por Emanuel Cancella
O mesmo que fizeram com José Dirceu, no mensalão, condenando-o sem
provas; estão tentando fazer contra Lula, na Lava Jato.
Al Capone, Alphonse Gabriel, foi um famoso gângster, como é chamado bandido nos Estados Unidos.
Matou, contrabandeou e corrompeu. Era o que denominamos de “Ficha Suja”! O FBI,
a polícia federal americana, cortou um dobrado para prender Al Capone porque
simplesmente não conseguiam provas contra ele. Até que o pegaram na sonegação
do Imposto de Renda.
Se até para condenar AL Capone precisaram de
provas, apesar de seus crimes bárbaros, o mesmo não aconteceu com José Dirceu,
que foi condenado no mensalão sem qualquer prova. Usaram contra Dirceu argumentos
jamais vistos no direito brasileiro, tudo tornado possível, claro, com a Globo convencendo a população de sua
culpa, com base no “seria” e “teria”.
Dirceu foi preso atendendo ao parecer que
entrou para história pelo ineditismo de nosso direito penal. Ele foi dado pela
ministra Rosa Weber, assistida pelo juiz Sérgio Moro: “Não tenho prova
cabal contra Dirceu – mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me
permite” (4).
É bom lembrar também que o único mensaleiro para
o qual havia provas incontestes era o deputado do PTB/RJ, Roberto Jeferson, que
está solto. Ele foi pego através de um vídeo, recebendo mensalão através de um funcionário
dos Correios. Roberto Jeferson só denunciou José Dirceu e o mensalão em
retaliação ao seu próprio envolvimento indiscutível nesse vídeo (1, 6).
Na ocasião, para parecer que a Justiça e a
mídia eram imparciais, diziam que logo seria investigado o mensalão do PSDB,
que foi anterior ao do PT. Entretanto o mensalão do PSDB está prescrevendo sem
julgamento (5).
.
Não satisfeito em manter Jose Dirceu, com mais
de setenta anos, preso e sem provas; Moro ainda sequestra a casa
onde vive mãe de Dirceu. Na prática, o imóvel fica à disposição da Justiça, mas
dona Olga Guedes da Silva, de 94 anos, pode continuar vivendo nela como
depositária da casa (3).
A sociedade precisa atentar que o juiz Sérgio Moro deixou de ser uma
unanimidade depois de denúncias que mostram sua parcialidade, a seletividade de
vazamentos e perseguição contra determinados políticos e partidos. Temos também
que registrar o lançamento do meu livro: “A outra Face de Sérgio Moro” que o
MPF quis inviabilizar, através da intimação do autor a pedido do próprio Moro
(8). O juiz Moro, em um ato chamado entre outros pelo MBL em Curitiba, em
dezembro de 2016, juntou 15 pessoas e um cachorro (7).
Aliás, o mesmo que a
ministra Rosa Weber e o Globo fizeram com José Dirceu, no mensalão, condenando-o
sem provas; estão tentando fazer contra Lula, na Lava Jato, pelo procurador Deltan Dallagnol e o juiz Moro.
Só um país que tem esse tipo de Justiça poderia permitir um golpe como o
de 2016. Isto porque, apesar de nada ser
provado contra Dilma, o STF disse que não viu golpe. Aliás, a ministra Rosa
Weber, a mesma que prendeu José Dirceu sem provas, teve o desplante de
interpelar Dilma porque chamou o golpe de “Golpe”.
A
sociedade brasileira vai acordar! E, nessa hora, precisará perceber que só
eleições diretas não bastam! Temos que ir mais além! Juízes e procuradores não
podem ter poderes tão ilimitados, pois o fato de o cidadão passar num concurso
público não lhe garante o direito de agir acima da lei, como condenar e denunciar
sem provas; grampear telefone de uma presidente e de um ex-presidente; permitir
vazamentos como num reality show ou receber porcentagem sobre acordos de
leniência.
E
a mídia tem ter algum controle social, ou seja, uma lei dos Meios, que já
existe em todo mundo desenvolvido.
Numa
sociedade sem o controle da mídia e da Justiça, qualquer representante realmente
comprometido com o povo e a nação, caso eleito, não conseguirá governar!
Rio de Janeiro, 02 de janeiro de
2016
Autor: Emanuel Cancella, - OAB/RJ 75 300
Emanuel Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)
(Esse artigo pode ser reproduzido livremente)
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB,
Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário