segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O protesto do peladão avança na categoria

por Emanuel Cancella
Resultado de imagem para petroleiros pelado em Brasilia

Na assembleia do Edisen de hoje, 31, segunda, foi aprovado o estado de assembleia permanente, o estado de greve e a rejeição da última proposta da empresa. E, apesar de não estar na pauta, foi votado o ato do ‘peladão’, rejeitado por 36 votos, 6 votos a favor e 6 abstenções. No debate na assembleia foi colocado que esse ponto, o peladaço, não estava na pauta de discussão elaborada pela direção do sindicato, mas apesar disso, fora colocado de contrabando. O que causou surpresa a alguns diretores.
Essa preocupação deles é porque essa ideia está crescendo no seio da categoria!
Os companheiros da CSP, Conlutas, panfletaram na assembleia um documento que diz: “Votar contra o Peladaço – Votar contra o peladaço aprovado pela FNP, (por maioria, foi rejeitado em reunião de coordenação do Sindipetro-RJ), pois não fortalece  a participação dos trabalhadores, o movimento de organização das comissões de base em cada local de trabalho.”  

O Conlutas está levando essa discussão a nível nacional o que é lamentável. Também  já levaram o peladão para ser discutido na categoria em São José dos Campos.
Foi perguntado, na assembleia do Senado, que se o ato fosse aprovado pela assembleia se todos ficariam pelados. Lógico que não!

Estranho também que, em 2007, no primeiro peladão, os companheiros da CSP Conlutas foram maioria a se despir. Não dá para dizer que é mentira porque está na foto os bravos companheiros, Pedrão, Clarkson e Agnelson. Quer dizer que quando o Conlutas fez o ato não era um ato “individual’, ‘oportunista’, ‘Isolado’, ‘que afasta a categoria’, como eles estão alegando agora? Há quem diga que essa postura dos companheiros do Conlutas aqui, no Rio, é eleitoreira já que estamos às vésperas de eleição no sindicato. 

O fato é que um grupo de companheiros do RJ, de forma voluntária, já decidiu o seguinte: terminadas as assembleias, se não houver mobilização ou greve da categoria, vão dar um ultimato com prazo à direção da companhia, exigindo uma nova proposta de ACT e a suspensão da venda de ativos do Sistema Petrobrás. Entretanto, se a empresa não responder satisfatoriamente, dentro do prazo estabelecido, vão ficar pelados em frente à Petrobrás.

Aliás, em 2007, o peladão foi para tentar barrar a discriminação com os aposentados, que vinha do governo de FHC e foi continuando no governo Lula. Na época quebramos a blindagem da mídia divilgando o manifesto em defesa dos aposentados. A direção da Petrobrás da a repercussão do ato teve que fazer varias inserções na mídia para justificar o injustificável. Lembrando que, naquela época, foi dado um ultimato enviado à Petrobrás, vide anexo.  

Creio que deve ser influência da campanha eleitoral, onde os companheiros do Conlutas propuseram o “Fora Todos!” e parece que agora é o “Fora qualquer Tipo de Mobilização”. Lógico qualquer tipo de mobilização só seria válida se for proposta por eles!



Fonte: https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2201420444155051389#editor/target=post;postID=916563147557126170;onPublishedMenu=template;onClosedMenu=template;postNum=3;src=postname

2 comentários:

  1. Cancella, eu sinceramente espero que você entenda o que vou postar aqui, pois respeito este blog e em especial você que para mim é um exemplo de sindicalismo de base. Aquele criado nos anos 80, e que ano após ano os empresários e grandes corporações tentam a todo custo destruir.
    Mas deixe eu te dizer que quando da votação para separar o Sindipetro-RJ da FUP, votei a favor da separação. Depois veio a formação da FNP.
    Hoje me arrependo amargamente pois a partir daí se formou um enorme abismo entre os 17 sindicatos que só prejudica os petroleiros.
    Também é de longa data que a política entrou com força dentro dos sindicatos através de seus diretores.
    Mais um abismo, só que dessa vez dentro dos próprios sindicatos, colocando companheiros de diretoria uns contra os outros.
    Sabe aonde tudo isso chegou? Numa imensa incapacidade de reunir forças e mobilizar a categoria para entrar numa greve forte, unificada em todas as bases do país, capaz de fazer a diretoria da Petrobras recuar como ocorreu em 1995.
    Só que agora o ataque será ainda mais violento, e infelizmente o divisionismo baseado em vaidades pessoais pulverizou a força dos sindicatos, e consequentemente o preço a ser pago será altíssimo !!!
    É desnecessário dizer que a categoria toda pagará esta conta amarga.
    Não fosse isso, não se falaria em peladão e sim em UNIÃO.
    Do companheiro
    Alexandre Pacheco

    ResponderExcluir
  2. A maioria dos sindicatos de luta se deixou enredar pelas correntes políticas que se instalaram em seu seio e isso vem causando as divisões.

    ResponderExcluir