levantando a
bandeira das Diretas Já, agora ou em 2018. E a Band, como toda a grande mídia,
está defendendo o governo golpista de Michel temer e toda a sua nefasta reforma
trabalhista, previdenciária e lei das terceirizações e tudo o mais.
Boechat chegou ao cúmulo hoje de
defender a presença em 100% de participação dos estrangeiros nas empresas
áreas. Mesmo sendo chamada a sua atenção por sua assistente, dizendo que na
Europa e nos EUA a participação máxima de estrangeiros é de 40%.
Quanto a Lula, ele governou para os
mais pobres, deixando de seu governo uma herança através da qual hoje todas as
pesquisas de opinião o apontam como favorito da vontade popular.
E não só os brasileiros, o mundo
aplaude Lula.
Quanto às investigações contra Lula,
elas vêm desde que ele disputou a primeira eleição com Collor de Mello. Naquela
época, a grande denúncia é que Lula havia dado um aparelho de som três em um
para uma namorada. O máximo que a denúncia causou foi um constrangimento entre
Lula e sua esposa, a saudosa dona Mariza. Agora, no Brasil do golpe de 2016, as
denúncias contra Lula são de pedalinhos, barco sem motor e sítio e tríplex que
comprovadamente não são dele.
Além de Dalton, com suas convicções que
não convenceram ninguém, vem Boechat, achando-se brilhante, com essa comparação
entre Lula e Hitler. Brilhante nessa história só a careca do Boechat!
Rio de Janeiro, 12 de abril de 2017.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300,
integra a coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros
(FNP), sendo autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro”
OBS.: Artigo enviado para possível publicação
para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de
comunicação.
(Esse relato pode ser
reproduzido livremente)
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