por Emanuel Cancella
Barbosa Lima Sobrinho dizia, com freqüência, que no Brasil só
existem dois partidos, o partido de Tiradentes, representante dos que
lutaram por nossa independência, e o partido de Joaquim Silvério dos
Reis , o traidor dos inconfidentes.
No samba enredo, em 1949, o resumo da trajetória de Tiradentes:
"Que foi traído e não traiu jamais." e "Foi sacrificado pela
nossa liberdade.".
Digo isso porque a história reserva um lugar a cada um de
nós:Tiradentes foi enforcado e esquartejado na luta por nossa independência.
Virou herói nacional, o símbolo da liberdade. Jà Joaquim Silvério dos Reis
fazia parte do grupo dos inconfidentes, vendeu-se e delatou, ficando conhecido
como o traidor que realmente era!
Digo isso porque o ex- ministro do STF, Joaquim Barbosa e o atual,
Teori Zavascki, e o Procurador Geral da República foram indicados pelo PT, nos
governos de Lula e Dilma. Com certeza que Lula e Dilma não serão
enforcados, mas os golpistas, que estão no poder , falam até em acabar com o
PT.
Lula e Dilma quiseram fazer diferente de seu antecessor, FHC ,que
indicou, por exemplo, um engavetador como PGR , que engavetava tudo e a
corrupção perpetuava. Lula e Dilma indicaram esses ministros e o PGR porque
acreditavam em suas imparcialidades , que não esconderiam nada, independente de
partido, entretanto aconteceu justamente o contrário, pois eles viraram seus
algozes, já fingem que não sabem da corrupção em outros partidos mas perseguem
Lula e Dilma, mesmo convictos de que são honestos e defensores do povo,
enfim, comandam o golpe.
Tem um provérbio português que diz: "O dia do benefício é a
véspera da ingratidão".
Tiradentes morreu, mas conquistamos a nossa independência.
Qual o partido prevalecerá no Brasil, o de Tiradentes ou de
Joaquim Silvério dos Reis?
Rio de Janeiro, 18 de agosto de
2016
(Esse artigo pode ser reproduzido livremente)
Autor: Emanuel Cancella, - OAB/RJ 75 300
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
Emanuel Cancella é secretário
geral do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos petroleiros
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