quinta-feira, 23 de março de 2017

Balanço contábil manipulado na Petrobrás

por Emanuel Cancella

                                       Resultado de imagem para petrobrás?

Os balanços financeiros na Petrobrás, na gestão de Pedro Parente, têm sido principalmente no sentido de justificar a venda de ativos e para justificar a retirada de direitos dos trabalhadores.

Chama atenção o fato de a empresa informar que efetuou vendas de ativos em 2016 no montante de US$ 13,6 bilhões e, ao mesmo tempo, dizer que a dívida caiu apenas US$ 4 bilhões (de US$ 100,4 bi para US$ 96,4 bi). Será que Parente, além de liquidar a Petrobrás, está vendendo, como as casas Bahia, em dez vezes sem juros?

Outro fato que chama atenção no balanço é a importação de derivados. Os trabalhadores, nas refinarias, reclamam que os gerentes mandam baixar a carga no refino. Sendo que carga chegou no máximo a 79,7% em 2016. Mandam baixar a produção e depois esses números são usados para dizer que os trabalhadores não atingiram a meta para efeito de PLR.

A empresa diminui a capacidade de refino e paralelamente aumenta a importação de derivados, o que favorece a empresa privadas. Os principais importadores são a Ipiranga (Ultra/Itau) e a Raizen (Shell/Cosan). Será que estão engordando o caixa destas empresas (Ipiranga e Raizen) para a venda da cereja do bolo – a BR Distribuidora?

Se Pedro Parente estivesse preocupado com o futuro da Petrobrás estaria construindo refinarias para atingirmos a autossuficiência no refino. Fica claro que sua gestão quer mesmo é importar derivados para favorecer empresas privadas.

O pré-sal, o maior tesouro da Petrobrás, está para ser entregue aos gringos como foi o campo de Carcará, “vendido” sem licitação e a preço de um refrigerante o barril. Pedro anuncia vários leilões dos campos do pré-sal. Conta com o apoio da Lava Jato, já que não toma qualquer providência contra esse bota-fora de bens públicos. Aliás, essa proteção a entreguistas também percebeu-se quando a Lava Jato fez vista grossa à gestão do tucano FHC na Petrobrás, apesar das inúmeras denúncias.

A gestão atual  do também tucano Parente foi denunciada formalmente ao MPF, em novembro de 2016, até hoje sem resposta (2). Não podemos esquecer que Parente já é réu em ação movida pelos petroleiros quando ministro de FHC (1).

Agora o  TCU critica mas autoriza a liquidação de Parente na Petrobrás. Esse mesmo TCU que abriu processo contra a presidente Dilma, por conta das pedaladas fiscais, tirando Dilma do poder. Importante frisar que os próprios peritos do Senado federal negaram a prática de pedaladas por parte de Dilma. E ainda, pedaladas fiscais agora é lei.

Voltando aos balanços financeiros da empresa, o terceiro no vermelho, que têm sido uma peça fundamental  na política entreguista de Parente, além de liquidar com a Petrobrás, retira direitos consagrados da categoria, como a PLR, abono, Beneficio Farmácia, MAS, entre outros.

Até o café da manhã obrigatório por lei nas unidades operacionais está sendo cancelado por Pedro Parente.

Ou os petroleiros param o Pedro ou ele acaba com a Petrobrás!   

 

 

 

Fonte: Brasil 247: “Balanço 2016 da Petrobras está muito mal explicado



2 - 2 - http://fnpetroleiros.org.br/?p=12171


Rio de Janeiro, 23 de março de 2017.

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, integra a coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), sendo autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro”

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

  (Esse relato  pode ser reproduzido livremente)



 




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