por Emanuel Cancella
“A outra face de Sérgio Moro”- Acobertando
os tucanos e entregando a Petrobrás (2).
O
petróleo é Nosso! foi a maior campanha que este país conheceu, nas décadas de
40 e 50, unindo civis, militares, comunistas, conservadores e estudantes. E
ainda nem se tinha descoberto nenhuma reserva considerável de petróleo!
O
petróleo estava nas profundezas do solo e do mar. Mas os brasileiros enxergam
longe demais. Monteiro Lobato colocou toda sua trajetória de empresário e
escritor nessa campanha. Foi preso por conta da campanha, mas não recuou.
Lobato ainda não sabia que sua obra literária
ia encantar o mundo das crianças e a Petrobrás viria a ser uma gigante
do petróleo.
Lobato
não foi o único a abraçar essa causa. Muita gente foi perseguida, presa e
morta, inclusive que abraçaram a campanha.
Maria
Augusta Tibiriçá Miranda, uma das coordenadoras da Campanha, escreveu um livro
“O Petróleo é Nosso!, onde afirmava, entre tantas verdades, que a luta do petróleo não termina nunca.
Quem
são esses inimigos terríveis que queriam então barrar esse sonho dos
brasileiros? As multinacionais de petróleo e a mídia brasileira, principalmente
a Globo.
Segundo publicação do Senado, na passagem dos 61 anos de morte de Getúlio Vargas, 2015(1):
Para o historiador José Augusto Ribeiro, autor do livro A Era Vargas, o ataque das forças
internacionais interessadas em explorar o petróleo brasileiro e as riquezas em estado
bruto do país, como as commodities, foi o real
motivo da violenta campanha desencadeada contra Getúlio. A difamação e a
constante propaganda por parte do sistema de mídia instalado no país, à época
comandado por Assis Chateaubriand, dos Diários Associados e comandados pelo
jornalista Carlos Lacerda, teriam sido determinantes, segundo explicou o autor.
Segundo José Augusto Ribeiro, Getúlio afirmava que a
entrega do petróleo representava a entregava soberania do país.— Tive o relato
do ex-senador e hoje vice-governador do Rio, Francisco Dornelles, filho do
general Mozart Dornelles, chefe da Casa Militar do gabinete de Getúlio, que me
contou essa história de seu pai. Ele foi conversar com Assis Chateaubriand,
sobre a campanha sanguinária contra Getúlio. A Rede de Assis Chateaubriand
tinha canais em São Paulo e no Rio de Janeiro e jornais em todos os estados,
entregues ao controle de Lacerda, e Chateaubriand disse: 'Mozart, adoro
Getúlio, sou seu maior admirador. Basta o Getúlio desistir da Petrobras para
que eu pare com toda essa campanha'. Getúlio morreu mas concedeu a geração de
nossos netos essa coisa assombrosa que é o Pré-Sal. Só o Brasil descobriu o
Pré-sal em todo mundo — ressaltou o biógrafo.
Os mesmos inimigos que destruíram Getúlio sempre voltam mais fortes. A
Globo fez campanha frustrada, junto com o governo de FHC, pela privatização da
Petrobrás, na ocasião comparava a Petrobrás a um paquiderme e chamava os
petroleiros de marajás. Para manipular a sociedade, eles primeiro desmoralizam
uma empresa para depois entrega-la. A
resposta dos petroleiros e da Petrobrás veio em 2006, no governo Lula, desenvolvendo
um sistema inédito no mundo que permitiu a descoberta do pré-sal. A Globo não
se deu por vencida e em dezembro de 2015 lançou em editorial
“O pré-sal pode ser patrimônio inútil”.
Em outros
países, os americanos jogam bombas e derrubam governos para abocanhar o
petróleo alheio, aqui alguns brasileiros já facilitam o roubo de nosso petróleo
e a perda de nossa democracia, por isso a Globo premiou o juiz Sérgio Moro, que
chefia a operação Lava Jato. Essa operação, todos os dias, a mais de dois anos,
traz notícias negativas sobre a Petrobrás. O intuito nunca foi acabar com a
corrupção, mas derrubar a Dilma e desmoralizar Petrobrás para facilitar sua
entrega.
Moro, que
fez uma verdadeira devassa na companhia nos governos de Lula e Dilma, entretanto,
apesar das inúmeras denúncias, nunca investigou o governo de FHC na Petrobrás,
como também se nega a investigar a gestão do tucano Pedro Parente, hoje
presidente da Petrobrás, apesar das irregularidades gritantes.
Parente está
fazendo um verdadeiro feirão com os ativos da Petrobrás: vendendo petróleo do
campo de Carcará sem licitação, a preço de um refrigerante o barril; vendeu a
Liquigás, malha de dutos do Sudeste, que agora vamos ter que pagar para
utilizar. Além de vender outros ativos e anunciar futuras vendas como a da BR. Esses
ativos, agora entregues, foram comprados
com o suor e sangue do povo brasileiro.
Pedro
Parente tirou a Petrobrás de áreas estratégicas e altamente lucrativas e
geradoras de emprego, como de petroquímica, gás, fertilizantes e
biocombustíveis. Parente está acabando com a indústria naval brasileira,
mandando construir navios e plataformas no exterior, gerando emprego e renda
para os gringos, como fez o também tucano FHC, em seu governo (3).
O juiz
Sérgio Moro, além de se calar sobre o governo de FHC na Petrobrás e da gestão
de Pedro Parente, ainda convocou os procuradores estadunidenses para investigar
a Petrobrás e mandou os diretores e os
gerentes corruptos testemunharem contra a Empresa nos tribunais
americanos, o que pode gerar multas astronômicas para o Brasil.
Os tribunais americanos alegam que a queda no valor das ações da Petrobrás foi por conta da corrupção na empresa, mas Moro e os juízes estadunidenses sabem que a queda nas ações não só da Petrobrás como também de todas as petroleiras no mundo foi por conta do aumento de oferta de petróleo por parte da Arábia Saudita.
Esse aumento de oferta para desvalorizar o valor do barril de petróleo no mundo foi mais uma estratégia americana para prejudicar países produtores como a Rússia, Irã, Venezuela e Brasil. Por ação dos EUA e da Arábia Saudita, em aumentar a oferta o preço do barril de petróleo caiu de US$ 140 para US$ 30, essa que foi a principal motivação da queda do valor das ações.
O livro é uma coletânea de
artigos, desde o início da Lava Jato, em março de 2014.Todos eles foram
enviados à grande mídia, que logicamente não publicou. A sociedade tem agora a oportunidade
de conhecer a verdadeira história da Lava Jato. A renda dos livros é totalmente destinada aos demitidos da Lava Jato, cerca
de dois milhões de trabalhadores.
Rio de
Janeiro, 06 de janeiro de 2017
Autor:
Emanuel Cancella, - OAB/RJ 75 300
Emanuel
Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos
Petroleiros (FNP)
(Esse artigo
pode ser reproduzido livremente)
OBS.: Artigo
enviado para possível publicação para o Globo, JB, Folha, Estadão, Veja, Época
entre outros órgãos de comunicação.
Cncella parabens pelo seu livro! Gostaria de saber em qual livraria encontrar no RJ.
ResponderExcluirManuel Cancela, militante de profundo comprometimento com as caisas de nosso Povo, parabéns!
ResponderExcluirManuel Cancela, militante de profundo comprometimento com as caisas de nosso Povo, parabéns!
ResponderExcluirOlá, Emanuel. Parabéns pelo trabalho e pela militância.
ResponderExcluirParticularmente, eu atribuo todo e qualquer retrocesso pós 1985 à falta de uma sistemática campanha por bancadas progressistas dentro do Parlamento.
Jamais o Brasil pôde contar com um Parlamento capaz de votar leis realmente progressistas e nacionalistas.
A regulamentação plena da Constituição não está no discurso dos partidos, das centrais sindicais e/ou das frentes populares.
Essa regulamentação está pendente há 29 anos.
Sem que se possam votar leis de quórum qualificado, qualquer partido não conseguirá exercer mandato de Poder Executivo de forma plena.
A minha ideia tem sido difundir a possibilidade lógica e crível de se dar o devido valor ao voto, destinado ao Parlamento ( Congresso Nacional) .
Essa difusão visa a combater mitos que estão atrelados às eleições dos parlamentares. Notadamente os parlamentares eleitos pelo voto proporcional.
Reverter toda essa legislação que adveio do afastamento da Presidenta Dilma é algo possível, desde que a ala progressista seja realmente progressista, medindo as relações mais pelas semelhanças ideológicas do que pelas eventuais diferenças de hegemonia e poder.
Valeu,
Sergio Govea.
sg@pcsa.com.br
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