por Emanuel Cancella
Parente
ficou conhecido como ministro do apagão, agora será o presidente do entregão do
nosso petróleo!
Petrobrás é a única empresa que nasceu das
ruas, nos braços dos brasileiros, na maior campanha de rua que o país conheceu
que foi “O Petróleo é Nosso!”. Civis, militares,
comunistas e conservadores participaram da campanha, resultando na criação da
Petrobrás em 1953.
Nos 63 anos de existência, a Companhia
abasteceu todo o país de derivados de petróleo. Querosene de aviação, gás, diesel,
e outros derivados, para todo o o território nacional onde se fizeram
necessários. Quando foi criada a Petrobrás, o petróleo no país era apenas um
sonho. No debate de sua criação, um geólogo estadunidense, Mister Link, chegou
a afirmar que no Brasil não havia petróleo (2).
Muitos brasileiros foram perseguidos, presos
e mortos na campanha do petróleo. Um dos lideres da campanha do petróleo, hoje,
um dos maiores escritores de historia infantil do mundo, Monteiro Lobato,
chegou a ser preso. Getulio Vargas, o presidente que sancionou a lei 2004, que
deu origem à Petrobrás, foi levado ao
suicídio em decorrência do petróleo.
A Petrobrás fez mais pelo país! Em 2006, desenvolveu
tecnologia inédita no mundo, que permitiu a descoberta do pré-sal, uma das maiores
reservas do mundo que garante nosso abastecimento, no mínimo, nos próximos 50
anos. Nenhuma outra empresa oferece isso ao país.
Uma médica, a saudosa Maria Augusta Tibiriça Miranda, que
foi uma das principais coordenadoras da campanha do petróleo, escreveu um
livro, “O Petróleo é Nosso!”, onde afirma que a luta do petróleo não termina
nunca.
E Hoje, quando o petróleo no Brasil é uma
realidade, a Petrobrás é tomada de assalto. O presidente da Petrobrás, Pedro
Parente, colocado por um governo golpista, comanda a derrocada da companhia. Parente
foi ministro no governo de FHC, que tentou sem sucesso privatizar a Petrobrás. Parente
ficou conhecido como ministro do apagão, agora será o presidente do entregão do
nosso petróleo!
Na época, FHC comparava a Petrobrás a um
paquiderme e chamava os petroleiros de “Marajás”. A resposta da Petrobrás veio
com a descoberta do pré-sal, que já produz mais de um milhão de barris, metade
da nossa produção.
O ator Paulo Betti, voluntário da defesa do
nosso petróleo, em 2009, no filme O
Petróleo Tem Que Ser Nosso - A Última Fronteira, indignado, declarou em
um dos trechos da película: “(...) encontrei um tesouro imenso em meu quintal,
mas eu sou muito incompetente, vou dar para o meu vizinho (...)”. Betti parecia
antever o futuro (1).
Na contramão da
história, onde governos lutam através da maioria de guerras contemporâneas pelo
petróleo, Pedro Parente faz liquidação com nosso ouro negro, quando entrega o pré-sal, BR, malha de dutos,
fabricas de fertilizantes.
E continua a
entrega insana quando retira a Petrobrás de setores estratégicos para o país e
para a Petrobrás, como o setor Petroquímico, de bicombustíveis, de gás e
fertilizantes.
Na verdade, o
governo golpista de Michel Shell Temer, o Congresso Nacional, Parente e a
operação Lava Jato formam a equipe de entreguistas de nosso petróleo. A Lava
Jato há cerca de dois anos vaza para a mídia, principalmente a Globo, de forma
seletiva, notícias negativas contra a Petrobrás, o que acarretou na
deterioração da imagem da companhia.
O juiz Sérgio
Moro diz que quer acabar com a corrupção na Petrobrás, no que tem aval da
sociedade, mas não investiga o governo de FHC na Petrobrás varias vezes citado
em delação.
Se, na era FHC,
para viabilizar a entrega eles vinha com a calúnia de que os petroleiros eram marajás,
hoje tentam passar a idéia de que todo petroleiro é corrupto. Só o povo na rua,
retomando a campanha “O Petróleo é Nosso!”, pode salvar a Petrobrás!
Fonte:
1 - https://www.youtube.com/watch?v=dWzIRUZ-ymg
Rio de Janeiro, 18 de outubro de
2016
Autor: Emanuel Cancella, - OAB/RJ 75 300
Emanuel Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)
(Esse artigo pode ser reproduzido livremente)
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o
Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
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