por Emanuel Cancella
Os golpistas querem que Temer
complete o jogo sujo, para depois descartá-lo, dando o golpe dentro do golpe e
assim colocar outro deles no poder, através de um colégio eleitoral. Essa
fórmula já foi adotada por outros golpistas, quando, depois de 21 anos de ditadura,
os militares fizeram um Colégio Eleitoral, através do Congresso Nacional, para devolver
o poder aos civis.
Fica muito difícil a sociedade
lutar contra o golpe porque, mascarados de defensores da ordem, na verdade, FHC,
Carmem Lucia, Sérgio Moro e o presidente do Senado e da Câmara dos Deputados, são
todos golpistas.
O PSDB, partido de FHC, através do
candidato derrotado por Dilma, Aécio Neves, foi o grande artífice do golpe. E
quem deveria zelar pela Constituição Federal, o STF, se omite, pois a lei maior
admite a retirada de um presidente, mas que para isso ele teria que ter
cometido crime de responsabilidade. Carmem Lúcia e todo o STF calaram-se diante do golpe, pois não houve crime algum! A
ministra Rosa Weber chegou a convocar a presidente Dilma para explicar por que
chamar o golpe de “golpe”?
Carmem Lúcia também é responsável,
juntamente com Ives Granda, do TST, pela orientação de que o negociado prevaleça
ao legislado. Isso é jogar na lata do lixo a CLT, que até hoje garantia a todos
os trabalhadores direitos como férias de 30 dias, 13º e outros.
Sérgio Moro, chefe da Lava Jato,
permitiu ou articulou a falsa notícia na véspera da eleição, veiculada na
revista Veja e no Jornal Nacional, “ de que Lula e Dilma sabiam da corrupção na
Petrobrás. (1)” E foi Moro pessoalmente que divulgou, na mídia, para desgastar
a presidente Dilma, que faltava dinheiro para financiar a operação Lava Jato. A
própria Polícia Federal desmentiu Moro (2).
Já o presidente do Senado e do
Congresso Nacional foram os grandes articuladores da farsa da votação do impeachment
no Congresso Nacional.
Volta Dilma! é um movimento legítimo,
para colocar de volta aquela que foi eleita pela vontade da maioria dos
brasileiros e que não cometeu nenhum crime, aliás as “Pedaladas Fiscais”, que
usaram contra ela, agora é lei. Além de ficar comprovado que ela não “Pedalou”.
Na verdade, o grande motivo da retirada de Dilma do poder é porque ela não impedia
a investigação da Lava Jato e porque defendia o povo mais pobre e o país (3).
Os petroleiros do RJ têm legitimidade
para defender o Volta Dilma! Mesmo com Dilma nunca fomos governistas, até
organizamos o ato contra o leilão de Libra, pois não entendíamos uma defensora
do patrimônio nacional fazer aquele leilão. Entretanto, depois, muitos de nós
compreendemos que o principal motivo do leilão de Libra foi para atrair potências
contrárias aos EUA. Dilma, em seguida ao leilão de Libra, repassou áreas de petróleo
maiores que a de Libra, diretamente para a Petrobrás, conforme prevê a lei de
Partilha no artigo 12º. A Petrobrás ficou com 40% de Libra. China e França também
entraram no negócio. Não podemos esquecer que os EUA não reconhecem nosso mar
territorial onde se localiza grande parte do pré-sal, por isso torna-se
importante outras potências também com interesse em defender nossas riquezas.
Diante do golpe, só nos restam
duas saídas democráticas: Volta Dilma ou eleição direta. Entretanto só a volta
de Dilma reestabelecerá o Estado de Direito, ou através das eleições diretas, mesmo
sabendo que um defensor do povo ganhando nas urnas não conseguirá governar. Precisamos
mudar a mídia a justiça e o Congresso Nacional para termos de volta nossa
soberania e a estabilidade democrática.
Vamos deixar claro: Fora Temer e
todos os golpistas!
3 - http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2016/05/audio-revela-politicos-discutindo-saida-de-dilma-e-criticando-judiciario.html
Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2017
Autor: Emanuel Cancella, - OAB/RJ 75 300
Emanuel Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e autor do livro “A outra face de
Sérgio Moro”
(Esse artigo pode ser reproduzido livremente)
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o
Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
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