por Emanuel Cancella
Nilo Batista interpela
o Secr. Geral do Sindipetro- RJ
Os tucanos, que tentaram privatizar a Petrobrás no governo de
FHC, agora estão de volta. O governo golpista, através do PSDB, colocou na presidência
da companhia Pedro Parente, um ex-ministro de FHC que entrou para a história
como ministro do apagão.
Os tucanos tentaram, sem sucesso, privatizar a Petrobrás, no
governo de FHC. Agora o senador tucano José serra, é articulador da lei 4567/16, que, sendo aprovada agora no parlamento, essa lei entrega
aos gringos o nosso pré-sal.
Se, no governo de FHC, os tucanos tivessem privatizado a Petrobrás,
a festa da descoberta do pré-sal teria sido no Texas ou em algum país europeu. Na
ocasião, a Petrobrás não foi privatizada por força de uma greve de 32 dias dos
petroleiros com um forte apoio popular.
Agora, com o golpe, estão a saquear a Petrobrás! E com apoio
da mídia, principalmente a Globo que, no governo de FHC, comparava a Petrobrás a
um paquiderme e chamava os petroleiros de marajás.
Na verdade existe algo como uma quadrilha formada pelo
governo golpista de MiShell Temer, grande parte do Congresso Nacional e parte
da Justiça que corrobora com o saqueamento da Petrobrás.
O juiz Sérgio Moro, que a mídia, principalmente a Globo, tenta
passar como herói nacional, até prêmio já recebeu da emissora. Na verdade, como
chefe da operação Lava Jato, é um dos principais articuladores da derrocada da
Petrobrás, já que, a todo momento, vaza de forma seletiva informações negativas
sobre a Empresa, possibilitando assim sua entrega.
E essa desvalorização da Petrobrás é altamente almejada pelos
tucanos, cuja saga é a entrega da Companhia aos gringos. O juiz Moro, além de viabilizar
essa desmoralização da Petrobrás, favorece os saqueadores porque nunca prendeu
um tucano sequer, mesmo eles sendo delatados a todo momento, tais como o senadores
tucanos Antonio Anastasia, Aloysio Nunes e Aécio Neves , este cinco vezes delatado.
Mas não é só isso que torna Moro suspeito, ele não investiga
o governo do também tucano FHC, na Petrobrás, apesar de várias vezes citado na
Operação. E se omite, de forma criminosa, mesmo FHC escrevendo, em seu livro,
Diários da Presidência que, em seu governo, havia corrupção na Petrobrás.
A conivência do juiz com os saqueadores da Petrobrás é tanta
que a justiça ignora a suspeição explícita do fato de a mulher de Moro,
advogada Rosangela Moro, trabalhar para o PSDB e para multinacionais de
petróleo, concorrentes diretas da Petrobrás (1). Justamente, PSDB e
multinacionais, os mais beneficiados por essa operação.
A Petrobrás foi
sequestrada e agora está sendo saqueada, à luz do dia: o maior e mais rica malha
de dutos do país, a do sudeste, está sendo entregue; o campo de pré-sal de Carcara ‘vendido’ a Statoil, estatal norueguesa, a preço de um
refrigerante cada barril, dobrando assim as resevas de petróleo da Noruega; anunciaram
a venda da BR distribuidora, parte das refinarias, a Transpetro, as termoelétricas,
fábricas de fertilizantes, etc. Parente também vai acabar com a indústria naval
no pais e vai mandar construir navios e plataformas no exterior, gerando
emprego e renda para os gringos.
Diante desse quadro de terra arrasada, Parente ainda quer
calar os sindicatos dos petroleiros. O Sindipetro-RJ acaba de receber uma
intimação, datada de 13/09/16, do maior criminalista do país, a serviço da
direção entreguista da Petrobrás. Nilo Batista interpela o Secretário Geral do Sindipetro-
RJ, Emanuel Cancella, para o qual pede explicações, sobre o boletim do
sindicato, mais especificamente sobre o editorial do Surgente 1402, de 02/09/2016. “Petroleiros organizam greve:
Nenhum direito a menos e em defesa da Petrobrás” (2).
Quando o petróleo era um sonho, a sociedade brasileira, nas décadas
de 40/50, foi para as ruas gritar “O Petroleo é Nosso!”, resultando na criação
da Petrobrás. Agora, que o petróleo é uma realidade, não vão calar os
petroleiros!
Rio de Janeiro, 21 de outubro de
2016
Autor: Emanuel Cancella, - OAB/RJ 75 300
Emanuel Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)
(Esse artigo pode ser reproduzido livremente)
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o
Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
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